Ricardo Dias Felner

Ricardo Dias Felner

Articles (18)

Os 130 melhores restaurantes em Lisboa

Os 130 melhores restaurantes em Lisboa

Sendo a Time Out afamada pelas suas listas, esta que aponta os melhores restaurantes em Lisboa (e aqui mesmo ao lado) é, provavelmente, a mais discutida – e também a mais procurada. Levamos tempo a chegar ao número final, sabendo sempre que a unanimidade à mesa não existe. Vamos a um teste? Qual é o melhor croissant? E a melhor bifana? E onde é que se come o melhor cozido à portuguesa ou o melhor bacalhau? Nunca haverá uma só resposta. Certo é o esforço feito para demonstrar a diversidade de uma cidade que não pára de crescer. Um esforço que é também fruto de muitas visitas a restaurantes – e nunca é demais lembrar que a Time Out não escreve sobre restaurantes onde não foi, assim como os críticos da Time Out visitam os restaurantes anonimamente e pagam pelas suas refeições.  Aqui acreditamos estar os 130 melhores restaurantes em Lisboa (apresentados por ordem alfabética), aqueles onde confiamos que não se arrependerá de marcar mesa. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa
Os melhores restaurantes do mundo em Lisboa

Os melhores restaurantes do mundo em Lisboa

Lisboa pode bem ser uma das melhores cidades do mundo para se comer... o mundo. É verdade que sempre fomos tendo bons restaurantes italianos, japoneses e chineses, mas nos últimos anos a cidade viu as fronteiras caírem para abraçar novas nacionalidades – e com isso novos negócios. Ganhamos todos que ficamos a conhecer ainda mais sabores e aromas à mesa, com destaque para os restaurantes do Médio Oriente e do Indostão que nos têm feito descobrir todo um mundo novo. Percorremos a cidade e arriscamos apontar os melhores restaurantes do mundo em Lisboa, na certeza de que muitos mais se poderão juntar. Recomendado: Os melhores restaurantes baratos em Lisboa
Os melhores restaurantes em Lisboa até dez euros

Os melhores restaurantes em Lisboa até dez euros

Já foi mais fácil encontrar restaurantes em Lisboa até dez euros e a culpa não é só do turismo ou dos tempos difíceis que o sector atravessa depois de dois anos intermitentes, uma guerra na Europa e uma inflação. Na maior parte das vezes, a qualidade paga-se, mas ainda há excepções. Comer fora não tem de ser uma extravagância e na cidade existem verdadeiros achados. Pense num prato rico, em comida saborosa e atendimento simpático – às vezes até familiar. Para encher a barriga sem esvaziar a carteira, este barato não lhe vai sair caro. São 18 restaurantes até 10€, mas também temos outras sugestões de restaurantes baratos onde poderá ser feliz sem pesar na carteira.  Recomendado: Os melhores restaurantes de petiscos em Lisboa
Os melhores restaurantes de petiscos em Lisboa

Os melhores restaurantes de petiscos em Lisboa

Diz o dicionário que um petisco é uma comida muito apetitosa, mas também uma “iguaria ou prato, geralmente servido em pequenas quantidades, antes do prato principal, como acompanhamento de bebida ou como refeição ligeira”. O melhor, acrescentamos nós, é a fusão das duas definições. E, no fundo, é o que fazemos aqui com estas sugestões de restaurantes de petiscos em Lisboa. São bons pitéus – outra definição no dicionário –, perfeitos para serem partilhados, alguns em ambientes bem festivos e regados, sem ser preciso gastar muito. Que nunca nos faltem os petiscos em Lisboa, isso e a alegria de os partilhar. Recomendado: Os melhores restaurantes de cozinha tradicional em Lisboa  
Como comer picante como um indiano

Como comer picante como um indiano

Ricardo Dias Felner, jornalista gastronómico e antigo director da Time Out, é um ávido conhecedor e consumidor de picantes e malaguetas. O autor de O Homem Que Comia Tudo, uma colectânea de textos em jeito de aventuras gastronómicas pelo mundo, editada pela Quetzal em 2020, e que mantém um site com o mesmo nome, já organizou mesmo alguns cursos dedicados ao vasto mundo das malaguetas. Quando olha para o panorama nacional, sente que a tradição portuguesa com picante é, de certa forma, “básica”. “Usamos um tipo de malagueta [piripíri] que tem uma potência razoável, mas há todo um outro mundo que não conhecemos em Portugal.” Nas várias edições do Super Club Malagueta, o jornalista tentou precisamente mostrar o leque de possibilidades de utilização de malaguetas, além de outras especiarias e molhos picantes, recorrendo à culinária de países como a China ou a Índia. Ainda que reconheça o grande potencial culinário das malaguetas e dos molhos, defende que um molho picante deve picar. Afinal, é para isso mesmo que serve. Mas há que ir aos treinos. É ele quem deixa estas dicas preciosas, qual livro de instruções para todos aqueles que não se importam (e até têm um certo prazer) com as gotículas de suor na testa quando comem pratos picantes que testam os seus níveis de resistência. Este artigo foi originalmente publicado na Time Out Lisboa — Verão 2021. Recomendado: O maravilhoso mundo dos picantes artesanais
Sete regras para comer ramen como um japonês

Sete regras para comer ramen como um japonês

A sopa japonesa ramen, cujo segredo máximo está no caldo e nas suas horas de preparação, está na moda em Lisboa. É reconfortante quando cai no estômago mas não é assim tão fácil comê-la em público, correndo o perigo de respingar por todo o lado, roupinha lavada incluída. E come-se primeiro a massa toda e outros sólidos (proteína e legumes) ou sorve-se o caldo todo primeiro? Para que é que vêm pauzinhos e colher se isto escorrega tudo? Enquanto nascem e não nascem mais sítios para provar as diferentes variedades de ramen (ou achava que era só uma canjinha com massa lá para dentro?) e para comer confortavelmente o calduço, deixamos-lhe aqui sete regras para comer ramen como um japonês.  Recomendado: Como comer picante como um indiano
O melhor bacalhau para este Natal: como escolher, demolhar e onde comprar

O melhor bacalhau para este Natal: como escolher, demolhar e onde comprar

Este será, porventura, o Natal mais incerto das nossas vidas. Não sabemos se poderemos reunir a família alargada, não sabemos se poderemos viajar, não sabemos se teremos subsídio ou emprego. A única certeza universal é que haverá bacalhau. E do bom. Ao mesmo tempo que teletrabalhamos em pantufas e a vida parece suspensa, à hora a que lê estas linhas ocorre um frenesim extraordinário em armazéns espalhados por Alcochete, Torres Vedras, Aveiro, Coimbra. Está tudo a ser feito para não nos faltar a bela posta lascada à mesa. Na noite de 24 de Dezembro, nos lares de todos os portugueses haverá distribuição de prendas, mas um dos grandes vencedores da noite é sempre quem fornece bom bacalhau. A pessoa do bacalhau transforma-se de repente no ser mais popular da sala, mesmo que seja aquele ente insuportavelmente irritante nos outros 364 dias do ano. Outra peça importante é o cozinheiro que prepara o peixe. Como diz o grande Vítor Peixoto, do mítico restaurante O Vítor, esse templo do gadídeo em Póvoa de Lanhoso (Braga), não há 1001 maneiras de cozinhar bacalhau – há duas: cozido ou assado. Aparentemente simples, obrigam ambas a muitos cuidados, se queremos a perfeição. E queremos, claro. Cá em casa é sempre cozido. E com todos: batata, grão, couves, cenouras, ovo cozido. Para conseguirmos um bacalhau lascado e com a goma intacta, os hortícolas no ponto certo e que tudo venha quente para a mesa ao mesmo tempo, é preciso logística e atenção aos tempos. Depois, há ainda o alho e cebola
Pré-publicação: Foodies, esses chatos

Pré-publicação: Foodies, esses chatos

Toda a gente gosta de comida, mas nem toda a gente gosta de comida da mesma maneira. Entre ir jantar fora ou sonhar com comida, entre seguir o Masterchef ou ter à cabeceira um livro chamado Alface (existe), vai uma distância que é, frequentemente, a distância entre uma pessoa interessante e uma pessoa chata. O pior disto é que não há nada a fazer. Ser maluquinho da comida – ou foodie ou gourmet ou gourmand – é uma doença crónica que se agrava quanto mais se come e mais se sabe sobre comida. A minha degradação é a prova disso. Quando me convidaram para a Time Out, andava eu a divertir-me com este blogue nas horas vagas do jornalismo. Fiquei preocupado. Como esses atores porno enfastiados com o métier, questionei-me se não perderia o interesse pela gastronomia no momento em que o assunto se tornasse obrigação. Fiquei ainda mais viciado. Hoje em dia, quase todas as minhas decisões são tomadas em função da comida. É a comida que faz com que nunca tenha passado férias em Amesterdão (há ervas melhores) mas conheça muito bem os mercados de Agadir. Foi a comida que me levou a desenhar um mapa das melhores padarias de Paris e a visitar cada uma delas. Foi a comida que me enfiou num avião até Chengdu, nos confins da China, um sítio onde toda a gente vai ver pandas e eu fui comer pimenta-de--sichuan. Quando não estou a caminho de comida, é provável que esteja a caminho de livros de comida. Entro numa livraria e a primeira banca onde ponho os olhos é na de livros de cozinha. Como a ofert
As 10 tendências que marcaram a década (e aquelas de que não teremos saudades)

As 10 tendências que marcaram a década (e aquelas de que não teremos saudades)

Há coisas que já estão de tal forma enraízadas nos nossos hábitos de consumo que já nem nos lembramos quando começaram. A verdade é que foi nesta década que começámos a ver chefs tatuados na cozinha, que começámos a partilhar pratos de comida e a petiscar em grupo, que nos lambuzámos com gelados artesanais italianos sem corantes ou conservantes e que prestámos mais atenção à cozinha asiática. Começámos a beber vinho a copo, deixando a febre do gin tónico para trás. E depois há as outras coisas que morreram e que queremos que fiquem bem enterradas – acabaram as trouxas de alheira e os cupcakes e a cozinha molecular já lá vai. Confira as 10 tendências que marcaram a década (e aquelas que não teremos saudades). Recomendado: Dez restaurantes que marcaram a década em Lisboa
Lisboa, quem te viu e quem te vê: o que mudou entre 2010 e 2019

Lisboa, quem te viu e quem te vê: o que mudou entre 2010 e 2019

Se nos dissessem, há dez anos, que íamos acordar a um domingo de manhã para ir a um brunch com drag queens na Lx Factory (aquele sítio semi-abandonado ali debaixo da ponte), visitar um museu futurista junto ao Tejo chamado MAAT, desviarmo-nos de turistas numa renovada Ribeira das Naus, ir de bicicleta eléctrica almoçar a um Mercado da Ribeira transformado em food court, beber um copo na Graça ou ir dançar ao Intendente? E se nos dissessem, há dez anos, que um T0 numa cave ia custar 600€ por mês? Diríamos que era tudo uma grande loucura. Mas foi essa loucura que vivemos em Lisboa na última década. Nova Lisboa, uma cronologia de bolso: 2010 Estabelece-se em Lisboa a Underdogs Art Gallery; inauguração do Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud. 2011 Fado passa a ser Património da Humanidade. 2012 Fundação Saramago instala-se na Casa dos Bicos. 2013 Rua Nova do Carvalho passa a ser a rua cor-de-rosa. 2014 Abrem o Time Out Market e o Village Underground; inauguração da nova Ribeira das Naus; regresso do Cinema Ideal. 2015 Inauguração do novo Museu Nacional dos Coches. 2016 Inauguração do MAAT; primeira Web Summit em Lisboa; abertura do Museu do Dinheiro. 2017 Histeria “Madonna em Lisboa”; o regresso do Cineteatro Capitólio; inauguração do novo Terminal de Cruzeiros; reabertura do Panorâmico de Monsanto. 2018 Campo das Cebolas renovado. 2019 Primeira greve estudantil pelo clima; novos passes Navegante com transportes públicos mais baratos.
Os 10 restaurantes que marcaram a cidade na última década

Os 10 restaurantes que marcaram a cidade na última década

Os anos 2010-2020 foram a década de ouro da restauração lisboeta, a década em que descobrimos que havia mais do que sushi e chop suey e em que o fine dining se democratizou.  Nestes dez anos, venceu o petisco e a tasca moderna, a alta cozinha portuguesa e as comidas do mundo. Há hambúrgueres que merecem sempre um regresso, dumplings, comida de tacho e pratinhos para partilhar sem ficar com um ratinho no estômago. Nunca foi tão entusiasmante comer na cidade – e as 10 casas que aqui lhe apresentamos tiveram muito a ver com isso.  Recomendado: Os 165 melhores restaurantes em Lisboa
A melhor amiga do pão: as nossas cinco manteigas preferidas

A melhor amiga do pão: as nossas cinco manteigas preferidas

Melhor que o cheiro a pão acabadinho de sair do forno só mesmo ver a manteiga a derreter no pão ainda quente. Em pão fresco, tostas ou torradas, por mais que se inventem pastas, compotas, enchidos e fiambres, não há nada de que o pão goste tanto como de manteigas. Estas são as nossas cinco preferidas. Recomendado: As melhores padarias em Lisboa

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Crónica: Lisboa, a cidade do mundo mais segura para se comer

Crónica: Lisboa, a cidade do mundo mais segura para se comer

Depois da pandemia, o mundo pensou que podia finalmente descansar e ir a um restaurante tranquilamente. Ora, o vírus amansou, mas logo a seguir um indivíduo que gosta de andar a cavalo em tronco nu decidiu que o universo precisava de uma guerra – daquelas a sério, como antigamente. Como se não bastasse, os desvairados do Médio Oriente começaram a rebentar-se uns aos outros e a incerteza prolongou-se. O que é que isto tem a ver com restaurantes e com Lisboa? Muito. A inflação só começou a desinflacionar em 2023, mas não no que respeita aos preços da comida. Não no que respeita a Lisboa. No meio desta loucura toda, apesar de tudo, a cidade passou a ser vista lá fora como uma espécie de paraíso na Terra. Lisboa já estava na moda e com a instabilidade mundial tornou-se num ermo raro à beira-mar, um lugar onde o único conflito que existe acontece entre inquilinos e senhorios. Com a vinda de turistas, expatriados, nómadas digitais e todo o tipo de pessoas que gostam de sol e de paz no mundo, a gastronomia lisboeta continuou a mudar, para o bem e para o mal – a começar nos preços, passando pelos menus e acabando no modo como reservamos mesa (adeus telefonema, olá reserva online). O último ano ficará na história como aquele em que se tentou disseminar a gorjeta automática digital, ou seja, em que começámos a ser pressionados a dar dinheiro sabe-se lá a quem (empregado, copeiro, cozinheiro, patrão – todos?). Foi também o ano da taxa do talher e do preço dos vinhos (mais manhosos) a co
Timeleft: o sucesso meteórico dos jantares com estranhos

Timeleft: o sucesso meteórico dos jantares com estranhos

No final do jantar, surgiu a “surpresa” anunciada. Os convivas à mesa foram convidados, através da aplicação, a juntarem-se a outros “timelefters”, num bar de Lisboa, o Go A Lisboa. Depois de algumas hesitações, decidimos ir todos juntos, aceitando a boleia da vegetariana do grupo, uma professora universitária em fase pós-divórcio.  Viajámos apertados num utilitário de cinco portas, felizes e galhofeiros, sem dar demasiada importância ao odor intenso. “O melhor é abrirem as janelas, que eu andei a transportar gatos de rua”, avisara a condutora, voluntária numa associação de apoio a animais.  Por esta altura, estávamos já unidos e solidários como um grupo de amigos de infância. Enfrentaríamos tudo juntos, incluindo um Citroën com cinco pessoas a cheirar a chichi de gato.   À chegada ao Go A Lisboa, tivemos então noção da dimensão do fenómeno. O enorme rooftop em Alcântara, junto ao Palácio das Necessidades, estava à pinha, praticamente só com membros dos jantares Timeleft, recrutados de vários restaurantes de Lisboa que costumam dar guarida ao evento. De acordo com números veiculados nos dias seguintes no Instagram pelo Timeleft, mais de seis centenas de pessoas tinham estado presentes nesse encontro.  Jantares sem swipe leftSe tem entre 30 e 60 anos e usa o Instagram saberá com certeza de que se trata. Apesar de terem sido criados em 2020, nos últimos meses, os jantares Timeleft inundaram o Instagram de posts patrocinados, publicitando “jantares com desconhecidos”.  O lema al
Os Dez Mandamentos da Sardinha

Os Dez Mandamentos da Sardinha

Estamos naquela altura do ano e estamos no país certo. A sardinha portuguesa é das mais saborosas do mundo, muito por causa de um fenómeno marinho, conhecido como upwelling, que traz alimento em abundância às águas ibéricas e as torna mais gordas e saborosas.  Acontece que nem toda a sardinha vendida em Portugal é portuguesa e, sobretudo, nem toda é bem cozinhada. Eis o meu decálogo para se ter a experiência perfeita e evitar desilusões, quer pense assá-las em casa, quer prefira ir a um restaurante ou a uma tasca comê-las. Tomarás atenção ao cachaçoSe for comprar sardinha, já sabe que tem de ver se o olho está translúcido e a pele brilhante, porventura com uma camada viscosa e translúcida à superfície. Outro sinal de frescura é a textura. A sardinha deve estar retesada, podendo mesmo surgir com a forma de uma foice, e deve estar bem gordinha. Uma das formas mais fáceis de perceber se está bojuda é colocando-a direita e avaliando a largura do cachaço, de cima.  Não as comprarás com os rabos quebrados Há dias, num restaurante famoso, serviram-me umas sardinhas com os rabos todos partidos. Rabos partidos podem ser um sinal de que a sardinha já foi congelada, uma vez que a congelação lhes tira a elasticidade. Atenção que uma boa sardinha, congelada no seu pico de forma, pode ser melhor do que uma outra fresca, capturada precocemente. Há uns anos, fiz uma prova cega de umas e outras e foi difícil perceber as diferenças em termos de sabor. A grande questão é que a maioria das sard
Opinião: A nova ditadura da gorjeta electrónica

Opinião: A nova ditadura da gorjeta electrónica

Há uns meses fui a um restaurante, menu de degustação de 140 euros, Michelin do bom. A rapariga veio com a maquineta para pagar com cartão e bichanou qualquer coisa muito rápido, “blábláblá, blábláblá…  gratificação”. Assumi que me estava a informar sobre a possibilidade de deixar gorjeta, através do tablet onde vinha a conta, mas assumi mal. Já no recolhimento do lar, quando olhei para a factura, percebi que estava a dizer outra coisa: que o valor da gorjeta, associado automaticamente, era de quase 50 euros, 15 por cento do valor final da factura. Para a recusar, teria de o ter dito expressamente – a ela, empregada que me servira, para quem iria a gorjeta; mas também – como não? – a quem estava ao meu lado, minha convidada, a quem pagara a refeição; e a toda a sala, em suspenso por aquele julgamento sumário.  Foi um momento delicado, que infelizmente se tem repetido.   Desde a pandemia que o software de pagamento automático dos restaurantes, sobretudo os das zonas mais turísticas, passou a incluir mecanismos que forçam o pagamento de gratificações.  Em alguns, a gratificação já vem somada ao total, mas na maioria é perguntado e dada a possibilidade de escolher a percentagem do valor da refeição que se quer pagar: as opções podem começar nos 5 por cento e ir até aos 25 por cento.  Desde o episódio do Michelin que me tenho recusado a pagar gorjeta, com este procedimento. Por várias razões.  Sei bem que a restauração é um negócio complicado. Que se tornou ainda mais complicado
Guia Michelin 2017 – Portugal ganha nove novas estrelas

Guia Michelin 2017 – Portugal ganha nove novas estrelas

Os restaurantes Alma, do chef Henrique Sá Pessoa, o Loco, de Alexandre Silva, e o LAB by Sergi Arola (Sintra), dirigido pelo chef Milton Anes, são os novos restaurantes da Grande Lisboa a receberem uma estrela Michelin. Fora de Lisboa, o L'And Vineyards, em Montemor-o-Novo, do chef Miguel Laffan, recuperou a estrela perdida no ano passado; no Porto, o Antiqvvm, de Vítor Matos, e a Casa de Chá da Boa Nova, de Rui Paula, ganharam pela primeira vez o prémio; e também o William, dirigido por Luís Pestana, no Funchal, foi contemplado com uma estrela. Os galardões do famoso guia vermelho francês foram entregues numa gala que decorreu esta quarta-feira à noite, em Girona. Ao contrário do que se pensava, no entanto, nenhum restaurante lisboeta ganhou a segunda estrela. Esse título foi concedido apenas ao Il Gallo d'Oro, de Benoit Sinthon, no Funchal, e ao The Yeatman, do chef Ricardo Costa, de Vila Nova de Gaia. No total, foram assim distribuídas por restaurantes portugueses nove novas estrelas relativamente ao guia de 2016. Este número está muito abaixo do que havia sido indicado pela organização. O director de comunicação da Michelin havia dito aos jornalistas, num almoço ocorrido no início do mês, que Portugal duplicaria o número de galardões, considerando-o um resultado "bombástico".Em 2016, o país teve 17 estrelas, distribuídas por 14 restaurantes.
Fomos jantar ao Asiático do chef Kiko e contamos como foi

Fomos jantar ao Asiático do chef Kiko e contamos como foi

Eram 19.30 quando abriram as portas do Asiático, na terça-feira. A Time Out foi dos primeiros clientes a entrar e diz-lhe tudo o que pode esperar do restaurante mais ambicioso do Príncipe Real.   O local Fica mesmo no cimo da Rua da Rosa, a chegar ao Príncipe Real, ao lado do Clandestino (coincidência ou não, está encerrado para remodelação), e de frente para o histórico Bonsai, um dos primeiros japoneses de Lisboa e uma das mesas onde o chef Kiko mais gosta de almoçar quando não tem de estar numa das suas cozinhas. Por falar numa das suas cozinhas, a Cevicheria não está a mais de dois minutos dali. Depois de Avillez tomar o Chiado, estará Kiko a tomar o Príncipe Real?            O espaço À entrada há um porteiro e uma recepcionista no que parece ser um túnel espacial forrado por frascos de cogumelos, feijões, ervas. Quem não tem mesa é encaminhado para o bar, uma mezzanine sobre a sala principal. Cá em baixo é onde tudo acontece. Há uma cozinha aberta, uma banca onde Kiko está a empratar e outro bar ao canto, tudo à vista. A sala estende-se até a um pátio com uma parede magnífica iluminada em fundo. Com tempo seco, valerá muito a pena almoçar ou jantar lá. O restaurante senta cerca de 70 pessoas, por enquanto, mas pode levar mais. Na noite de abertura, às 21.30 tinham sido servidas mais de 55 refeições.         Uma foto publicada por Blog O Rei Vai Nu • Olga Reis (@oreivainu) a Out 13, 2016 às 3:19 PDT     A decoração Tudo parece ter sido escolhido com requinte (e or