Começou a rabiscar textos impublicáveis em criança, tentou seguir ciências exactas na adolescência, chegou à idade adulta e assumiu que a vida devia passar pelo jornalismo. Escreveu nas áreas da saúde, viagens, sociedade, economia e cultura, cofundou uma revista generalista sobre Lisboa e foi freelance durante oito anos, período em que colaborou com o Público, Expresso, Exame e Jornal de Negócios. Vive desde 2008 em Lisboa, cidade-casa, é da geração à rasca e integra, desde 2023, a equipa da Time Out, onde vasculha as folhas da Grande Alface e escreve os temas que fazem mexer a cidade, da política aos becos favoritos de Pessoa. 

rute.barbedo@timeout.com

Rute Barbedo

Rute Barbedo

Jornalista

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Lojas históricas em Lisboa: velhas e boas

Lojas históricas em Lisboa: velhas e boas

Que as paredes contam histórias suspeita-se ainda antes de existir o fado. Mas também há que ouvi-las das bocas dos ourives, pasteleiros, funcionários de cafés, lojas de ferragens, tecidos, cerâmica e outros quejandos. Na volta aos espaços centenários que marcam a identidade lisboeta, passa-se ainda por marinheiros, reis, bandidos, poetas e revolucionários. E dos relatos chegam receitas milenares, artes rigorosas e até cheiros vindos do outro lado do planeta. Corremos a cidade e atravessámos séculos, para fazer um roteiro de 48 grandes lojas que continuam a servir bem e à antiga, porque o que é clássico é bom. A viagem começa em 1741 com a Fábrica Sant’Anna e termina no espaço histórico do Armazém das Malhas, aberto desde 1962. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer
10 cidades que transformaram património industrial em centros culturais

10 cidades que transformaram património industrial em centros culturais

Sobre o local onde se produziram e armazenaram bens alimentares para as Forças Armadas e de segurança, a Manutenção Militar Norte, no Beato, está em discussão a criação de um grande pólo cultural, artístico e comunitário. A ideia seria ali formar várias casas: a da fotografia, da ilustração, do som, do teatro e da dança, da música, das artes plásticas, do vinho, entre outras. E há uma petição a circular para que aqueles 15 edifícios não sejam entregues ao abandono ou à especulação. No novo Bairro do Grilo, pede-se, caberiam respostas à crise da habitação, mas também à falta de equipamentos "sociais, culturais e estudantis da cidade e do país". Impossível? Nem por isso, se olharmos para o que tem acontecido, nas últimas décadas, em cidades como Berlim, Madrid, Paris ou Viena, onde estruturas fabris em desuso tornaram-se pesos pesados da cultura, e da vida.
Saiba quais são as melhores coisas radicais para fazer em Lisboa

Saiba quais são as melhores coisas radicais para fazer em Lisboa

Isto não é sobre desportos, mas sobre atitude. Por isso, avisamos desde já que, se não tem queda para quedas, ou para o imprevisto, é melhor parar já de ler. Entre atirar machados a uma parede a ir para o quarto escuro de uma discoteca, saltar de asa-delta ou num túnel de vento, a adrenalina pode variar, mas existe sempre. Não tem medo e gosta de se pôr à prova? Veio ao sítio certo. Destemidos da cidade: eis as coisas mais radicais para fazer em Lisboa e arredores – e riscar da lista. Recomendado: Sítios onde um adulto pode ser criança em Lisboa
Os 20 melhores sítios para estudar em Lisboa

Os 20 melhores sítios para estudar em Lisboa

Precisa de redobrar a atenção, silêncio, conforto, luz e de ver pessoas bem comportadas à sua volta? Há disso em Lisboa. Ou prefere trocar o ambiente de biblioteca pelo burburinho de fundo, o som da máquina do café e o vaivém de outras gentes? Também há disso em Lisboa. Pusemo-nos no lugar de um estudante e partimos à descoberta dos melhores sítios para queimar pestanas na cidade. Do café simpático com bolos à biblioteca de um palácio, eis 20 sítios para estudar em Lisboa. Prepare-se para ser o melhor do curso. Recomendado: Dos códices e incunábulos ao Harry Potter: uma viagem pelas bibliotecas em Lisboa
Campanhas solidárias a não perder neste Natal

Campanhas solidárias a não perder neste Natal

Qual é o desejo para este Natal? Para uma criança na Ucrânia ou num hospital português, talvez seja apenas ter acesso a cuidados que a façam um pouco mais feliz. Para um animal que não tem casa, talvez seja encontrar um padrinho. Se o Natal é tempo de dar e receber, a fórmula não se circunscreve à família e amigos mais chegados. Nesta lista de campanhas solidárias, que vão desde a doação de brinquedos até ao apoio a associações locais ou organizações internacionais, há várias acções que podem fazer a diferença no Natal de quem dá e de quem recebe. Recomendado: O melhor do Natal em Lisboa  
Onde comprar pinheiros naturais em Lisboa

Onde comprar pinheiros naturais em Lisboa

Não há dúvidas de que a peça central da decoração festiva é a árvore de Natal. Na hora de escolher, um pinheiro natural pode ser a opção mais amiga do ambiente, sobretudo se, depois de utilizado, for devolvido ao seu habitat natural. Porque é que uma árvore verdadeira é mais benéfica do que uma artificial? Um dia, a árvore artificial vai ficar velha e o plástico demora anos a decompor-se. Já os pinheiros naturais, vendidos em estabelecimentos comerciais ou lojas especializadas, são criados em viveiros, não afectando o ambiente. Pense no cheirinho a pinhal e resina. Não há melhor forma de despertar o espírito natalício. Recomendado: Já comprou a sua camisola de Natal?
São Martinho: há festas e castanhas por toda a cidade

São Martinho: há festas e castanhas por toda a cidade

Foi a 11 de Novembro que morreu o cavaleiro Martinho de Tours, carreira que mais tarde acumulou com as de monge e de santo. É ele o protagonista da lenda em que, durante uma tempestade, Martinho corta a meio o seu manto para oferecê-lo a um mendigo. Assim começou um rol de expressões que foram atravessando a Europa – quem nunca ouviu "no Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho"? Longe de cavaleiros, ainda temos muito lume em Lisboa, porém, para aquecer este dia. De bairro em bairro, ou até saindo um pouco da cidade, estas são as nossas sugestões. Recomendado: As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa
Coisas para fazer no Dia Internacional dos Museus em Lisboa

Coisas para fazer no Dia Internacional dos Museus em Lisboa

O tema de 2024 do Dia Internacional dos Museus, que acontece a 18 de Maio, é  “Museus, Educação e Investigação”. Em Lisboa, isso passa pela música, pintura, visitas guiadas, oficinas e até um rally ou uma noite no saco-cama. Para não perder o fio à meada, reunimos nesta lista as propostas de lugares tão diversos quanto o Castelo de São Jorge ou o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, fazendo-o atravessar a cidade numa peregrinação museológica a vários ritmos. Em alguns museus, a festa é de dia único, noutros estende-se por mais e ultrapassa, inclusive, os limites de Lisboa. Caso para estudar e marcar na agenda. Recomendado: Museus grátis em Lisboa e arredores
Neste Dia do Trabalhador, há muito que fazer. Eis seis programas (e algumas curiosidades)

Neste Dia do Trabalhador, há muito que fazer. Eis seis programas (e algumas curiosidades)

Estávamos em 1886, dia 1 de Maio, quando 500 mil trabalhadores saíram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, para exigir que um dia não tivesse mais do que oito horas dedicadas ao trabalho. Passados 138 anos, dezenas de direitos foram adquiridos em diferentes países, mas as oito horas mantêm-se como regra para muitos. E é por essas e por outras que se continua a ir à rua no 1.º de Maio, ano após ano. Da manifestação tradicional pela Avenida Almirante Reis até festas e concertos, que ruas e espaços quereremos tomar neste Dia do Trabalhador em Lisboa? Ficam aqui seis sugestões. Cinco curiosidades históricas sobre o Dia do Trabalhador Além da programação, também há espaço para ficar a saber um pouco mais sobre este dia, que marcou (e pode continuar a marcar) o nosso calendário para sempre. Deixamos-lhe, assim, cinco factos incontornáveis sobre o Maio dos trabalhadores. 1. Exaustos? Sem sombra de dúvidas. Sem descanso semanal nem regulação do número de horas diárias dedicadas ao labor, os trabalhadores do século XIX começam a organizar-se. Em 1864, a Associação Internacional dos Trabalhadores é criada no St. Martin's Hall, em Londres, na presença de cerca de 2000 pessoas, muitas de organizações operárias inglesas, francesas, italianas, alemãs ou polacas. 2. Chicago, 1 de Maio de 1886. Perto de 500 mil trabalhadores saem à rua em greve geral para exigir a redução da jornada laboral para oito horas. A polícia fere e mata dezenas, tentando destruir a manifestação. Quatro dias depo
Bem-vindo à selva! Os projectos verdes que estão a mudar a cidade

Bem-vindo à selva! Os projectos verdes que estão a mudar a cidade

Lisboa têm um futuro verde pela frente, pelo menos no que depender destes projectos. É certo que já contamos com belos jardins e parques – pretexto mais do que suficientes para partir à descoberta sem se afastar muito de casa –, mas falamos de uma revolução que passa por espalhar ainda mais clorofila pela cidade. Através de programação cultural, propostas ecológicas, iniciativas de intervenção social e até ideias de negócio, eles querem promover o gosto pela botânica em meio urbano. Fomos conhecer estudiosos, cuidadores, activistas, criativos e empreendedores, unidos por um objectivo comum: criar laços entre pessoas e plantas.
O luxo não vai parar na Avenida da Liberdade

O luxo não vai parar na Avenida da Liberdade

São 14.30 de uma quarta-feira e, na recém-aberta Dior, um casal de americanos observa uma bolsa bordeaux com minúcia. “Será que em preto ficaria melhor?”, questiona ela, enquanto o funcionário, munido de luvas brancas, estica a pequena bandeja de metal onde assenta a expectante bolsinha. Enquanto ponderam, bebem o espumante oferecido pela loja. Nas traseiras, há um jardim, que o casal visitará mais tarde, depois de concluir a bebida e a compra. Agora que chegou a Primavera, estará “perfeito”. Ir a uma loja como a da Dior, onde uma camisa pode custar mais de 2000 euros e umas calças ultrapassar os 1000, é uma experiência. Começa pelo porteiro, pago para não termos de empurrar a porta, continua com oferta de café, água e espumante e avança em sugestões turísticas sobre a cidade, ao som de um twist dos anos 60. Lá em cima, Joana Vasconcelos dá as boas-vindas com o seu painel de azulejos (em parceria com a Dior e a Azulima), nas escadas volta a dá-las com uma das suas valquírias. Há ainda dois andares cimeiros no edifício do final do século XIX, ultrapassando- se um total de mil metros quadrados de loja (o que faz dela a maior Dior da Península Ibérica) e juntando-lhe investimentos em Pedro Calapez ou Bruno Ollé. Requintes outros se passam em espaços como o da Gucci, Loewe, Louis Vuitton ou Prada, esta última instalada num edifício com Prémio Valmor que, em 2008, deixou de ser um stand de automóveis, representando, para Carlos Récio, da imobilia
Dez curiosidades históricas sobre o Carnaval

Dez curiosidades históricas sobre o Carnaval

Calha sempre a uma terça-feira, é um feriado (facultativo) móvel e é também a desculpa perfeita para usar aquela roupa há muito escondida no armário ou aquele fetiche estranho guardado no fundo da gaveta. Há muitas teorias sobre as origens do Entrudo, das linhas pagãs às religiosas. Certo é que o Carnaval continua a celebrar-se um pouco por toda a parte e a combinar as mais variadas expressões culturais, exibindo-se através de rituais pagãos que celebram o novo ciclo agrícola ou de biquínis reduzidos em pleno Inverno. É também verdade que a festa foi mudando ao longo dos tempos, mas que nunca perdeu a vontade que dela faz parte: quebrar totalmente a rotina. Fique a saber mais um pouco desta festa onde, de católicos a ateus, supostamente ninguém leva a mal. Recomendado: Já sabe o que vai fazer aos miúdos no Carnaval?

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Escape Room no Palácio Nacional de Sintra

Escape Room no Palácio Nacional de Sintra

Como poderia ter sido uma tentativa de fuga de D. Afonso VI, o rei que, há cerca de 350 anos, foi feito prisioneiro no Palácio Nacional de Sintra? A ideia é tentar perceber isso neste escape room, em que 45 minutos, muita agilidade e conhecimento histórico poderão ser suficientes para salvar a pele. A actividade enquadra-se na programação anual dos 30 anos sobre a classificação da Unesco da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade. Ah! E tudo se passa na calada da noite, assim que o palácio mais antigo do país fecha as portas aos visitantes.
Aniversário da Casa Fernando Pessoa

Aniversário da Casa Fernando Pessoa

A Casa Fernando Pessoa foi inaugurada há 31 anos no edifício onde o escritor habitou o primeiro andar direito nos últimos 15 anos de vida. Foi a sua 18.ª casa (não só pelos heterónimos a vida do poeta foi agitada) e hoje exibe o património pessoano que ali ficou a seguir à sua morte, bem como uma ampla biblioteca de poesia internacional. Para celebrar o aniversário, a entrada é livre e inclui visitas orientadas entre as 10.00 e as 18.00. Às 19.00, a festa é no auditório, com o concerto de Tammy Weis (bilhetes a 10€, à venda na Blueticket). A canadiana que compôs Soul Whisper, álbum produzido por Rui Veloso, vai cantar os poemas de Fernando Pessoa em inglês na companhia de Carlos Barretto (contrabaixo), João Ferreira (bateria/ percussão),  António Pinto (guitarra elétrica/ acústica).
Feira Nacional do Vinil de Benfica

Feira Nacional do Vinil de Benfica

É um fim-de-semana em que dezenas de convidados especializados na matéria tiram do báu e das lojas o que melhor têm no universo audiovisual analógico. De discos a cassetes, CD e VHS, sem deixar de lado algum equipamento de som, a segunda edição da Feira Nacional do Vinil de Benfica vai encher o jardim do Palácio Baldaya de música.
works from before hang out with works from now and works from between before and now, in the same room

works from before hang out with works from now and works from between before and now, in the same room

São mais de 30 peças e escritos que acompanham o percurso de Wasted Rita desde 2012 e que agora figuram na sua nova exposição. Embora partam do fascínio ao desencanto por Lisboa, todas as peças vivem da linguagem ácida característica da artista que nos habituou a um certo cinismo e humor negro. Vai estar no espaço dos Coruchéus - Um Teatro em Cada Bairro, em Alvalade, mesmo ao lado do atelier que ocupa desde 2020.
The European Pavillion

The European Pavillion

Liquid Becomings é o tema do festival European Pavillion, que vai rodar entre Santa Clara e Marvila, com as presenças de Gonçalo M. Tavares, Tita Maravilha ou Valete. De conversas a concertos, DJ sets e leituras com performance, tudo acontece para pensar no futuro da Europa. Há também uma silent disco e um momento em que o público pode participar na construção de um barco. Ah! Não dissemos logo no início? É que tudo começa em meio líquido, com viagens de barco por quatro rios europeus que funcionaram como residências artísticas em movimento.
FLIFA - Festa do Livro Independente da Freguesia de Arroios

FLIFA - Festa do Livro Independente da Freguesia de Arroios

De sexta-feira a domingo, a FLIFA - Festa do Livro Independente da Freguesia de Arroios toma conta do mercado municipal do bairro para aproximar leitores e curiosos de livrarias e editoras independentes. Vão marcar presença mais de 100 editoras e livrarias e, do programa, 100% gratuito, farão parte conversas, oficinas (do grafismo à escrita), lançamentos, leituras, momentos para o público infantil, e até uma prova de chá Gorreana. 
Festival Clarão

Festival Clarão

É o primeiro grande festival da Clarabóia, uma associação de Sintra que quer dar espaço aos artistas emergentes (e não só) do concelho de Sintra (não só também). Tendo como palco os 13 hectares de bosques e jardins da Quinta da Ribafria, o evento vai contar, na música, com Iolanda (que representou Portugal na Eurovisão), Soluna, Landim, as Batukaderas ou o Coletivo Lenha. Mas não faltarão cinema, artes visuais, oficinas, comida, bebida e boa conversa.
Vai d'embute Punk Fest

Vai d'embute Punk Fest

Um festival com cinco bandas punk que vai na sua quinta edição e chega ao jardim onde tudo começou, nos Coruchéus. Organizado pela associação Pró Punk, traz nomes da velha guarda mas também bandas emergentes a um espaço onde todos são vem-vindos, crianças incluídas. Há lugar, também, para um punknique.
Leitura Aberta "Fora de Vista"

Leitura Aberta "Fora de Vista"

A passagem do tempo e o envelhecimento estão no centro do capítulo 16 da obra-prima de James Joyce, Ulisses. E é por aqui que se andará durante horas, a ler Joyce, entre as vozes do público e de convidados como Miguel Guilherme ou Beatriz Batarda. A leitura terá a companhia dos acordes exploratórios de Paulo Furtado aka The Legendary Tigerman. 
Festival Regador

Festival Regador

Conversas, oficinas, agricultura e alimentação saudável, convívio e conhecimento. É aqui que tudo começa, mas não é aqui que acaba. O Festival Regador é o momento alto na Horta do Alto da Eira, em que para além de se fazer uma grande ode à natureza, há também espaço para cumbias e outros passos de dança. Com direito a comida e bebida.
Aniversário da Biblioteca de São Lázaro

Aniversário da Biblioteca de São Lázaro

Foi inaugurada em 1883, tem um belo salão de leitura hexagonal e contempla mais de 20 mil documentos. No dia 1 de Junho, o 141.º aniversário da Biblioteca de São Lázaro vem mostrar como deve envelhecer um local supracentenário sem ficar parado no tempo. E responde: com um concerto da Lisbon Poetry Orchestra, leitura de contos para crianças, um quiz que acaba em oferta de livros e a inauguração de uma pintura mural no exterior. 
Atelier

Atelier

Um dos maiores artistas plásticos portugueses, Pedro Cabrita Reis, pega em cerca de 1500 peças do seu atelier e transporta-as para oito pavilhões. Na Mitra, inaugura-se assim "Atelier", uma mostra que resgata do ambiente de oficina, com toda a sua beleza e caos, aquilo que tem sido a produção artística de Cabrita nos últimos 50 anos, do desenho à escultura. Pavilhões da Mitra. Rua do Açúcar, 56 (Marvila). 19 Mai-28 Jul, Qui-Dom 14.00-18.00. Entrada livre

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Visitar museus e monumentos nos feriados vai ser mais difícil. Trabalhadores anunciam greve

Visitar museus e monumentos nos feriados vai ser mais difícil. Trabalhadores anunciam greve

A greve é ao trabalho suplementar e em dias de feriado, e poderá afectar todos os museus e monumentos de gestão pública do país. Convocada esta segunda-feira, 14 de Abril, pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, tem efeito a partir de sexta, dia 18, e prolonga-se até ao final do ano, "afectando todos os feriados até lá".  A paralisação vem reforçar a exigência de uma compensação justa pelo trabalho prestado naqueles dias, na sequência da ausência de reacção por parte do Ministério da Cultura depois de uma reunião com a Federação sobre o tema, que terá ocorrido em Março, como explicou à agência Lusa o dirigente Orlando Almeida. "Não houve nem abertura para negociar, nem uma proposta sequer", referiu o responsável. Receber ao feriado "metade de um dia normal" De acordo com o mesmo dirigente, os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos nacionais recebem, nos dias de feriado, cerca de 15 a 20 euros, ou seja, "metade de um dia normal", e são-lhes pagas até duas horas suplementares. Em Lisboa, serão 16 os equipamentos afectados pela greve. São eles:  Mosteiro dos Jerónimos; Panteão Nacional; Palácio Nacional da Ajuda; Biblioteca da Ajuda; Museu do Tesouro Real; Museu Nacional do Traje; Picadeiro Real; Torre de Belém; Museu Nacional do Teatro e da Dança; Museu Nacional do Azulejo; Museu de Arte Popular; Museu Nacional de Arte Antiga; Museu Nacional de Arqueologia; Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves; Museu Nacional d
Átrio de antigo cinema da Graça foi recuperado. Lá dentro, mantém-se o supermercado

Átrio de antigo cinema da Graça foi recuperado. Lá dentro, mantém-se o supermercado

Era o cinema de Agapito, o empresário galego que veio novo para Lisboa, onde construiu o bairro Estrela d'Ouro, na Graça, e fundou negócios como o restaurante Estrela da Sé (em 1857, hoje Loja com História). Estrelas eram com Agapito Serra Fernandes mas o Royal Cine, na Rua da Graça, foi uma das que teve vida limitada. Abriu portas em 1929, celebrizou-se como a primeira sala do país a receber cinema sonoro, como conta o blogue Restos de Colecção, e encerrou em 1983. Na mesma década, ali abriu um supermercado e é assim, entre prateleiras com detergentes e maçãs, que a maioria de nós se recorda do edifício desenhado por Manuel Joaquim Norte Júnior. DRAntigo Royal Cine Esta semana, o Pingo Doce da Graça reabriu depois de semanas em obras, que tiveram entre os objectivos a recuperação de elementos da arquitectura original do edifício. "Com a remodelação agora efectuada, o Pingo Doce conseguir recuperar e dar a conhecer elementos originais da antiga sala de cinema, como os vitrais, o relógio do átrio, lambris e escadarias em madeira", comunica a marca. No âmbito da intervenção, a Jerónimo Martins indica que teve a "preocupação em manter a identidade do edifício, escolhendo, por exemplo, cores de madeiras próximas às existentes e mobiliário e iluminação de estilo aproximado à época". No átrio, onde se podem ver os vitrais e o relógio do antigo Royal Cine, situa-se actualmente a cafetaria do supermercado. 😋 Se não é bom para comer, não é bom para trabalhar. Siga-nos no LinkedIn ?
O jazz vai voltar à Alegria: com apoio para obras, Hot Clube deve reabrir este ano

O jazz vai voltar à Alegria: com apoio para obras, Hot Clube deve reabrir este ano

É o clube de jazz mais antigo da Europa. Fundado em 1948, perdeu a casa original em 2009, num incêndio, tendo conseguido nova casa umas portas ao lado, ainda na Praça da Alegria, num imóvel propriedade da Câmara. Anos mais tarde, na sequência de grandes chuvas e por "descargo de consciência", a então presidente do Hot Clube de Portugal (HCP), Inês Homem Cunha, resolveu pedir uma inspecção ao edifício, conforme contou o músico Mário Laginha ao Expresso. Deu-se então a ordem de fecho por parte da autarquia, por razões de segurança, razões essas que agora, mais de dois anos depois do encerramento do espaço, poderão ser retiradas da vida do clube. O avanço prende-se com a aprovação, esta quarta-feira, 9 de Abril, de um apoio financeiro de 239.500 euros por parte da Câmara, para obras de reabilitação, como noticiou a agência Lusa. O valor não chegará para intervir em todo o edifício, dá conta à Time Out o presidente do HCP, Pedro Moreira, mas "permite reabrir o clube o mais depressa possível", que é a grande prioridade da associação sem fins lucrativos, fundada em 1948. Já em negociações com empreiteiros, a estrutura estima que as obras comecem "nos próximos dois meses" e que sejam necessários "seis a oito meses para reabrir o clube". "Não é uma data formal, isto somos nós a sonhar. Bom, a sonhar e não só. Estamos a trabalhar para isso", partilha o responsável.  Os quase 240 mil euros servirão para resolver os problemas estruturais do edifício, telhado incluído. De resto, o Hot Cl
Lumiar inaugura parque de estacionamento e estação Gira

Lumiar inaugura parque de estacionamento e estação Gira

A Azinhaga da Cidade, no Lumiar, inaugurou esta quarta-feira, 9 de Abril, um parque de estacionamento de 165 lugares e de acesso livre a portadores do cartão Navegante. Em paralelo, a Emel activou mais uma estação Gira na freguesia, na Rua Professor Manuel Valadares. A obra envolveu um investimento superior a 3,4 milhões de euros, contando "ainda uma requalificação do espaço público na envolvente num total de 29.300 m2, através da realização de processos de reperfilamento de ruas, alargamento de passeios, plantação de 32 novas árvores e construção de um troço de ciclovia com uma extensão aproximada de 500 metros, fazendo a ligação entre a Ameixoeira e a ciclovia da Alameda das Linhas de Torres", informa a Emel. Depois dos do Colégio Militar, da Avenida de Pádua, da Ameixoeira, de Telheiras Nascente e de Telheiras Poente, o parque da Azinhaga da Cidade é o sexto da rede Navegante. Para aceder aos equipamentos, é necessário validar o passe na primeira utilização de cada parque. 🪖 Este é o nosso Império Romano: siga-nos no TikTok 📻 Antigamente é que era bom? Siga-nos no Facebook
Sol de pouca dura: chuva regressa com poeiras e temperaturas baixam

Sol de pouca dura: chuva regressa com poeiras e temperaturas baixam

"Aguaceiros dispersos", céu "temporariamente opaco", uma descida das temperaturas entre 4 e 8 graus Celsius e a chegada de poeiras do Norte de África. São estas as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para Portugal continental, avançadas à agência Lusa pela meteorologista Maria João Frada. As mudanças começam a fazer-se notar esta tarde, de 9 de Abril, intensificando-se a partir de quinta-feira.  Entre sexta-feira e domingo, a chuva poderá ser forte e vir acompanhada de trovoada. Na página do IPMA, as previsões para Lisboa apontam para um dia ainda quente na quinta-feira, com as temperaturas máximas a rondar os 23 ºC. A partir de sexta, no entanto, as máximas não ultrapassarão os 20 ºC. 📲 O (novo) TOL canal. Siga-nos no Whatsapp 👀 Está sempre a voltar para aquele ex problemático? Nós também: siga-nos no X
Do design aos materiais, Lisboa está forte em “lixo bom” e há quem esteja atento a isso

Do design aos materiais, Lisboa está forte em “lixo bom” e há quem esteja atento a isso

Este artigo foi originalmente publicado na revista Time Out Lisboa, edição 672 — Inverno 2025 Em O Quarto ao Lado, de Pedro Almodóvar, Damian (John Turturro) entra no recém-arrendado apartamento de Ingrid (Julianne Moore), em Manhattan, e observa: “Parece que esta casa foi mobilada com coisas vindas do lixo.” “Nem tudo”, reage a escritora. “E é preciso ter talento para escolher coisas do lixo.” Se Almodóvar, um dos cineastas mais meticulosos no que toca ao design dos espaços, à cor e à forma, pôs dois personagens a falar sobre a transformação dos restos em beleza e utilidade é porque estamos perante algo sobre o qual interessa pensar. Nos Estados Unidos, cenário dos últimos dias da vida de Martha (Tilda Swinton), o stooping (“andar curvado” ou inclinado, na tradução literal) existe há décadas, tendo-se tornado particularmente frenético – com a ajuda das redes sociais e de milhões de visualizações – nos últimos anos. “Na página de stooping de Nova Iorque há coisas incríveis, de alto valor. É outro poder de compra, e outra escala. Em Barcelona ou em Londres, o universo também é outro. Mas cá, na verdade, há muito mais coisas e mais pessoas a aderir ao movimento do que eu esperava”, conta Francisco Villa de Brito, fundador da página de Instagram StoopingLisboa, designer gráfico e respigador de móveis e objectos curiosos. DRStoopingLisboa Há quatro anos, o morador de Campo de Ourique criou o perfil por necessidade. Quando chegava a casa com mais um móvel, a mãe achava piada mas
Eléctrico 16 vai começar a andar em 2028, ligando o Terreiro do Paço ao Parque Tejo

Eléctrico 16 vai começar a andar em 2028, ligando o Terreiro do Paço ao Parque Tejo

É um percurso que paira na lembrança dos lisboetas, sobre o qual já houve diferentes planos e intenções. Numa das tentativas mais recentes de o lançar, em 2019, o anterior presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, falava de um eléctrico rápido que ligaria Lisboa a Oeiras e a Sacavém. Não aconteceu. Esta terça-feira, 1 de Abril, ficou prometido pelos líderes das autarquias de Loures e de Lisboa, bem como pela ministra do Ambiente e Energia, que se avançaria com uma conexão de 12 quilómetros, do Terreiro do Paço ao Parque Tejo. A duração total da viagem será de 35 minutos. "Havia a ideia de levar o eléctrico até Santa Apolónia, mas nestes últimos dois anos percebemos, com as obras dos túneis de drenagem, que isso não seria fácil no calendário que tínhamos pensado, para 2026. Então decidimos começar a trabalhar para alargar o projecto até ao Parque Tejo", explicou Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da CML com o pelouro da Mobilidade, na apresentação do novo 16E. "Há 67 anos que não havia uma expansão da linha de eléctrico digna desse nome", regozijou-se o autarca, sobre o projecto que deverá assegurar a continuidade entre Oeiras e Loures, nas ligações ao eléctrico 15 (Algés) e ao novo BRT que terminará na Bobadela. A obra deverá começar em 2027 (sob um investimento inicial de 160 milhões de euros), para que no ano seguinte o eléctrico esteja pronto a andar em faixa exclusiva, evitando-se conflitos com outros veículos e atrasos, como acontece nas res
Emel e Polícia Municipal de olho nos tuk-tuks e TVDE. Regras mais apertadas entram em vigor

Emel e Polícia Municipal de olho nos tuk-tuks e TVDE. Regras mais apertadas entram em vigor

Mais 62 fiscais da Emel vão andar pelas ruas de Lisboa com o objectivo de garantir o cumprimento do Código da Estrada e de punir quem não o faz, em articulação com a Polícia Municipal e com foco nos tuk-tuks e TVDE. Ao mesmo tempo que esta brigada especial vai para o terreno, entra em vigor esta terça-feira, 1 de Abril, o novo regulamento destinado aos veículos de animação turística, proibindo a sua circulação em 337 arruamentos de Lisboa. Também a paragem e o estacionamento inadequado em vias BUS ou de sentido único, como a Avenida Almirante Reis, estarão sob o radar dos fiscais. A informação é avançada pela Câmara Municipal de Lisboa, em comunicado, que indica quatro zonas principais sob fiscalização: a Baixa Pombalina, a Encosta do Castelo, a Senhora do Monte e Belém. Já a proibição de circulação enquadra-se nas freguesias das Avenidas Novas, Arroios, Penha de França, São Vicente, Santo António, Misericórdia e Santa Maria Maior. A Emel, cuja actuação se cingia ao estacionamento, entra assim em Abril com o poder reforçado, tendo agora carta branca para autuar os infractores e intervir noutras situações previstas no Código da Estrada, de acordo com a informação prestada pela autarquia à agência Lusa. Na visão da Câmara, "este trabalho de fiscalização vai apertar o cerco ao incumprimento e acresce às operações da Polícia Municipal, que só em 2024 mais do que duplicou o número de ocorrências registadas face a 2023, num total de 3821 casos", dá conta, no comunicado. A entrada e
Neste dia, o Técnico ensina a mover objectos sem lhes tocar e a fazer pasta de dentes para elefantes

Neste dia, o Técnico ensina a mover objectos sem lhes tocar e a fazer pasta de dentes para elefantes

Entre visitas a laboratórios, uma feira de ciência e uma área para os "pequeninos", há mais de 100 actividades no Dia Aberto do Instituto Superior Técnico (IST), na Alameda. As portas abrem às 10.00 de sábado, 5 de Abril, com investigadores, alunos e professores prontos a mostrar e a falar de fenómenos como a impressão de peixes sem espinhas, a revolução das tecnologias quânticas ou "o carro de corridas mais eficiente de Portugal". No campo da electrotecnia, convida-se a conhecer a levitação magnética e o carro eléctrico autónomo construído por alunos do IST. E, na Física, viaja-se no tempo. Para os mais novos (e não só), estão programadas sessões em que se explica por que é que um navio flutua ou ensina-se a "fazer pasta de dentes para elefantes".  Já para quem está em fase de decisões, o Dia Aberto poderá ser útil para conhecer possíveis percursos profissionais. "Oportunidades internacionais, desenvolvimento de carreira, apoios e recursos académicos" serão algumas das conversas em curso com estudantes de cada um das licenciaturas do Técnico. No meio de tanta ciência, o lazer não fica de fora: conta-se com a actuação de tunas e não faltarão comes e bebes. Avenida Rovisco Pais, 1 (Alameda). 5 Abr (Sáb.), 10.00-17.00. Entrada livre 📯Não foi por falta de aviso. Subscreva a newsletter ⚡️Prefere receber as novidades sem filtros? Siga-nos no Instagram
Um centro sem carros, a puxar pela cultura (e pelos privados). Eis o novo Barreiro Velho

Um centro sem carros, a puxar pela cultura (e pelos privados). Eis o novo Barreiro Velho

As ruas são estreitas, os passeios ainda mais e dos edifícios sente-se o ar vazio que tomou há mais de 20 anos o Barreiro Velho, outrora templo da vida nocturna, associativa e cultural, cheia de gente dentro. Hoje, das ocupações ilegais à insegurança e ao edificado em ruínas (mais de 90% propriedade privada), são vários os problemas deste núcleo histórico assente na faixa ribeirinha, mas também muitas as memórias. "As pessoas daqui, sobretudo a malta da minha geração, tem a lembrança do Barreiro Velho como uma zona muito activa, cheio de bares e associações. O perfil mudou. Todos nós íamos para o café e dizíamos: 'Eh pá, isto tem um potencial do caneco, está aqui mesmo em frente ao rio...' Mas nada foi feito. O Barreiro Velho ficou parado no tempo. Então agora é preciso fazer o trabalho quase desde o início." O retrato é de Rui Braga, vice-presidente da autarquia, a propósito da visita da Time Out com o intuito de perceber onde e como serão aplicados os 27 milhões de euros pedidos à banca pela Câmara Municipal do Barreiro (CMB) para iniciar a reformulação de toda aquela zona.  DRSociedade de Instrução e Recreio Barreirense - Os Penicheiros, um dos espaços que resiste Não é coisa pouca, mas o maior investimento autárquico da história recente do Barreiro — “provavelmente das decisões a solo mais importantes que o executivo tomou pós-1976”, na óptica do também vereador do Urbanismo. A maior parte do bolo, no entanto, não terá uma face visível. Passa por escavar o subsolo para
Gira estão a chegar à Ajuda, mas presidente diz que “ninguém lhes perguntou nada”

Gira estão a chegar à Ajuda, mas presidente diz que “ninguém lhes perguntou nada”

Um certo alarido montou-se esta semana, na sequência dos comunicados de duas juntas de freguesia, a da Ajuda e a de Alcântara, sobre a instalação de estações Gira nos seus territórios. Os dois organismos alegam que a escolha das localizações aconteceu sem consulta prévia e que o planeamento da rede de bicicletas partilhadas deve ser feito em articulação com a população. Mas há mais: a ocupação de lugares de estacionamento. A Ajuda, que é a única freguesia da cidade ainda fora da rede Gira, informa pelas redes sociais que "não foi envolvida no processo de instalação do sistema de bicicletas partilhadas Gira na freguesia". "Desconhecemos os critérios que levaram à escolha dos locais exactos onde irão ser implantadas as novas estações pela Emel e lamentamos que esta intervenção da Câmara Municipal de Lisboa (CML) esteja a ser realizada sem qualquer articulação com a Junta de Freguesia", acrescentam. Na fotografia publicada, do Pólo Universitário da Ajuda (para onde estão programadas três estações Gira), pode ver-se a nova estação ocupando antigos lugares de estacionamento automóvel. Mas Jorge Marques garante à Time Out que a perda de lugares de estacionamento, em si, não é o problema. "O problema é que não faço ideia do planeamento das Gira. As pessoas não podem ser surpreendidas uma manhã com uma estação à porta. Ninguém lhes perguntou nada e é o seu território. Se se fizer isto contra a população, nunca será o melhor caminho. Simplesmente gostávamos de ser ouvidos", detalha o
Mais de 500 peças do antigo Hospital Miguel Bombarda consideradas de interesse público

Mais de 500 peças do antigo Hospital Miguel Bombarda consideradas de interesse público

São desenhos, pinturas, poemas, objectos médicos e aparelhos de ciência que um dia fizeram parte da vida do primeiro hospital psiquiátrico do país, o Miguel Bombarda, fechado desde 2011, e que agora foram considerados de interesse público pela Museus e Monumentos de Portugal. A classificação dos 518 bens da chamada Colecção Bombarda foi obtida na sequência de uma avaliação pedida pela Associação Fórum Cidadania Lx e oficializada esta quarta-feira, 26 de Março, em Diário da República, representando um passo importante na preservação do espólio, hoje distribuído entre o Hospital Júlio de Matos e o Panóptico (o antigo pavilhão de alta segurança) do Hospital Miguel Bombarda (HMB), nem sempre nas melhores condições. À Time Out a primeira palavra proferida por Amélia Lérias, ex-psiquiatra e uma das poucas voluntárias que se dedica há mais de dois anos à inventariação de cada um dos objectos, é: "Conseguimos!" Depois de um longo processo iniciado por Vítor Freire, antigo administrador do HMB e fundador da Associação de Arte Outsider (que tinha como um dos principais intuitos o impulsionar da criação de um museu dedicado à arte produzida pelas pessoas com diagnóstico de doença mental), a recente classificação é vista pela voluntária como uma legitimação do trabalho minucioso de catalogação que têm vindo a desenvolver, em colaboração com a Unidade Local de Saúde São José. Francisco Romão PereiraColecção Bombarda Da lista dos itens agora classificados constam desenhos a grafite ou a