Quando pensávamos que os filmes de terror envolvendo exorcismos já tinham esgotado todas as suas possibilidades, eis que A Possessão de Hanna Grace, primeiro filme nos EUA do holandês Diederik Van Rooijen, introduz um elemento original. O exorcismo não está a funcionar porque o demónio que tomou conta da exorcisada é poderoso demais e faz gato-sapato dos padres? Pega-se numa almofada e sufoca-se a dita, eliminando assim a presença maligna. O resto da fita não mantém este nível de imaginação, pelo contrário. Megan Reed (Shaye Mitchell, da série Pequenas Mentirosas), uma polícia a recuperar de uma cura de alcoolismo, é colocada no turno nocturno da morgue para onde acaba por ser levado o cadáver da possuída, a jovem Hanna Grace do título. E descobre que a entidade infernal não foi completamente eliminada, está a matar pessoas para recuperar o seu poder original e tem que ser incinerada. Preguiçosamente previsível, o argumento alinha baques falsos, sustos de carregar pela boca e incongruências amadoras (o demónio é imune à água benta mas não aguenta uns quantos balázios). Uma perda de tempo.
Por Eurico de Barros