Costuma dizer-se que o cinema musical está morto. E na realidade está. O que não impediu o filipino Lav Diaz de se apropriar do género e, de certa maneira, o conduzir para terrenos pantanosos. Já chamaram ao novo filme de Diaz (com Piolo Pascual, Shaina Magdayao e Bituin Escalante) um “musical antimusical, uma ópera-rock que também lida com a mitologia” (aliás característica do seu cinema). Certo é o argumento se centrar na nada lírica carnificina provocada por uma milícia pró-governamental sobre uma aldeia filipina em 1979.
Por Rui Monteiro