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Há aqueles filmes muito tristes, muito dramáticos, sobre adolescentes órfãos ou abandonados pelos pais que andam de família de adopção em família de adopção, e são sempre maltratados e infelizes. A Fabulosa Gilly Hopkins, de Stephen Herek, não é um deles, e ainda bem, porque desgraça a mais acaba por fartar.
A miúda do título, interpretada pela espigadota Sophie Nélisse, vai parar aos braços da maternalíssima, terníssima e muito compreensiva Mamie Trotter (Kathy Bates), e está tão convencida que encontrou finalmente um lar e uma família, que quando aparece a sua rica avó (Glenn Close) para a levar para casa e fazê-la conhecer a mãe, é lavada em lágrimas que abandona a mãe e o irmão adoptivos despretensioso e muito simpático, A Fabulosa Gilly Hopkins sabe ser sentimental sem caramelizar e, coisa cada vez mais rara, é um filme não animado que pode ser visto por toda a família.
Por Eurico de Barros