A Sala de Professores
DRA Sala de Professores

Crítica

A Sala de Professores

4/5 estrelas
Ilker Çatak retrata a escola como um lugar de tensão e de combate permanente – entre alunos, pais e professores.
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A Time Out diz

Concorrendo pela Alemanha ao Óscar de Melhor Filme Internacional, A Sala de Professores, de Ilker Çatak, segue Carla Nowak (excelente Leonie Benesch), uma jovem professora idealista que inicia a sua carreira docente como substituta numa escola secundária. Quando ali se dão uma série de roubos de que um dos seus alunos é o suspeito, e ela própria é roubada, Carla decide investigar e faz uma descoberta chocante, que vai lançar a escola no caos e comprometê-la perante colegas, alunos e pais, por fazer o que a consciência lhe dita e defender os seus discentes mesmo contra os seus próprios interesses. Servindo-se do roubo como mero pretexto para desencadear os acontecimentos e expôr o que lhe interessa, e adoptando a cadência em crescendo de um filme de acção, Çatak retrata a escola como um lugar de tensão constante, de fricção contínua e de combate permanente, envolvendo os alunos entre eles e com os professores, estes entre si, e os progenitores e os docentes. E sugere também que o excesso de abertura aos alunos e de “democracia” no funcionamento dos estabelecimentos de ensino como o do filme, na Alemanha, pode ter consequências muito graves, e que os jovens não devem ser tratados como adultos, dando-lhes demasiada voz, poder e autonomia para o exercer, em especial na escola. Como a própria Carla, tão conscienciosa como ingénua, descobre a certa altura de A Sala de Professores.

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