Se acharem este filme do colombiano Ciro Guerra (O Abraço da Serpente) demasiadamente semelhante a O Deserto dos Tártaros, de Valerio Zurlini (1976), é porque o escritor J.M. Coetzee, autor do livro em que ele se baseia, e do argumento, gosta muito da fita de Zurlini e quis homenageá-la. Só que O Deserto dos Tártaros é infinitamente superior a esta estopada cerrada.
Mark Rylance faz o pacífico e humano administrador de um remoto posto avançado de um império nunca referido, que recebe a visita de dois cruéis militares (Johnny Depp e Robert Pattinson, em papéis de uma nota só). Estes, para seu horror, começam a prender e torturar pessoas de forma arbitrária.
O filme pode ser visto como uma alegoria anticolonial ou anti-“guerra ao terror”, mas mesmo tão óbvio nisso, precisava de ser tão exasperantemente arrastado e chato?