Experimentou o Lifestyle e a Cultura e nunca mais quis outra coisa. Bastou uma rápida passagem pela redacção do Público (corria o ano de 2011) para perceber o bem que se está por estas bandas. A Time Out encarregou-se do resto – de o levar a conhecer os cantos à cidade de Lisboa e fazê-lo ganhar um gostinho por lojas, artesãos e novas marcas locais. A moda esteve sempre no topo da lista, dentro e fora da redacção. À mesa, será sempre um eterno dividido entre as modernices do nosso tempo e todos aqueles lugares que pararam no tempo. Se tudo um resto falhar, um bom croquete vai sempre fazê-lo feliz.

Mauro Gonçalves

Mauro Gonçalves

Editor Executivo, Time Out Lisboa

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Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Estamos em Abril e os dias já estão bem maiores. Mas que isso não o leve a trocar uma ou duas exposições por um lugar na esplanada, até porque há horas de sol que chegue para fazer tudo. Sobretudo, quando há uma grande exposição acabada de inaugurar. Falamos de "Paula Rego e Adriana Varejão. Entre os vossos dentes", que põe as obras das duas artistas em diálogo no CAM. Tem até sábado para espreitar os talentos da "Masterclass 2024-25" na Narrativa e até domingo para visitar "Hestnes Ferreira – Forma | Matéria | Luz", no MAC/CCB. Recomendado: Guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa
As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

Temos um novo fim-de-semana à porta, razão mais do que suficiente para passar a agenda da cidade a pente fino e rechear os próximos dias com tudo do bom e do melhor. O circuito da arte continua em alta, com uma nova e grande exposição no CAM e os finalistas do Prémio Novos Artistas Fundação EDP no MAAT. Estes são ainda dias de Sónar e de Festa do Cinema Italiano. Não deixe de dar uma oportunidade aos novos restaurantes, às peças de teatro acabadas de estrear ou aos concertos que vão dar música à cidade. Recomendado: Fim-de-semana perfeito em família
Exposições em Lisboa a não perder em Abril

Exposições em Lisboa a não perder em Abril

No mês da Revolução, a agenda não fica indiferente ao 25 de Abril de 1974. No Museu do Aljube, são duas as exposições à boleia deste marco no calendário. Enquanto isso, o Festival Política volta a ocupar o Cinema São Jorge, este ano com quatro exposições. Mas há mais: em Belém, o recém-inaugurado MACAM exibe uma extensa colecção privada de arte contemporânea, exposta em permanência, e ainda duas mostras temporárias. No Centro de Arte Moderna Gulbenkian, espreite uma das exposições mais aguardadas do ano: "Paula Rego e Adriana Varejão. Entre os vossos dentes". Recomendado: Os melhores museus em Lisboa
As melhores coisas para fazer em Lisboa em Abril de 2025

As melhores coisas para fazer em Lisboa em Abril de 2025

Novo mês, uma agenda em branco, pronta a preencher com o que de melhor acontece em Lisboa – da arte ao teatro, da música à vida nocturna. Já sabe que, tratando-se de Abril, há temas que vêm com o pacote. Falamos dos festejos da Revolução, que ocupam o mês inteiro, da abertura das Galerias Romanas e, claro, da Páscoa. Como se já não fosse suficiente, tem todo um novo museu em Belém para descobrir, cinema italiano para ver e uma maratona de dança que o vai fazer queimar muitas calorias – também conhecida como Sónar. Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
Dos 7€ aos 150€: presentes de Dia do Pai para todos os bolsos

Dos 7€ aos 150€: presentes de Dia do Pai para todos os bolsos

Dia do Pai é todos os dias, mas temos o 19 de Março a servir de lembrete para os mais distraídos. Sabemos que ninguém gosta de deixar a data passar em claro – nem que seja para poder arrastar o pai para ir jantar fora ou para ir beber um copo. A pensar nisso, fomos às compras, sempre a pensar em todos os orçamentos. Escolhemos as melhores prendas para pais, sejam eles mais clássicos ou desportivos, mais sérios ou descontraídos. Agora, não deixe para a última e aproveite estas 33 ideias de presentes para o Dia do Pai.  Recomendado: As melhores lojas de roupa para homem em Lisboa
As melhores lojas de roupa para homem em Lisboa

As melhores lojas de roupa para homem em Lisboa

Da alfaiataria ao streetwear – sem esquecer as melhores lojas de ténis ou até as paragens obrigatórias do circuito de lojas vintage e em segunda mão – o roteiro de lojas de roupa e acessórios exclusivamente (ou sobretudo) dedicadas ao universo masculino está a crescer. Com a vaidade aumenta a exigência, por isso nesta ronda pelas melhores lojas para homem em Lisboa vai encontrar algumas das mais bonitas. Pelo meio, há ainda uma mão-cheia de marcas portuguesas. Depois das compras, não se esqueça que também precisa de ficar penteado e bem aparadinho – e para isso tem as melhores barbearias em Lisboa. Recomendado: As melhores lojas de chapéus em Lisboa
Pé ante pé, descubra as melhores sapatarias em Lisboa

Pé ante pé, descubra as melhores sapatarias em Lisboa

Comprar um novo par de sapatos tem muito que se lhe diga. Há quem privilegie o conforto, enquanto outros procuram a última moda. Em Lisboa, não faltam opções para satisfazer ambos os requisitos. Há sítios onde vai encontrar bom calçado português – com mais ou menos rasgo criativo –, outros onde as etiquetas são internacionais, mas muitíssimo bem cotadas. E olhe que nem todas as opções seguem o desenho mais clássico de um sapatos. Há propostas bem mais urbanas para agradar à diversidade de gostos que tão bem define a contemporaneidade. Ponha pés a caminho – esta é a nossa lista das melhores sapatarias em Lisboa. Recomendado: As melhores lojas de chapéus em Lisboa
Em tecido, pele ou vime. Oito marcas portuguesas de malas e carteiras

Em tecido, pele ou vime. Oito marcas portuguesas de malas e carteiras

Não há limites para o que nos podemos lembrar (ou precisar) de pôr dentro de uma mala. E quando abertas, são autênticas caixinhas de surpresas. Não obstante o conteúdo, há que tem em conta a forma. Grandes ou pequenas, arredondadas ou rectangulares, em pele ou em tecido, rígidas ou maleáveis, sóbrias ou garridas – felizmente, há malas a carteiras para todos os gostos. Estas são de produção nacional e algumas delas honram longas tradições locais, como é o caso do trabalho do vime. Saiba onde encontras estas e outras marcas portuguesas de malas e carteiras. Recomendado: As melhores lojas de ténis em Lisboa
As melhores lojas de disfarces em Lisboa

As melhores lojas de disfarces em Lisboa

Quem quer, encontra sempre uma razão para se disfarçar, sobretudo nesta altura do ano, em que o Carnaval se aproxima a todo o vapor. É uma altura cheia de cor, serpentinas, brilhos e, acima de tudo, animação, por isso, também o disfarce deve estar à altura. Até porque há muitos desfiles a acontecer por toda a cidade ou festas e programas que exigem uma boa fantasia. Para garantir que faz um brilharete, damos-lhe uma ajuda. Só tem de escolher o modelo e os acessórios nas melhores lojas de disfarces em Lisboa. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer
As melhores lojas para comprar plantas em Lisboa

As melhores lojas para comprar plantas em Lisboa

Bonsais, cactos, arbustos, plantas rasteiras, trepadeiras, folhas grandes ou miudinhas, tudo para compor as divisões lá de casa ou até mesmo para dar outra vida ao quintal – se for o caso. Só tem que ter atenção à espécie para poder adaptá-la ao ambiente, mas se não souber da poda, haverá sempre nestes espaços quem o saiba aconselhar na hora da compra. Esta lista das melhores lojas para comprar plantas em Lisboa (e arredores) foi feita a pensar nos apaixonados por botânica, é todo um novo harém de clorofila à espera de ir morar lá para casa. Recomendado: 🍄 Dos cremes à comida, estes cogumelos são poderosos    
Os melhores sítios para ver stand-up comedy em Lisboa

Os melhores sítios para ver stand-up comedy em Lisboa

Nos últimos anos, Lisboa trilhou um caminho que a aproximou da comédia. Não falamos da velha revista à portuguesa, nem do cinema capaz de arrancar umas gargalhadas, mas sim de stand-up comedy feita por humoristas, sejam eles mais ou menos experimentados. Nem só de grandes salas de espectáculos e bilheteiras concorridas vive este roteiro. Pela cidade, há bares e pequenos auditórios que dão palco aos profissionais da arte de fazer rir. Chame a família, convide amigos e ria a bom rir nos melhores sítios para ver stand-up comedy em Lisboa. Recomendado: Peças de teatro para ver esta semana
Dia dos Namorados: coisas para fazer aos pares (ou não)

Dia dos Namorados: coisas para fazer aos pares (ou não)

Parece que o Cupido acertou em cheio na agenda da cidade. Dos jantares à luz das velas (e qualquer coisa mais) às oportunidades para pôr as quatro mãos na massa, Lisboa rende-se lentamente aos caprichos deste menino de arco e flecha na mão. No que depender de nós e das nossas sugestões, a lamechice será sempre em doses controladas. O mesmo não se pode dizer do conteúdo mais libidinoso, que por esta altura do ano espreita em cada esquina, sobretudo numa cidade como Lisboa, que já tem o seu quê de romantismo. Tome nota. Recomendado: Motéis em Lisboa – sempre prontos para uma rapidinha 

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Relíquias da Memória

Relíquias da Memória

Mais do que uma loja, este é um daqueles sítios onde nos podemos perder — em épocas e acabamentos, em detalhes e medidas, a visualizar como esta ou aquela peça ficariam lá em casa. Os objectos são às centenas e atravessam séculos de história. No espaço anteriormente ocupado pela República das Flores, as peças de decoração, mobiliário e luminária são a perder de vista. Há de tudo um pouco: arte sacra, móveis oitocentistas, candeeiros da década de 60, porcelanas orientais, lustres, letreiros e até um antigo posto de gasolina.
Homecore

Homecore

Alexandre Guarneri conheceu Portugal há 30 anos, na mesma altura em que fundou a sua própria marca de moda e lhe deu um nome que perdura até hoje, Homecore. Disposta em dois expositores, a colecção divide-se entre as linhas masculina e feminina. No vestuário, há um tipo de minimalismo que privilegia os cortes e os materiais. Muitas das roupas são reversíveis e feitas com tecidos provenientes de stocks parados de fábricas portuguesas. Mas há mais para descobrir nesta loja. Veja, os ténis que andam nas bocas do mundo, estão aqui e são, também eles, um projecto de amigos. La Boite Concept, uma marca francesa de colunas, gira-discos e sistemas de som, demonstra uma verdadeira valorização do design, enquanto as cerâmicas de Cécile Mestelan incorporam as linhas de algumas das peças da Homecore. A montra fica completa com a perfumaria e cosmética da bicentenária Buly e com as almofadas do Flores Textile Studio.
Boudoir Vintage Boutique

Boudoir Vintage Boutique

Entrar na Boudoir Vintage Boutique é como afastar a cortina que separa esta antiga sala, reservada à intimidade feminina, do resto da casa. Entre corpetes cor-de-rosa, luvas de renda, camisas de noite e combinações de toque sedoso e robes acetinados, a abertura da loja, em Abril de 2021, veio aumentar o nível de especificidade dos espaços já dedicados ao segmento da segunda mão em Lisboa. Aqui, brilha a roupa interior. A roupa interior não é a única coisa à venda na Boudoir Vintage Boutique. Como complemento, existem expositores com outras peças em segunda mão, algumas com assinatura de designer. 
Sons of the Silent Age

Sons of the Silent Age

É a última inauguração de Bruno Lopes e Tiago Andrade, também conhecidos como os senhores da moda vintage. A loja que nasceu como projecto fotográfico ganhou um espaço físico, mesmo em plena pandemia. Ao lado de peças mais especiais (o que inclui Chanel, Dior ou Saint Laurent), há peças personalizadas pelos próprios proprietários. Além do espaço na Calçada do Combro, a Sons of the Silent Age também já chegou à Rua do Ouro, no número 172.
Studiorise

Studiorise

É no estúdio onde tudo acontece. É escuro, tem capacidade para 20 pessoas (lotação reduzida devido à pandemia) e está equipado com um sistema de som digno de uma pista de dança. Porém, dançar só mesmo com os pés atarraxados nos pedais. Sim, porque estas aulas exigem calçado próprio, disponibilizado pelo estúdio e a fazer lembrar as velhas idas ao bowling. O studiorise abriu em Outubro de 2021 com uma versão festiva das habituais aulas de cycling. São 45 minutos non stop, o que significa que tem de ir preparado para suar em bica, do princípio ao fim. Não se preocupe porque no escurinho da sala não dá para ver nem a pessoa que está ao lado. Quanto à música, tudo depende de quem dá a aula. A trupe de instrutores é a jóia da coroa do Studiorise. São sete e cada um leva para o estúdio os seus ritmos favoritos.
American Vintage

American Vintage

Foram anos a conquistar a clientela lisboeta com um estilo minimalista de inspiração mediterrânica. Em 2021, a francesa American Vintage decidiu expandir-se na capital portuguesa e abrir uma loja na artéria mais luxuosa da cidade, a Avenida da Liberdade. Com cerca de 150 metros quadrados, o espaço reúne as colecções feminina e masculina da marca e faz parte de um plano de novas aberturas que contempla várias cidades europeias.
Drogaria Oriental

Drogaria Oriental

Quem diria que a loja que vende as famosas toucas às flores já tem mais de 120 anos? Nada mal. Ao contrário dos velhos negócios familiares que passam de pais para filhos, entre os três proprietários que a Drogaria Oriental já teve, não há qualquer parentesco. Nas prateleiras mantêm-se as especialidades da casa e não há grande superfície que lhes faça sombra. São escovas de fios de seda, sabonetes Ach. Brito, cremes Benamôr, perfumaria avulsa (ainda com os frascos antigos) e, claro, as toucas que um dia Cristina Ferreira descobriu e que, depois disso, começaram a sair que nem pão quente para todos os pontos do país. E o balcão é mesmo o original.  
Galeria Underdogs

Galeria Underdogs

Nascida em 2010 num armazém colossal do Braço de Prata, por aí passam alguns dos mais mediáticos artistas da actualidade. Dantes, o grande corpo artístico que é a Underdogs vivia com um pé em Marvila e outro no Cais do Sodré, mas os pés juntaram-se para caberem todos dentro do armazém na Rua Fernando Palha. Se antes havia duas casas a albergar obras de arte, agora passa a haver só uma – a Underdogs Art Store está agora instalada em Marvila, junto da galeria que sempre esteve por ali. Além disso, há também a Underdogs Capsule, dedicada a pequenas exposições e projectos experimentais.
Smile You Are in Spain Studio Part I

Smile You Are in Spain Studio Part I

Não, esta exposição não é financiada pelo Instituto de Turismo de España, embora a campanha publicitária lançada em 2004 tenha inspirado, e muito, o artista em questão. O objectivo foi, desde o início, ter magotes de gente a passar férias pelo país inteiro. Ora, o português Luís Lázaro Matos fez-lhes a vontade. Pisou os cenários paradisíacos dos anúncios e olhou para a forma como a paisagem, as tradições, as pessoas e a arte depressa são convertidas em coisas pontas a consumir. Daí, nasceu “Smile You Are in Spain Studio”. A primeira parte acaba de inaugurar na galeria Madragoa; a segunda, na forma de uma instalação performativa, vai ter de esperar até dia 24 de Fevereiro, dia em que arranca mais uma edição da ARCO, em Madrid. Mas, afinal, que postais trouxe o artista desta gincana por terras espanholas? Bem, talvez seja melhor saber primeiro o que levou na mala. Um smile e, por oposição, O Grito, de Edvard Munch, aqui, símbolo do amargo de boca trazido pela crise económica que bateu à porta, anos depois. A obra-prima foi à praia, tirou fotografias e agora o cenário veraneante veio para Lisboa, com paredes amarelas, desenhos na fachada da galeria e com a música “Hay Que Venir Al Sur”, de Raffaella Carrà, a ecoar ao longo da exposição. Vídeo, fotografia e desenho abrem o apetite para ver o capítulo seguinte. Até lá, é na Madragoa que o Verão espanhol estende a toalha.
Second Chance

Second Chance

Para João Figueiredo, não há como o retrato clássico. É no meio de intrigas palacianas e caprichos da nobreza que o artista ocupa a Galeria Espaço Arte Livre até meados de Janeiro. Nos últimos anos, este tem sido o cenário trabalhado por João e o resultado é agora trazido para a Avenida. Há uma instalação e um vídeo, mas é nas pinturas que o autor desafia os visitantes e desvendarem as histórias das personagens que lhe têm povoado o imaginário. Da condessa de peitos fartos e olhar superior ao barão de ar comprometido, em alguns casos as expressões denunciam que estão ligados entre eles e pelas razões mais rocambolescas. A relação de quem visita “Second Chance” com as pinturas é, por isso, imediata, numa espécie de big brother setecentista. No final, muito fica por desvendar, não fosse o artista um perito em aguçar curiosidades.
Barahona Possollo

Barahona Possollo

Depois do retrato oficial do ex-presidente da República, já muita tinta correu do pincel de Carlos Barahona Possollo. Ainda assim, esta é a primeira exposição do pintor, desde que a obra-prima veio a público, momento a que o próprio chama de “impacto mediático”. Se o nome continua fresco na cabeça dos lisboetas, isso só o número de entradas no Espaço Cultural Mercês o dirá. O que garantimos, desde já, é que Barahona Possollo volta ao Príncipe Real em preparos bem diferentes dos da última vez. O homoerotismo esbateu-se. Há corpos sim, mas muito mais próximos do nu mitológico, daquele que tem as curvas e protuberâncias todas no sítio, mas que não faz corar tanto. Dado o primeiro aviso, o segundo: aqui, o pintor diversificou o formato. Mal entramos, tanto damos de caras com o rapaz saudável com meia melancia (do mais próximo dos trabalhos anteriores de Possollo que vai ver por aqui), como nos apercebemos da quantidade de pequenas telas espalhadas pelas paredes. É caso para dizer que o artista se rendeu ao encanto das coisas pequenas. “Sinto que nos quadros pequenos posso arriscar mais do que nas grandes telas. Nessas, acho que não me dou tanta liberdade”, explica. E quando olhamos de perto, o realismo de Barahona Possollo ganha outros ares. Atraído pela mancha impressionista, passou o último ano de volta de paisagens: falésias, rochedos, colinas e, em dois casos muito particulares, a cidade de Lisboa. Ao longo dos quase 30 quadros, a figura humana ficou para segundo plano, numa
Pontas Soltas

Pontas Soltas

O senhor da imagem está bem, não se preocupe. Por estes dias, a loja e galeria Mona, nas Janelas Verdes, recebe a exposição “Pontas Soltas”, de Ivo Purvis, mais uma mente criativa da publicidade que se deu conta de que o que faz todos os dias talvez tenha o seu quê de artístico. E parece que algumas boas ideias não se chegaram a conveter em anúncios. Aqui, a avalanche de bonecada foi inevitável. Homem dos Bonecos é uma das imagens que pode ver durante as próximas semanas.

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Este ano, o festival Jardins Abertos quer pô-lo a sujar as mãos na terra

Este ano, o festival Jardins Abertos quer pô-lo a sujar as mãos na terra

Este é já um ritual de Primavera para a cidade de Lisboa. A partir de 2 de Maio e durante quatro fins-de-semana, os Jardins Abertos regressam para abrir as portas a 24 espaços verdes, com um programa que inclui visitas guiadas, visitas livres e, pela primeira vez, actividades de jardinagem colectiva, uma oportunidade de sujar as mãos na terra enquanto se aprende mais sobre como cuidar das plantas e do seu habitat. Toda a programação é gratuita e não requer inscrição prévia. "Este ano queremos falar sobre o futuro. Não do futuro como uma utopia interessante, mas de um futuro que possa começar já hoje", anuncia André Ramalho Freire, da organização do festival que chega este ano à 14.ª edição. E para envolver o público nesta discussão, o festival estreia uma nova iniciativa. Chamam-lhe Jardinagem Colectiva e será uma oportunidade de aprender com quem mais percebe do assunto, ou seja, de jardins. O envolvimento da comunidade não fica por aí. A organização do festival convidou ainda vários grupos e colectivos a juntarem-se ao programa de actividades, entre eles a associação VERDE, Batoto Yetu, Biodiversity4All, Future Days e Tagis. "É uma actividade em que vários amigos, vizinhos ou até desconhecidos se juntam para cuidar de espaços que são de todos", detalha André. Sob a orientação de responsáveis e cuidadores de cada um dos espaços, estas actividades vão passar por três locais – os Jardins do Palácio Fronteira (3, 17), em São Domingos de Benfica, o Cemitério dos Ingleses (17, 24
Em Maio, a Cordoaria Nacional volta a transforma-se num recreio para coleccionadores

Em Maio, a Cordoaria Nacional volta a transforma-se num recreio para coleccionadores

A Cordoaria Nacional é mesmo o grande palco da arte de Lisboa. Ainda antes de mais uma edição da Arcolisboa, é a Lisbon Art and Antiques Fair (LAAF) a ocupar este espaço nobre da cidade. De 9 a 17 de Maio, a maior feira de arte nacional junta 35 expositores – entre antiquários, galerias de arte moderna e contemporânea, especialistas em joalharia ou design –, nacionais e estrangeiros. No total, os visitantes poderão contar com 1380 metros quadrados dedicados à arte, naquela que é a 22.ª edição da LAAF e que conta com Pedro Calapez como artista convidado. O pintor português levará para a cordoaria a sua série Lameiros, conjunto de telas inspiradas no nordeste transmontano, mais precisamente nos terrenos de uso comunitário que, no norte do país, se destinam ao armazenamento de forragens de aldeias vizinhas. DRPedro Calapez Organizado pela APA (Associação Portuguesa dos Antiquários), o evento volta a contar com a OITOEMPONTO na elaboração do projecto cenográfico. Na lista de participantes, destaque para cinco estreantes. São eles Alexandra Matias Jewelry, Atelier Daciano da Costa, Galeria da Estrela, Gracinha Viterbo Interior Design e L’Éléphant. A proposta é, portanto, ir da Antiguidade Clássica ao design contemporâneo sem sai da Cordoaria Nacional. Do lado da programação, o destaque volta a ser as Conversas Sobre Arte. Para o dia 12 de Maio está marcada a palestra Azulejo: um Património com Futuro, às 18.00. Dois dias depois, o mote é Visita a uma Colecção Particular de Arte
O mar, a violência e a memória colonial. Paula Rego e Adriana Varejão nunca estiveram tão próximas

O mar, a violência e a memória colonial. Paula Rego e Adriana Varejão nunca estiveram tão próximas

Vinte e cinco anos, e mais de 7500 quilómetros, separam os nascimentos de Paula Rego e Adriana Varejão. Mas encontrar pontos de contacto entre as obras das duas artistas não é um exercício que tenha começado hoje. Em Setembro de 2017, trabalhos seleccionados de uma e de outra já haviam sido postos em diálogo, numa exposição da Fortes D’Aloia & Gabriel, no Rio de Janeiro. Nick Willing, filho da pintora portuguesa, viajou na altura até ao Brasil, enquanto Adriana visitou o atelier de Paula, em Londres, onde as duas se conheceram pessoalmente. Quase oito anos depois, uma ideia (bem mais ambiciosa no que toca à escala e que começou a ser nutrida em 2021, ainda Paula Rego era viva) ganha forma no Centro de Arte Moderna Gulbenkian. Esta sexta-feira, inaugura "Paula Rego e Adriana Varejão. Entre os vossos dentes", a primeira exposição conjunta das duas artistas em Portugal, que junta cerca de 80 obras na Nave do CAM. "As obras são bastante diferentes, mas a sinergia entre elas e a forma como dialogam é incrível", começa por denotar Adriana Varejão, nome incontornável da arte contemporânea brasileira, com obras espalhadas pelos grandes acervos de arte do mundo, incluindo a Tate Modern, em Londres, e o Metropolitan Museum of Art e o Guggenheim, em Nova Iorque. Pedro Pina A curadoria, tarefa que a artista dividiu com Helena de Freitas e Victor Gorgulho, agrupou as obras em 13 núcleos, cada um deles instalado num espaço circunscrito. Habitualmente ampla, a maior das galerias do edifíc
Fechado para obras, Museu Gulbenkian expõe as suas melhores peças no edifício do lado

Fechado para obras, Museu Gulbenkian expõe as suas melhores peças no edifício do lado

Estas peças são boas demais para ficarem guardadas, mesmo que seja apenas por algum tempo. Fechado para obras até Julho do próximo ano, o Museu Gulbenkian leva, a partir de 12 de Abril, mais de 300 peças emblemáticas da colecção para uma das galerias do Edifício Sede – na outra, continua a poder visitar a exposição "Arte Britânica – Ponto de Fuga". "Coincidindo com o 70.º aniversário da morte de Calouste Gulbenkian (1869-1955), a exposição não procura recriar o museu encerrado, mas usa o conceito de exposição temporária para explorar um caminho que a museografia das galerias permanentes não permite", lê-se no comunicado. Afinal, são milénios de história e uma viagem em jeito de "narrativa retrospectiva", com especial atenção "às afinidades formais entre objectos díspares, seguramente mais próxima dos critérios que norteariam a apresentação no palacete parisiense do coleccionador". Conte com um percurso que começa no século e que recua até à Antiguidade, numa amostra da colecção que sublinha o ecletismo de Calouste Gulbenkian. Arte chinesa, Idade Média, arte islâmica e pintura europeia são alguns dos núcleos representados, sem esquecer a joalharia de René Lalique ou obras-primas da pintura do século XIX – caso de As Bolas de Sabão de Manet ou de Retrato de Henri Michel-Lévy de Degas –, ou mesmo Flora, escultura de Jean-Baptiste Carpeaux. A exposição "Colecção Gulbenkian. Grandes Obras" termina com a apresentação inédita do conteúdo do cofre-forte do coleccionador, onde encontr
Com nove salas, centro interpretativo dos murais de Almada Negreiros abre esta terça-feira

Com nove salas, centro interpretativo dos murais de Almada Negreiros abre esta terça-feira

A partir desta terça-feira, as Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos contam com um centro interpretativo, dedicado aos murais de Almada Negreiros que foram inaugurados nestes edifícios nos anos 40 do século passado. Considerados o "maior e mais significativo conjunto de pintura mural do século XX, em Portugal", segundo a nota enviada à imprensa, os murais são obras emblemáticas do modernismo português. Pela primeira vez, o público terá acesso aos murais originais (no piso 1 de ambos os edifícios), mas também às nove salas que compõem o centro interpretativo, onde é possível aprender mais sobre a história das duas gares (da II Guerra Mundial ao regresso dos portugueses das ex-colónias), projectadas por Porfírio Pardal Monteiro, mas também sobre a vida e obra de Almada Negreiros, artista nascido a 7 de Abril de 1893. FREDERICO FONSECA O centro interpretativo fica no piso 0 da Gare Marítima de Alcântara. Três das salas são dedicadas em exclusivo às pinturas e ao processo criativo do qual resultaram, incluindo entrevistas e depoimentos de Almada durante e após a conclusão dos murais. As visitas são apoiadas por audioguia. Situadas a 800 metros uma da outra, as gares estarão agora ligadas por um transporte gratuito. O veículo é, na verdade, um modelo construído a partir do projecto original de um carrinho de bagagens desenhado pelo atelier Pardal Monteiro. Por sua vez, o restauro dos murais da Gare Marítima Rocha do Conde de Óbidos foi finalizado recentement
Entre a habitação e a ecologia, seis novos artistas reflectem sobre o mundo no MAAT

Entre a habitação e a ecologia, seis novos artistas reflectem sobre o mundo no MAAT

É a 15.ª edição de um dos mais relevantes prémios de arte do país. A partir desta quinta-feira e até 8 de Setembro, o MAAT expõe obras dos seis finalistas do Prémio Novos Artistas Fundação EDP. O vencedor deverá ser anunciado em Junho. "Há um critério que é fundamental, que é a qualidade artística. E isso é subjectivo, decorre de contextos, do espaço, do prémio anterior e das retóricas artísticas, importantes para que o júri marque uma posição em relação ao que queremos promover", refere Sérgio Mah, curador da exposição, juntamente com Catarina Rosendo e Luís Silva. No total, o trio avaliou quase 700 candidaturas. Depois de cada um chegar a uma lista mais reduzida de possíveis candidatos, juntam-se para discutir a selecção feita por cada curador, um processo que Catarina Rosendo diz ser "moroso, mas estimulante". Escolhidos os seis finalistas, acompanham de perto a evolução dos diferentes projectos, incluindo a própria execução das obras. Quem irá arrecadar o prémio de 20 mil euros? Essa decisão fica a cargo de um júri internacional. Bruno LopesFrancisco Trêpa, Prémio Novos Artistas Fundação EDP Entre desenho, vídeo, escultura e instalação, os seis candidatos este ano desdobram-se em suportes e materiais, mas também em pontos de vista e temas. O mundo que os rodeia e a própria interioridade são pontos de partida para reflectir no campo das artes plásticas e visuais. É este o exercício levado a cabo por Inês Brites, a primeira jovem autora da exposição, no edifício da antiga
Em Junho, este festival quer pô-lo a dançar no meio do Tejo

Em Junho, este festival quer pô-lo a dançar no meio do Tejo

Soulful e House Music é o que se ouve neste festival que regressa à Costa da Caparica entre os dias 19 e 23 de Junho. O Praia Irmão, club e restaurante na Praia do Castelo, pode ser o quartel general do Suncebeat New Horizons, mas a grande atracção desta edição vão mesmo ser as sete festas programadas a bordo dos barcos São Jorge e Príncipe do Tejo. Comecemos pela grande festa de abertura da segunda edição do festival, dia 19 de Junho, às 15.30. Durante um percurso ao longo do rio, os festivaleiros a bordo do renovado São Jorge vão poder saltitar entre duas pistas de dança, por onde vão passar nomes como Osunlade, Jeremy Underground, M.Dusa e Rich Medina. Nos três dias seguintes, a festa é dupla, com a embarcação Príncipe do Tejo, já utilizada pelo festival no ano passado, a zarpar às 14.30 e também às 18.30. DJ Spen, Terry Hunter, Kirollus, Luke Una, Darryn Jones, Rahaan, Ash Lauryn, Young Pulse, Sadar Bahar e Jimpster serão os DJs de serviço. As partidas são sempre feitas da Trafaria e os bilhetes para as festas nos barcos só podem ser adquiridos por quem já tem bilhetes diários ou passe para o festival. Vão custar 48€ e são postos à venda a 1 de Maio. Enquanto isso, no Praia Irmão, estarão montados dois palcos, ambos com programação próprio entre as 14.00 e as 02.00, nos quatro dias de festival. Já as after parties acontecem um pouco mais tarde – até às seis da manhã –, na Praia da Sereia. A última está marcada para as 19.00 do dia 23 de Junho e termina às duas. Praia do C
Febre de sábado à noite? CAM passa a ser gratuito para jovens e começa com DJ Marfox

Febre de sábado à noite? CAM passa a ser gratuito para jovens e começa com DJ Marfox

O próximo sábado, dia 5 de Abril, será o primeiro de muitos passados entre a arte e a festa, no Centro de Arte Moderna Gulbenkian. A programação "Sábados à noite no CAM" quer reforçar a relação com os públicos mais jovens. O centro passa, assim, a ser de entrada gratuita para todos os jovens até aos 30 anos (exclusive), todos os sábados, durante o horário alargado das 18.00 às 21.00. Neste primeiro sábado, o espaço recebe DJ Marfox. O produtor e DJ, um dos grandes embaixadores da Batida – género que mistura sonoridades africanas como kuduro, funaná e tarraxinha com house e techno –, leva consigo o espírito da música suburbana de Lisboa, num encontro que coloca o confronto entre a cultura clubbing e os sons e danças da música afro-portuguesa.  A entrada é gratuita, mas limitada, com bilhetes disponíveis no próprio dia, duas horas antes do evento (máximo de dois por pessoa), e só para aderentes do Cartão Gulbenkian.  Antes de assumir os pratos, Marfox junta-se à actriz e apresentadora de televisão Cláudia Semedo e ao empreendedor Mikas para uma conversa integrada no programa associado à exposição de Julianknxx, "Rememória do Tempo". Os três oradores vão partilhar experiências e perspectivas sobre a luta por espaços que acolham a diversidade, a ocupação e a manutenção de espaços dedicados às suas comunidades e ao papel da arte na reivindicação do presente. A conversa está marcada para as 17.00 e também ela será de entrada gratuita. Mas este será apenas o primeiro dia do programa
A nova aplicação de encontros é portuguesa e não tem swiping: é um jogo

A nova aplicação de encontros é portuguesa e não tem swiping: é um jogo

Desconstruir ideias, aprender e partilhar é o foco desta plataforma digital que, para além de ser uma aplicação, tem também uma loja de brinquedos sexuais. Juntando aspetos de jogo à sua plataforma, a Quycky quer criar um espaço confortável para desmistificar todas as questões e preconceitos com a vida sexual e a sexualidade, que "é algo que é completamente intrínseco a todo o ser humano, que é das coisas mais difíceis de falar e com mais tabu", partilhou a CEO e fundadora da Quycky, Mariana Tomé Ribeiro, com a Time Out. Este conceito surgiu na época da pandemia, na linha de pensamento de que “todas as aplicações de dating são muito tipificadas e, depois, a parte da exploração mais sexual cai em alguma banalidade”. A CEO da Quycky sublinha também que não quer que a aplicação seja só mais uma dating app. "O nosso objectivo é sermos uma app em que as pessoas procurem respostas e falar sobre algo que as incomoda ou não e que a pessoa do outro lado do mundo possa sentir a mesma coisa”. DRMariana Tomé Ribeiro, CEO e fundadora da Quycky Sendo o respeito, a curiosidade e o amor pela sexualidade o lema da Quycky, o jogo tem diferentes níveis de intensidade para se adequar ao gosto de cada um. A aplicação também desenvolve os seus algoritmos de forma a ajustar-se cada vez mais ao perfil dos seus utilizadores. O jogo conta com dez dimensões, que vão ajudando a personalizar tanto o seu perfil quanto as suas interacções. Quanto mais joga, mais dimensões o seu perfil vai adquirir e mai
No sábado, descubra outra Lisboa num roteiro de arte e cerveja

No sábado, descubra outra Lisboa num roteiro de arte e cerveja

Pela segunda vez, o eixo composto pelas freguesias Penha de França, Beato e Marvila acolhe o programa East Lisbon Art Day. Acontece já este sábado, 5 de Abril, e vai envolver 15 espaços desta zona da cidade, na maioria galerias. A iniciativa quer servir de pretexto para que lisboetas e visitantes passeiem pela zona, participem em visitas guiadas gratuitas, dancem ao som de DJ sets e, claro, brindem com a cerveja artesanal que por ali se faz. Algumas das galerias vão aproveitar a data para inaugurar novas exposições. É o caso da Dialogue Gallery e da Little Chelsea Experience. Enquanto isso, a MAD Gallery dá por encerrada a exposição "Heranças e Raízes Quadradas", de Maria Castel-Branco. Na Galeria Bruno Múrias, na Underdogs, na Filomena Soares e na Kunsthalle Lissabon vai poder espreitar as exposições actualmente patentes. Esta última recebe ainda uma performance de Lou Vives, marcada para as 17.30. As visitas guiadas são um chamariz frequente para as galerias que, este sábado, se preparam para receber mais público do que o habitual. É o que acontece na Galeria Francisco Fino, na Módulo Twist, na Coletivo Amarelo, que também recebe uma performance literária de Diego Garcez, e na ZDB 8 Marvila. É nesta última paragem que o programa se desenrola até mais tarde. Haverá concertos de Waomi Pallazzo (23.00) e de Daisy Ray (00.00) e DJ set de Acid Alice até às 03.00. Mas não fica por aqui. No Studio Marvila, além de uma selecção de vinhos naturais, vai poder pôr as mãos na massa num
Norm: as cuecas menstruais portuguesas foram morar para Campo de Ourique

Norm: as cuecas menstruais portuguesas foram morar para Campo de Ourique

O espaço é pequeno, mas suficiente para acolher a colecção permanente desta marca portuguesa, que chegou ao mercado no final de 2023. À direita, o expositor dá destaque àquelas que são as peças-estrela da Norm – as cuecas menstruais que dispensam o uso de pensos, tampões e outras formas de absorção descartáveis. Adequam-se a diferentes necessidades e podem ser usadas também por quem sofre de perdas urinárias. Além da ecologia, através da reutilização destas peças, a marca mantém-se fiel à missão de normalizar a menstruação. Faltava só mesmo aproximar o produto da clientes e permitir que vejam de perto, toquem e experimentem os cinco modelos disponíveis. "As pessoas querem usar roupa interior que se ajuste bem ao seu corpo, com que se sintam confortáveis e bonitas – esse também é o nosso propósito –, por isso é que experimentar é tão importante", refere Catarina Barreiros, uma das fundadoras da marca, juntamente com as irmãs Ana Cristina Faria e Ana Patrícia Faria. O espaço, parte da loja ocupada pela marca de cerâmica San Pi, foi decorado com peças vintage – embora nada seja mais vintage do que o tapete de Arraiolos que pisamos, uma relíquia de família que Catarina trouxe para dar ainda mais conforto. "Depois, temos sempre um café ou um chá para quem quiser vir acompanhar e participar nesta experiência. Às vezes vêm mães, filhas, maridos, mulheres ou amigas e assim podem sentar-se, ficar aqui com calma", continua Catarina. C Santos Lopes De volta ao expositor principal, são
Neste Jardim, as flores nascem na pele

Neste Jardim, as flores nascem na pele

O estúdio pode confundir-se com uma loja de plantas e a anfitriã é a primeira a admiti-lo. Vizinhos e transeuntes param, entram e perguntam se os espécimes envasados à entrada estão à venda. Outros já têm pedido ajuda para cuidar das plantas que têm em casa. Lelê, como se apresenta Letícia Heger, diverte-se com a situação. Até porque se for para ter um cartão de visita que seja a clorofila. “Quero que o Jardim seja uma referência, não só por ser um estúdio que utiliza materiais veganos e ecológicos, mas como um lugar onde alguém que queira tatuar algo relacionado com a natureza – aves, animais, plantas – pode vir e encontrar o seu tatuador entre diversos estilos, não apenas fine line, pontilhismo ou old school. Um espaço onde todos os artistas se encontram num mesmo motivo, a natureza”, começa por apresentar a proprietária. Formada em design gráfico e fixada em Madrid, começou por ganhar notoriedade como ilustradora. O gosto pela botânica e pela natureza de um modo geral veio logo ao de cima. “Com o passar do tempo, muitas pessoas começaram a me encomendar desenhos para tatuarem com outros tatuadores. Eu achava incrível e um bocado maluco, porque elas queriam os meus desenhos para sempre na pele. Ou seja, comecei a trabalhar com tatuagem sem ser tatuadora. Até que tirei um curso e comecei a praticar na pele o que fazia no papel”, continua. DR Lelê diz que demorou dois anos a gostar realmente das tatuagens que fazia. Tempo de aperfeiçoar o traço e a técnica, mas também para