Este épico razoavelmente contido em torno da luta pela reconquista da independência da Coreia durante a anexação japonesa, situado na década de 1920, passa por vários estados climatéricos. Primeiro é uma malha densa de espionagem e duplicidade com o seu quê de John le Carré em que o espectador pode perder-se entre a batelada de personagens que irrompe pelo ecrã: a resistência no terreno, cercada, tenta angariar dinheiro para adquirir explosivos em Xangai, onde se refugia o seu líder, Jung Che-san (Byung-hun Lee); ao mesmo tempo que faz por convencer Lee Jung-chool (Kang-ho Song), novo capitão coreano da polícia de Seul, ex-intérprete da oposição e o eixo do filme, a passar de novo para o lado da insurgência. A teia simplifica- -se e a tensão cresce na longa viagem de comboio Xangai-Seul, momento alto do filme, com o seu quê de Scorsese, a resistência a dissimular dinamite na bagagem e Lee no meio da ponte entre rebeldes e o seu parceiro Hashimoto (Tae-goo Eom), um japonês alucinado. A captura dos resistentes e o contra-ataque no último terço polui os sentidos com sadismo em excesso, mas o requinte do atentado final, ao som do Boléro de Ravel, tem um certo ar redentor.
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Crítica
A Idade das Sombras
A Time Out diz
Detalhes da estreia
- Classificação:15
- Data de estreia:sexta-feira 24 março 2017
- Duração:140 minutos
Elenco e equipa
- Realização:Kim Ji-Woon
- Elenco:
- Song Kang-Ho
- Gong Yoo
- Han Ji-min
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