Cantina Peruana
Sentada à mesa da Cantina Peruana, no varandim do primeiro andar do Bairro do Avillez, numa noite de semana com casa cheia, apercebi-me de que José Avillez, além de chef, agora também é senhorio. Desconheço, e de nada me interessam, os detalhes contratuais, mas sei que de certa forma o que fez ao abrir as portas de uma das suas casas mais populares (não são todas?) ao chef e amigo Diego Muñoz, e ao afirmar à imprensa que a ementa é toda do peruano e só o ajudou nos acertos de cortes de peixe, na ponte com produtos portugueses e alguns sabores, está, de certa forma, a ser um daqueles senhorios que até dá o nome de um faz-tudo impecável quando arrenda a casa. Mais: todo o site da Cantina Peruana fala em Diego Muñoz, no chef que está aos comandos, Yuri Herrera, também natural do Peru, e isso só confirma a minha ideia.
Porém, além do espaço e do staff (com a mesma simpatia da equipa do andar de baixo), da linha de decoração, daquela fluidez de funcionamento presente em todos os restaurantes da marca (acredito que os restaurantes existem para, além de servir refeições, proporcionar experiências, e isso, as casas com selo Avillez conseguem muito bem), aqui a comida é nova para o chef Avillez, para o palato dos lisboetas e até bem diferente até de outros conceitos peruanos que já existem em Lisboa.
Delirei com alguns pratos, encantei-me com outros, achei outros assim-assim, mas no geral a experiência chega às quatro estrelas – porque tudo se resume à velha questão “Ó Marta, mas volt