Fotograma de La vida de Calabacín
Foto: Cortesía de la productora

Crítica

A Minha Vida de Courgette

3/5 estrelas
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  • Recomendado
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A Time Out diz

Chamar “Courgette” a uma criança já tem que se lhe diga. Agora, fazer um miúdo de nove anos acreditar ser o responsável pela morte da mãe, uma alcoólica dada à violência que caiu escada abaixo, é, convenhamos, pelo menos cruel.

Este filme de Claude Barras, nomeado para o Óscar de 
Melhor Filme de Animação, conta também como o rapaz faz amizade com Raymond, o polícia que o acompanha até à casa da sua nova família de acolhimento, e como o gaiato, marcado pela desgraça e pela culpa, tenta sobreviver, adaptando-se ao novo e não poucas vezes hostil ambiente. Embora um pouco dada ao moralismo, é verdade que a narrativa de corre a bom ritmo, como que deslizando entre quadros que confrontam a visão infantil com a perspectiva adulta, sem esquecer a violência inerente ao novo, digamos,
 estilo de vida de Courgette. O seu percurso é, aliás, bem preenchido pelo humor, conseguindo a realização (apoiada no argumento Céline Sciamma, 
a partir de Autobiographie d’Une Courgette, de Gilles Paris) introduzir com astúcia e sem pinga de propaganda o universo de crianças abandonadas e traumatizadas e sós, enfim, deixadas à sua sorte e à bondade de estranhos.

Por Rui Monteiro

Detalhes da estreia

  • Classificação:PG
  • Data de estreia:sexta-feira 2 junho 2017
  • Duração:66 minutos

Elenco e equipa

  • Realização:Claude Barras
  • Argumento:Céline Sciamma
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