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Rakel põe o marido Atli fora de casa, quando o apanha em flagrante a ver um vídeo de sexo que fez com outra mulher. Atli vai então instalar-se numa tenda no jardim dos pais, onde há uma grande árvore que está no centro de uma querela destes com os vizinhos do lado.
Esta comédia negra do realizador islandês Hafsteinn Gunnar Sigurðsson, que representou a Islândia na pré-nomeação ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2017, tem os seus momentos (o destino que a mãe de Atli dá ao pastor alemão dos vizinhos é de fulminar com um ataque cardíaco qualquer militante do PAN), mas o realizador perde muito tempo com o banalíssimo subenredo do casal desavindo e com as idas e vindas do pai, quando devia ter dado mais tempo e mais atenção à escalada do confronto entre os vizinhos.
Ainda assim, A Árvore da Discórdia sempre nos dá a oportunidade de contactarmos com uma cinematografia muito rara nos nossos cinemas.
Por Eurico de Barros