Percebeu que gostava de escrever sobre comida quando, por um acaso do destino, se viu a descrever minuciosamente, para um romance histórico, o sumptuoso banquete que um dia Napoleão comera. A partir daí, o mundo da gastronomia abriu-se sem preconceitos, devorando e descrevendo assados, guisados, estufados e ensopados; enumerando queijos; provando cegamente vinhos, azeites e especiarias; cozinhando em hotéis para desconhecidos; orientando palestras em feiras gastronómicas sobre tascas e restaurantes fine dining e comendo como um abade (o de Priscos, claro, seu conterrâneo). Há dez anos que escreve sobre comida, restaurantes (e outras coisas) na Time Out. Primeiro na revista de Lisboa, como editora de Comer & Beber e, desde 2017, na revista do Porto. É directora adjunta desde 2019.

Mariana Morais Pinheiro

Mariana Morais Pinheiro

Directora Adjunta, Porto

Articles (197)

As melhores coisas para fazer no Porto esta semana

As melhores coisas para fazer no Porto esta semana

Está a precisar de sair de casa durante umas horas e espairecer? Então preste atenção a esta lista com as melhores coisas para fazer no Porto esta semana. Quer seja antes ou depois do trabalho, durante a semana ou nos dias de descanso, há concertos, exposições e performances em vários locais da cidade. Escolha a programação ao seu gosto e vá dar um passeio pelas bonitas ruas do Porto. Para aproveitar bem o dia, sente-se à mesa num dos melhores restaurantes de comida tradicional. Mas se a cozinha portuguesa não for a sua praia, aposte, então, num dos dez novos restaurantes que há pela cidade. Recomendado: 45 coisas incríveis para fazer no Porto
As melhores coisas grátis para fazer este fim-de-semana no Porto

As melhores coisas grátis para fazer este fim-de-semana no Porto

O fim-de-semana chegou, finalmente, e se não lhe apetece gastar dinheiro, não há problema, estamos aqui para ajudar. De concertos a exposições, passando por mercados e festivais de cinema e de arte urbana, a agenda cultural da cidade não pára e dá para todos os bolsos. Deixamos-lhe aqui tudo o que pode fazer no Porto este fim-de-semana, sem gastar um tostão. Se quiser preencher ainda mais os seus dias, pode também dar uma vista de olhos às melhores coisas grátis para fazer no Porto — incluindo uma visita aos parques e jardins da cidade —, ou admirar a arte que existe nas ruas. Não precisa de agradecer. Recomendado: As melhores coisas para fazer no Porto com chuva  
As melhores coisas para fazer no Porto este fim-de-semana

As melhores coisas para fazer no Porto este fim-de-semana

Por entre as ruas estreitas e as casas coloridas, nos miradouros com vistas de cortar a respiração, nas galerias cheias de arte antiga e contemporânea, nas lojas para todos os gostos e carteiras, nos jardins e museus, ou nos restaurantes com comida tradicional ou do mundo – junto ao mar, à beira-rio ou no coração da Invicta –, há sempre muito para ver, fazer, comprar e provar no Porto, uma cidade ecléctica que consegue sempre surpreender. Nesta lista reunimos nove sugestões para que possa aproveitar os dias mais esperados da semana da melhor forma. Recomendado: As melhores coisas para fazer no Porto em Novembro
Sete musicais no Porto para ver com os miúdos

Sete musicais no Porto para ver com os miúdos

Esta é, para muitos, a época mais mágica do ano e com ela há também muitas actividades para fazer com as crianças (e com a família), que envolvem aventura, diversão e espectáculo. Se está a pensar em formas de tirar os mais novos de casa e levá-los a passar um bom bocado, preste atenção a esta lista com sete musicais para ver no Porto até ao final do ano, que prometem não desiludir. Há histórias para todos os gostos, vários cenários, personagens e muita música. E porque não queremos que lhe falte nada, vá dando uma vista de olhos às coisas para fazer com os miúdos nos próximos dias na cidade ou, então, leve-os a passear num dos parques e jardins do Porto. 
Os melhores sítios para comer ramen no Porto

Os melhores sítios para comer ramen no Porto

Noodles a boiar num caldo saboroso, que pode ser à base de carne ou de vegetais, e muitos ingredientes que vão da carne de porco aos cogumelos, passando pelos ovos, pelos rebentos de soja e pelas sementes de sésamo. Estes são apenas uma pequena amostra do que pode encontrar nestas taças que sabem a conforto. Se ficou curioso e nunca provou este prato, que nasceu na China e se popularizou no Japão, ponha os olhos nesta lista e fique a saber onde encontrar os melhores sítios para comer ramen no Porto. São excelentes opções para os dias mais frios, que o vão deixar de barriga cheia durante várias horas. Bom apetite. Recomendado: Os 13 melhores restaurantes do mundo no Porto  
As exposições que não pode perder no Porto

As exposições que não pode perder no Porto

A cena artística e cultural do Porto apresenta-se tão vibrante e diversa como sempre a conhecemos. Os museus e galerias da cidade continuam a apostar numa programação forte e multidisciplinar que promete atrair todo o tipo de públicos. Do trabalho de figuras emblemáticas da arquitectura portuguesa ao de ícones da fotografia internacional, há muito para explorar através das exposições que, actualmente, tomam conta da Invicta, em espaços de visita obrigatória como o Museu de Arte Contemporânea de Serralves e o Museu Nacional de Soares dos Reis. Com tanta variedade, vão faltar-lhe desculpas para não alinhar numa incursão cultural. Recomendado: Os melhores museus no Porto
As melhores esplanadas de Inverno no Porto

As melhores esplanadas de Inverno no Porto

O frio e a chuva conseguem demover muito boa gente de pôr o nariz fora de portas, mas no Porto não faltam boas esplanadas onde respirar ar puro sem ficar a tremer como varas verdes ou encharcado pela chuva. Em pátios resguardados, com tectos e paredes envidraçadas, no coração da cidade ou à beira-mar, temos aqui uma colecção supimpa onde aproveitar o seu tempo livre nos meses mais frios do ano. São boas opções para almoçar em família ou jantar a dois, para tomar um chá, beber um café ou aproveitar um cocktail, comer um bolo e, sobretudo, conviver com aqueles que lhe são mais queridos. Pegue nesta lista e sente-se à mesa das melhores esplanadas de Inverno no Porto. Recomendado: Os cafés que tem mesmo de conhecer no Porto
The 21 most underrated travel destinations in Europe for 2025

The 21 most underrated travel destinations in Europe for 2025

You’ve done the classics: the capital cities, the TikTok viral spots, the cities with their own Netflix show. And don’t get us wrong, we love the classics for a reason. But there’s a downside to these big, bustling, bucket-list-worthy travel destinations. If you’ve ever queued an hour for a pastry, spent your day’s budget on a coffee or had to book a museum three months in advance, you’ll know it as well as us: it’s the crowds. The thing is, locals aren’t happy about it either. This summer saw a series of anti-tourism demonstrations in European hotspots, as locals reached breaking point with years of overtourism; Amsterdam is cracking down on new hotels, Venice is set to double its tourist tax in 2025. So there’s never been a better time to think outside the box for your travels – especially when so many incredible European spots are getting overlooked. And we’re not gatekeepers here at Time Out. From culture-packed city breaks to under-the-radar national parks, these destinations have got everything you want from your next holiday, with the added bonus of far fewer people jostling to see the same attractions. So if you’re travelling on a budget, searching for quiet or just desperate to try somewhere new, these are the most underrated places to visit in Europe right now, handpicked by Time Out's network of well-travelled writers. RECOMMENDED:🏰 The best city breaks in Europe📍 The most beautiful places in Europe⛷️ The best ski holidays in Europe🏘️ The coolest neighbourhoods
Já são cinco? Os melhores sítios onde beber chá no Porto (e arredores)

Já são cinco? Os melhores sítios onde beber chá no Porto (e arredores)

O frio não tem de ser uma dor de cabeça e a verdade é que há poucas coisas tão românticas na vida como uma tarde de domingo, enrolado numa manta no sofá, a partilhar uma chávena de chá com a sua cara-metade. Mas, além de romântica, a estação fria também pode ser animada, à volta de um bule, por exemplo, num sítio da moda com os seus amigos de sempre. Vai daí, aqui tem cinco sítios para beber chá no Porto e arredores. Chá verde dos Açores, chá branco, chá preto ou chás mais arrojados, com diferentes sabores, temos de tudo por cá. E alguns deles até trazem bolos e scones a acompanhar. Bem bom. Recomendado: Os melhores sítios para beber chocolate quente no Porto
As melhores festas para celebrar o Dia das Bruxas no Porto

As melhores festas para celebrar o Dia das Bruxas no Porto

Se não quer ficar em casa na noite de 31 de Outubro, então este artigo é para si. Vasculhámos as agendas da cidade à procura de propostas para a noite mais assustadora do ano. O resultado está aqui, nesta lista com algumas das melhores festas para celebrar o Dia das Bruxas no Porto. Temos festas em barcos no meio do rio Douro, fugas de escape rooms, jantares temáticos, DJ sets até altas horas da madrugada, muito medo e muita animação. Reúna o seu grupo de amigos, exagere na maquilhagem e escolha o disfarce mais assustador. E, claro, repita em loop a expressão "Doçura ou Travessura?". Recomendado: Seis sítios de arrepiar no Porto e arredores
Seis sítios de arrepiar no Porto e arredores

Seis sítios de arrepiar no Porto e arredores

Atenção! A lista que se segue é imprópria para cardíacos. O Dia das Bruxas aproxima-se a passos largos e são muitas as pessoas que gostam de o celebrar. A cidade recebe festas temáticas e os miúdos andam de porta em porta a pedir doces, mas, para os verdadeiros fãs do Halloween, ficar a conhecer estes seis sítios de arrepiar é a melhor experiência. Sanatórios, palacetes abandonados, casas macabras e teatros incendiados são alguns dos locais com histórias e lendas de assombrações, aparições e bruxedos. Se quer acelerar o seu ritmo cardíaco na noite mais assustadora do ano, vista-se a rigor, pegue nesta lista e encha-se de coragem. Boa sorte. Muhahahah!... Recomendado: Boo! As melhores ideias para celebrar o Halloween no Porto
Quem é quem? Os espaços e os restaurantes que pode encontrar no Time Out Market Porto

Quem é quem? Os espaços e os restaurantes que pode encontrar no Time Out Market Porto

Tradicionais, modernos, com pratos vegetarianos ou com bons hambúrgueres de carne maturada, com receitas de chefs conceituados ou criações de jovens promessas. É desta deliciosa disparidade que é feito o Time Out Market. Conte ainda com uma loja da Vida Portuguesa, que aposta no mercado da saudade com marcas de outros tempos; uma Sala de Prova no topo da torre desenhada por Souto de Moura, onde vai poder ficar a conhecer os melhores vinhos do Porto e Douro; e ainda um bar onde matar a sede com cocktails e outras bebidas. Saiba tudo sobre as melhores propostas gastronómicas da cidade (e não só), debaixo do mesmo tecto. Recomendado: O melhor do Time Out Market Porto este mês

Listings and reviews (75)

Clérigos Tower

Clérigos Tower

What is it? This bell tower, which is over 75m tall and was completed in 1763, was designed by the architect Nicolau Nasoni. It’s one of Porto’s most prominent landmarks and is a must-visit for anyone coming to Porto. How many steps does the tower have? You’ll have to climb 225 steps to reach the top of the tower, but we promise the views from the top are worth it. When is the tower open? Torre dos Clérigos is normally open from 9am to 7pm, Monday to Sunday. Exceptions to this include: Easter, summer and the Christmas season, when it is open from 9am to 11pm; December 24 and 31, when it is open from 9am to 2pm; and December 25 and January 1, when it is open from 11am to 7pm. Last entry is always 30 minutes before closing. Do you need tickets to visit the tower? General admission is €8 and €5 for students aged 11 to 18. Children up to 10 years old go free. Tickets grant access to the tower and museum. Translated by Olivia Simpson
Snack-Bar Gazela

Snack-Bar Gazela

What is it? Snack-Bar Gazela is a no-frills spot that attracts a wide range of people for one simple reason: the food is just that good. What should I order? For over 50 years, Snack-Bar Gazela has been perfecting the art of making cachorrinhos (small hot dogs). The bread is thin and crispy, the linguiça sausages are high quality, and the cheese is melted to hold the fillings together. In the end, everything is brushed with butter and spicy sauce. When we say they’re popular spot, we mean it: on a normal day, 300 cachorrinhos are served. Best enjoyed when washed down with a couple of well-chilled beers. What are the prices like? This is the perfect place if you’re after cheap, delicious eats, with a cachorrinho setting you back just €4.50. Still hungry? Check out our list of the best restaurants in Porto. Translated by Olivia Simpson
Livraria Lello

Livraria Lello

What is it? Considered to be one of the most iconic bookstores in the world, Livraria Lello is situated in the heart of Porto on Rua das Carmelitas and is an important part of the city’s historical heritage. It features impressive neo-Gothic architecture, carved wood, gilded columns, and ornate ceilings and sells some 300,000 books a year. What is the J. K. Rowling connection? The Harry Potter author used to live in Porto, and is said to have been inspired by the city’s architecture. Climbing the ornate staircases in Livraria Lello, it’s easy to imagine you’re running late to a class in Hogwarts’ astronomy tower. How much does it cost? There is a three-tier ticket system, and the cost of all tickets can be redeemed against the purchase of books. The entry-level ticket is the silver, at €8; the next step up is the gold ticket (€15.95), which will buy you entry and a book from The Collection by Livraria Lello, the shop’s exclusive range; and the platinum ticket (€50) will get you priority entrance to the shop, as well as access to the Gemma Room. How long should I spend there? An hour should be enough time to browse the shelves and snap some pics of the gorgeous interiors. When is it open? The shop is open every day from 9am to 7.30pm and is closed on December 25, January 1, Easter Sunday, May 1 and June 24. Time Out tip The shop can get quite busy, so it’s best to visit at the end of the day to avoid crowds. Translated by Olivia Simpson
YesChef

YesChef

O YesChef é o novo festival gastronómico que tem como objectivo descobrir, de norte a sul do país, os novos talentos da gastronomia portuguesa. O evento percorrerá diversas localidades e, através de um circuito de eventos gastronómicos, vai dar a possibilidade a chefs, pasteleiros, sommeliers e barmans em ascensão, de mostrarem aquilo que valem. O primeiro evento aconteceu no dia 15 de Junho, mas o segundo está já marcado para dia 13 de Julho, também na Fábrica da Ramada - Instituto do Design, em Guimarães. O chef Hugo Alves, do restaurante Norma, que foi reconhecido com o Bib Gourmand do Guia Michelin, vai estar a apresentar “pratos que combinam a tradição portuguesa e a modernidade da cozinha contemporânea”.  Para os mais pequenos, haverá uma zona dedicada a crianças dos 4 aos 12 anos com comida feita a pensar neles. Os pratos servidos no evento terão o tamanho de petiscos e um custo de 6€ e poderão ser saboreados ao som de música ambiente ou durante palestras animadas. O bilhete diário custa 15€ e para os dois dias fica por 25€. As crianças pagam 8,50€. Podem ser comprados aqui.
Casa no Castanheiro

Casa no Castanheiro

Se procura silêncio, calma, esta casa no meio da natureza, rodeada de castanheiros, carvalhos e pedras cobertas de musgo, é o seu destino. Fica perto da aldeia de Valeflor, na Beira Alta, num vale entre Trancoso e Mêda, com vista para a Serra da Marofa. A Casa no Castanheiro, em funcionamento desde 2021, é um refúgio, um lugar para recarregar energias longe do bulício diário e citadino. Mas não é um refúgio qualquer. Esta casa especial é composta por uma estrutura modular, feita com madeira e cortiça, que abraça um castanheiro quase secular. O projecto arrojado fez com que o arquitecto João Mendes Ribeiro vencesse o Prémio Nacional de Arquitectura em Madeira de 2021 e fosse nomeado para o prémio de arquitectura contemporânea Mies Van der Rohe, que será revelado em Abril deste ano. Mas vamos aos pormenores. Não é um hotel, avisam, por isso não conte com serviço de quartos sempre à disposição. As visitas que receberá durante a sua estadia poderão ser de lebres e pássaros mais curiosos. Por ser pequena – a área total é de 25 metros quadrados – só tem um quarto, pelo que está aconselhada para dois adultos e uma criança, no máximo. Tem casa de banho com chuveiro, kitchenette, wi-fi e uma salamandra para aquecer os dias mais frios e encher as noites de romantismo.
Gavião Nature Village

Gavião Nature Village

A poucos dias de celebrar o primeiro aniversário, o Gavião Nature Village, projecto que saiu das mãos de quatro amigos de infância, é um daqueles casos que chuta para canto o campismo lamacento e os banhos de água fria. Com 13 tendas glamping, bem equipadas e decoradas como se de um hotel se tratasse; e dez cork shelter, pequenas casinhas com capacidade para duas, quatro e oito pessoas, muito confortáveis e funcionais, promete facilitar o contacto com a natureza e tornar a experiência memorável. Além das casas/quartos de diferentes tipologias (a maior tem uma pequena sala de estar), possuem três tipos de tendas: para uma escapadinha romântica (vai poder dormir numa cama redonda); para umas férias em família (além da cama de casal, há um beliche); e para um convívio entre amigos (com quatro camas individuais). Todas instaladas sobre estrados de madeira e com mobiliário ecológico e sustentável. As tendas deste glamping de quatro estrelas perto de Portalegre são climatizadas, possuem televisão, casa de banho privativa, minibar, chaleira e outras comodidades. De manhã, um pequeno-almoço buffet espera por si. A seguir, é tempo de explorar o circuito wellness, com jacuzzi, banho turco e sauna.
Amor & Farinha

Amor & Farinha

É impossível não querer levar um exemplar de cada um dos pães que repousam na estante. E o mais provável é sair desta pequena padaria cheio de sacos nos braços. Pão de alecrim, pão de batata doce e coco, de arroz, de iogurte e arandos, com abóbora, canela e nozes, e de chia com sésamo tostado são alguns dos que poderá comprar aqui. Todos bons. Todos de fermentação lenta, agradavelmente tostados e crocantes. Também têm focaccias com tomate seco, cebola roxa, pimento, cogumelos e manjericão; empadas de legumes; bolos caseiros, como o muito guloso brownie de chocolate; e, mais recentemente, croissants, que é o que nos interessa hoje. São caseiros, feitos com massa mãe e doses generosas de manteiga, e levedam de um dia para o outro. Há-os simples (1,80€), com chocolate ou com manteiga de amendoim (ambos a 2€).
Brites

Brites

A lista de ingredientes para fazer estes croissants é longa, mas o mais importante é o tempo. “A Brites é uma padaria e pastelaria de fabrico artesanal, onde se opta pelo melhor processo e onde se respeita o tempo de cada produto. O tempo é, aliás, o ingrediente mais importante”, insiste Verónica Dias, a jovem padeira de 29 anos que abriu, em meados de Janeiro, este espaço onde pães, baguetes e bolos crescem ao seu próprio ritmo. “O pão e a viennoiserie, a pastelaria francesa, é toda de fermentação natural e longa. Faço bolas de Berlim, donuts e croissants franceses, por exemplo, que são a nossa imagem de marca. Levam 50% de manteiga”, conta. Mas não uma manteiga qualquer. A massa leva uma manteiga açoriana e no processo de laminação (que dá ao croissant o seu aspecto folhado), Verónica opta por uma manteiga francesa com 84% de gordura e extra seca. “Isto faz com que o croissant se torne mais amanteigado, leve e crocante”. O processo é moroso, complexo: exige três dias, da preparação à confecção. No primeiro faz-se a massa, no segundo lamina-se e no terceiro coze-se. Além dos croissants simples (1,50€), speculoos, toffee de chocolate, ganache e gianduia, que é uma mistura de chocolate e avelã, são alguns dos recheios (entre 2€ e 2,30€) que passam pelas vitrinas deste novo e tentador espaço.
Cantina de Ventozelo

Cantina de Ventozelo

Os National Geographic Traveller Hotel Awards elegeram, em Setembro passado, os 39 melhores hotéis em 2021 em todo o mundo. E há apenas um português na lista: a Quinta de Ventozelo, em Ervedosa do Douro, no concelho de São João da Pesqueira, que foi seleccionada como uma das três melhores escapadinhas gastronómicas. Na Cantina de Ventozelo, local onde antigamente eram servidas as refeições aos trabalhadores, agora servem-se pratos da autoria de Miguel Castro e Silva, que aposta no receituário regional e numa oferta “quilómetro zero”, ou seja, as ementas adaptam-se ao que a natureza fornece. É por isso que muitos dos produtos vêm das hortas da quinta, como a beterraba, o feijão-verde, as couves, as acelgas, o tomate coração de boi, os figos, os marmelos e o azeite. Quando algo lhes falta, como é o caso da carne maronesa, procuram produtores na proximidade, e sempre que é possível, trocam directamente os excedentes com os vizinhos. Se lhes fizer uma visita, conte com almoços ou jantares informais, onde serão servidos pratos de forno, como costela maronesa ou cachaço de porco bísaro, ou pratos de tacho, como feijoada ou rancho. Ao domingo há cabrito.
Naperon

Naperon

“Restaurante de aldeia. Menu sazonal. Produtos locais”. É assim que o Naperon se apresenta, o primeiro restaurante a solo de Hugo Nascimento, depois de longos e bons anos ao lado de Vítor Sobral em projectos como a Tasca da Esquina, em Lisboa. Em Setembro de 2019, o chef abalou com a família para Odeceixe, onde abriu este pequeno espaço despretensioso – só tem 30 lugares – nas Casas do Moinho, projecto turístico onde já costumava passar férias. Aqui servem dois menus de degustação que vão mudando quinzenalmente. Um tem seis momentos (60€) e o outro é servido em três tempos (38€). Anchova, batata doce, tomate, azeitona e coentros; cabeça de xara em bolo lêvedo; pudim de medronho com “farofa” de poejo; e chocolate, maracujá, noz e caramelo salgado são apenas algumas das criações com as quais Hugo já presenteou quem por lá passou.
Wine District

Wine District

Este restaurante e wine bar, inaugurado em meados do mês no Chiado, não podia ter aberto as portas em melhor altura. Agora que Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo fez questão de frisar que os países do Sul gastam tudo em álcool e mulheres, este é, decididamente, o local ideal para vir esbanjar o seu ordenado (no bom vinho que vendem, entenda-se). Mas deixemo-nos de brincadeiras. Quem olha para a fachada do número 44 da Rua Ivens não imagina que para lá da montra de vidro se estende um espaço bem versátil, com um balcão com 36 lugares feito de madeira de carvalho americano e francês (o mesmo de que são feitas as barricas onde estagia o vinho), uma mezzanine resguardada com mesas e sofás, uma esplanada interior e ainda uma antiga cisterna do tempo do Marquês que, em breve, vai ser usada como sala de provas de vinho e para workshops. “Os proprietários deste espaço são donos da Quinta de São Sebastião, uma marca de vinhos de Arruda dos Vinhos, e queriam criar um espaço onde ele pudesse ser apreciado. E como para se beber vinho, também é preciso comer, surgiu este projecto”, explica Júlio Fernandes, um dos responsáveis, juntamente com Tomás Marinho. Na carta há, sobretudo, petiscos. Uns em conserva, como o povo com azeitonas e picles (9€), as sardinhas com cebolinhas e menjericão (5,90€) ou a moxama de atum com laranja e amêndoa (10€), e outros em cima de tábuas. Os presuntos Pata Negra DOP com 40 meses de cura, e os queijos da Serra DOP são os que mais brilham na ement
Viarco

Viarco

As instalações velhas fazem parte do charme. A Viarco, em São João da Madeira, tem um carisma inexplicável: cheira a papelaria antiga e a bancos de escola. Esta história começa no piso inferior, num armazém negro pintado pelas minas que se espalham pelo chão, por cima das bancada s
e no rosto de quem mistura grafite, argila e água para fazer o primeiro passo no processo de fabricação de um lápis: a mina. Esta secção, à qual também chamam de “cápsula
do tempo”, está repleta de máquinas em funcionamento desde a fundação da fábrica, em 1936, em Vila do Conde, por Manoel Vieira Araújo. Daqui seguimos para a arredondagem. Colocam-se duas placas de madeira, já com a forma bruta de um lápis – usam maioritariamente madeira de cedro da Califórnia –, em redor da mina e afina-se o objecto. Por fim, os acabamentos, altura em que os lápis passam por várias camadas de tinta sobre um tapete rolante. Porém é também neste antigo espaço, repleto de nostalgia, que se fazem alguns dos produtos mais inovadores do segmento. O Art Graf Taylor, por exemplo, é a estrela
da companhia: um composto de caulino, pigmento e talco, que resultou numa ferramenta versátil, de forma quadrada, que faz lembrar o giz dos alfaiates. Consoante a forma como for usado, pode ser tinta, pastel, aguarela ou lápis de cor, ou seja, com ele
 é possível fazer traços mais finos ou mais grossos, usar muita ou pouca água. Como é fácil de imaginar, nem sempre a vida da Viarco foi colorida como os seus lápis de 
cor. E a marca, q

News (400)

Serralves acolhe a primeira exposição do músico Devendra Banhart em Portugal

Serralves acolhe a primeira exposição do músico Devendra Banhart em Portugal

Não é segredo a inclinação de Devendra Banhart por Portugal. Desde 2004, pico dos movimentos freak folk e new weird america, dos quais foi porta-voz (Joanna Newsom e o cúmplice Andy Cabic são outras figuras associadas à idiossincrática corrente cunhada pelo crítico David Keenan), que o americano-venezuelano partilha uma história de amor correspondida com o público português. Nesse ano, o músico encabeçava a primeira edição do Festival Para Gente Sentada, então sediado em Santa Maria da Feira (hoje decorre em Braga), num alinhamento de culto que incluía ainda a estreia de Sufjan Stevens em Portugal. A experiência foi inspiradora: uns meses depois, uma canção intitulada “Santa Maria da Feira” contemplava o alinhamento de Cripple Crow, o segundo (e mais aclamado) álbum de Banhart.  Desde então, muitas foram as visitas prestadas pelo autor de Rejoicing in the Hands em terras-lusas (o último concerto na Invicta data de 2020, ano em que actuou para um Hard Club a rebentar pelas costuras). No próximo dia 21 de Novembro, Devendra Banhart inaugura a sua primeira exposição em Portugal. Chama-se “Offering Cloud of Scattered Genitalia”, está patente até dia 18 de Maio na Galeria Contemporânea do Museu de Serralves e inclui um acervo de desenhos, aguarelas e poemas desenvolvidos pelo artista ao longo do último quarto de século. Do percurso visual do músico, que antes de se firmar nesse campo estudou no San Francisco Institute of Arts, destacam-se exposições em galerias prestigiadas como o
Diga queijo. O Say Cheesecake & Co. está maior e tem nova carta

Diga queijo. O Say Cheesecake & Co. está maior e tem nova carta

O cantinho de Mila Araújo, no número 21 da Rua do Almada, tem muitas e boas novidades. O espaço cresceu – além da bonita esplanada interior, óptima para ficar resguardado do vento e da chuva nos meses frios que se avizinham – há agora uma sala ampla nas traseiras com mais espaço. Mas há mais: a carta foi renovada de forma a poder acomodar os sabores da estação. Por isso, há novos cheesecakes para provar. Do que é que está à espera? As filas que todos os dias se formavam à porta do Say Cheesecake & Co. – que aqui se instalou em Dezembro 2022 – ditou a necessidade de expansão. “A oportunidade surgiu como uma boa surpresa. Estávamos a crescer em público, o que nos dava serviços com filas diárias que, apesar de ser um óptimo sinal, não me permitia atender da forma que eu mais gosto, com acolhimento, rapidez e conforto”, conta-nos Mila, acrescentando que, quando o dono do prédio se apercebeu do sucesso do espaço, apresentou-lhe a sala de trás. Foi “o começo de um período de muita alegria e realização para mim”. Eduardo MartinsSay Cheesecake & Co Os seus cheesecakes ao estilo nova-iorquino, as estrelas da companhia que já conquistaram uma legião de fãs, vão mudando todos os fins-de-semana. Na sua variação basca, há vários sabores para provar, como o cheesecake basco original, o de pistáchio, o de chocolate belga, o de abóbora com queijo mascarpone ou o de favas de baunilha. E depois há todos os outros, igualmente deliciosos, como o cheesecake de Raffaello, o de triplo chocolate,
Luzes Selvagens. Mais de 600 animais iluminados fazem brilhar as noites do Zoo Santo Inácio

Luzes Selvagens. Mais de 600 animais iluminados fazem brilhar as noites do Zoo Santo Inácio

Não há duas sem três. Mesmo a tempo do Natal, o Zoo Santo Inácio recebe a terceira edição de Luzes Selvagens. Esta experiência imersiva promete iluminar as noites do maior zoo do norte do país, com mais de 600 figuras de animais e plantas “que transformam o espaço numa verdadeira aventura luminosa”. As luzes acendem-se esta sexta-feira, 15 de Novembro, às 16.30, e iluminarão as noites com “luz, magia, cor e imaginação” até ao final de Fevereiro de 2025. A primeira exposição do género a instalar-se num jardim zoológico em Portugal – e que já recebeu mais de 70 mil visitantes – tem novidades, pois claro. O percurso deste ano cresceu em extensão e contará agora com “cenários ampliados e atracções interactivas, como baloiços e balancés iluminados”, anunciam em comunicado. Miúdos e graúdos vão poder explorar a Casa dos Animais Nocturnos, cujos residentes são morcegos e aranhas; e o Mundo Tropical, habitado por araras, anacondas e faisões. ©DRLuzes Selvagens no Zoo Santo Inácio Se lhe der a fome ou quiser levar para casa um souvenir que o relembre da experiência, o Bar do Lago e a Loja do Zoo vão estar de portas abertas durante o horário da exposição, ou seja, até às 20.30. Esta, é possível visitar aos fins-de-semana, feriados portugueses e espanhóis e durante as férias escolares. Os bilhetes combinados que contemplam visita ao zoo e à exposição Luzes Selvagens começam nos 11,75€. Mas, se preferir visitar apenas esta última, as crianças pagam 6,50€ e os adultos 10,50€.  + Com m
Guia Repsol regressa em Março e aponta os melhores restaurantes a pensar nos clientes

Guia Repsol regressa em Março e aponta os melhores restaurantes a pensar nos clientes

O anúncio estava feito, embora sem detalhes. Até esta terça-feira, dia em que ficou confirmado o regresso a Portugal do Guia Repsol para 2025. O maior guia espanhol que todos os anos elege os melhores restaurantes do país regressa em Março e as inspecções, feitas de norte a sul do país, já começaram. “Este é o primeiro gesto de aproximação”, começou por apresentar Beatriz Giacomini, responsável pela direcção de comunicação e relações institucionais da Repsol. “O guia já existe há mais de 45 anos em Espanha. Já existiu em versão impressa em Portugal, mas extinguiu-se em meados de 2017. Regressa agora em formato digital, com tudo o que Portugal tem para oferecer sobre a sua riqueza gastronómica. É um produto feito por portugueses e para portugueses”, acrescentou. Mas o suporte em que será lançado – neste caso digitalmente, através de uma aplicação – não é a única novidade neste guia. A sua filosofia também sofreu uma transformação. “Em 2015, sentimos que estávamos a deixar de conectar com as pessoas. O guia estava muito elitista, por isso decidimos revolucionar e focarmo-nos em dar às pessoas o que elas procuram num restaurante e não centrar a nossa atenção na rigidez do que deve ser um sítio”, explicou María Ritter, directora do Guia Repsol, fazendo questão de se destacar (sem o dizer) do seu mais directo concorrente, o Guia Michelin.  María Ritter justificou o regresso do guia “com o muito bom momento gastronómico e turístico que Portugal está a atravessar” e que, se tudo cor
Julien Montbabut espelha o território português na nova carta do Le Monument

Julien Montbabut espelha o território português na nova carta do Le Monument

Atrás do balcão iluminado do Bar Américain, Julien Montbabut destapa frascos de uma série de ingredientes conservados em vinagre. Um odor peculiar, tão ácido quanto doce, preenche levemente a atmosfera de fim de tarde. Com pinças, mexe em folhas shiso e em malaguetas, e acomoda as sementes de funcho ao lado das bagas de zimbro e das raspas de limão. “A conservação dos produtos em vinagre é uma prática recorrente na nossa cozinha. Permite-nos tirar partido da longevidade dos produtos, apostar na economia circular”, começa por explicar o chef francês que preparou recentemente uma nova carta, para os meses mais frios, para o Le Monument, o restaurante com uma estrela Michelin no hotel Le Monumental Palace, do grupo Maison Albar Hotels, em plena Avenida dos Aliados. É uma espécie de viagem gastronómica pelo país, que vai ao encontro dos seus produtores e fornecedores de eleição. À vez, Julien passa-nos para as mãos copos pequenos com um pouco de vinagre para provar. Um vinagre de folhas de shiso, outro com flor de sabugueiro e outro folha de figueira, de diferentes compleições, mas muito aromáticos, todos com uma base de vinagre de sidra, vão-nos atravessando o olfacto e o paladar. “Trabalhei com um chef que não usava pimenta e isso acabou por influenciar a minha cozinha. Uso pimenta nos cogumelos e na carne e pouco mais”, explica o chef, justificando o uso que dá aos seus vinagres caseiros quando é preciso “temperar” alguma coisa. Num dos pratos do novo menu, que entrou em vigor
Novo Parque Aviz tem 185 lugares de estacionamento e a primeira hora é grátis

Novo Parque Aviz tem 185 lugares de estacionamento e a primeira hora é grátis

Automobilistas portuenses aflitos, sosseguem: a Rua Pedro Homem de Melo, em Aldoar, tem um novo parque automóvel com 185 lugares subterrâneos e a missão de suprir esta zona residencial e comercial da cidade com mais lugares de estacionamento. O Novo Parque Aviz foi inaugurado esta terça-feira, 12 de Novembro, às 12.00, e contou com a presença de Rui Moreira. Segundo a autarquia, “o novo equipamento vem permitir a esta zona da cidade, caracterizada por uma densa conjugação de habitação, comércio e serviços, aliviar a pressão sobre o estacionamento à superfície”. Em comunicado, salienta ainda que a iniciativa se enquadra na estratégia de mobilidade sustentável da autarquia, que tem como objectivo “libertar progressivamente o espaço público da função de estacionamento, transformando-o em áreas de maior utilidade para a própria mobilidade e para o ambiente urbano”. Os 185 lugares de estacionamento estão distribuídos por três pisos e, para assinalar o acontecimento – que coincide com a inauguração da praça situada à superfície que foi também requalificada –, o Parque Aviz acolhe ainda uma exposição que “homenageia o Circuito da Boavista, o icónico circuito automóvel urbano, cuja primeira edição aconteceu há mais de 90 anos”.  Mas não é tudo. A Telpark, a empresa gestora de infra-estruturas de mobilidade, lançou também uma campanha promocional, até 24 de Dezembro de 2024, em que a primeira hora é gratuita para utilizadores da App Telpark. O parque contará ainda com lugares reservad
Ufa, temos Luffa. O restaurante do Saboaria Boutique Hotel já está de portas abertas

Ufa, temos Luffa. O restaurante do Saboaria Boutique Hotel já está de portas abertas

O título teve de ser este e não outro porque o chef não deixou. Argumentou, em tom de gracejo, que a expressão “este restaurante é uma lufada de ar fresco” já tinha sido utilizada vezes demais e já não havia mais paciência para uma piada que se tornou banal. Desta feita, resta-nos, então, dizer que este restaurante é um sopro de novidade, uma brisa carregada de criatividade que chegou à rua do Bonjardim pelas mãos de João Ribeiro e Francisca Passos. No Luffa, o novo restaurante do Saboaria Boutique Hotel Porto, faz-se agora uma cozinha divertida, experimental e sem medos, com técnicas que espelham o mundo e sabores bem portugueses. Um projecto para o local – de portas abertas para a rua e paredes em pedra granítica, onde se serviam os pequenos-almoços do hotel – começou a ser pensado em Março deste ano e em Junho começou a ganhar forma, estando agora em pleno funcionamento. O dia por aqui começa cedo, com os pequenos-almoços a serem servidos entre as 07.30 e as 10.00, abertos a hóspedes e visitantes. João Ribeiro, também chef do conhecido Goela, e Francisca Passos, que trouxe para o projecto a sua vasta experiência em sazonalidade e um currículo com passagens pelos restaurantes londrinos Wander, Casa Fofò e Taberna do Mercado, este último do chef Nuno Mendes, levaram a peito a ideia de que esta é a refeição mais importante do dia e rechearam-na de coisas boas (25€/pessoa). Carolina BarbotSlider de camarão do Luffa Neste primeiro menu é possível encontrar tostas de salmão fu
No Cervelogia, Braga come francesinhas “mais à moda do Porto” (e muito schnitzel)

No Cervelogia, Braga come francesinhas “mais à moda do Porto” (e muito schnitzel)

Não é uma cervejaria é uma Cervelogia. Uma versão mais moderna e cuidada do restaurante típico (e tão acarinhado) que repentinamente surgiu no nosso imaginário. Em Outubro, o novo Holiday Inn em Braga acolheu, no seu piso térreo, um espaço arejado e luminoso, que aposta forte numa carta de cervejas, vindas de vários cantos do mundo, e num menu a condizer, com pratos mais sofisticados, mas sem perderem a essência descontraída que se quer num local assim. Disponíveis para matar a sede de quem por aqui se encosta ao balcão ou se senta à mesa (ou se recosta num dos confortáveis sofás) têm sete referências de cervejas nacionais e internacionais, todas artesanais, servidas em garrafa. Bavaria, Erdinger, Paulaner, Japanese Rice Lager, Munich Dunkel, Nortada e a minhota Letra são as anfitriãs. Se preferir, também pode pedir Super Bock à pressão.  Quanto ao menu, ficou a cargo do chef minhoto Pedro Canha, que imprimiu na sua cozinha influências dos sítios por onde passou. Depois de ter estudado na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto e de ter trabalhado na cozinha do Porto Palácio Hotel & Spa, emigrou para França onde esteve durante quase 20 anos. “Estive em Dijon e em Bordéus; depois passei pelo Mónaco, por Itália e, por fim, por Espanha, onde trabalhei no restaurante Arzak, no restaurante do Quique Dacosta [ambos com três estrelas Michelin] e ainda com o Jean Louis Neichel, um dos primeiros chefs do El Bulli, no seu restaurante em Barcelona, que entretanto fechou”. © DRCervelogia
“Olha a castanha quentinha!” O Time Out Market vai celebrar o São Martinho

“Olha a castanha quentinha!” O Time Out Market vai celebrar o São Martinho

O tempo está propício e já há vendedores ambulantes, um pouco por toda a cidade, a encher as ruas do Porto com o saudoso cheirinho a castanhas acabadas de assar. Também as agendas de bares e mercados se começam a preencher com eventos e magustos em torno deste fruto da estação. O Time Out Market Porto não quis deixar passar a data em branco e, nos próximos dias 9 e 10 de Novembro, vai andar a distribuir cartuchos quentinhos a quem por lá aparecer. No fim-de-semana de São Martinho, dizem, “por cada compra acima de 10€ no Time Out Market, a partir das 12.00, recebe uma senha de oferta de um cartucho de castanhas”, que poderá recolher junto do assador de castanhas tradicional que estará na praça exterior do mercado. Mas não se demore, a oferta está limitada ao stock existente. Diz a sabedoria popular que as castanhas se comem acompanhadas de água-pé, mas o Time Out Market decidiu inovar e sugere saborear as castanhas assadas com dois cocktails do Time Out Bar: o Frisco Sour, à base de bourbon, ou o Penicillin, que leva whisky, limão, gengibre e mel (ambos a 11€).  Se lhe apetece continuar a explorar as diferentes texturas da castanha, no dia 13 de Novembro o Time Out Bar estreia um novo menu de bebidas. Nele vai poder encontrar o Lion’s Den, um cocktail que leva puré de castanha infusionado com água, xarope e vodka.  + Há um novo parque de estacionamento no centro do Porto e em Novembro o acesso é gratuito + Atenção, artistas: o ViaCatarina está à procura da próxima instalação p
Ho ho ho, o Natal está a chegar. O Perlim abre portas a 23 de Novembro

Ho ho ho, o Natal está a chegar. O Perlim abre portas a 23 de Novembro

A época mais bonita do ano está quase, quase a chegar. E como é que temos certeza disso? A cidade de Santa Maria da Feira acaba de anunciar que se prepara para abrir as portas do Perlim, “o mais encantado parque natalício do país”, a 23 de Novembro. Nesta nova edição, o Perlim: a Terra dos Sonhos estará aberto e em funcionamento até dia 5 de Janeiro – para que as famílias possam desfrutar deste “mundo mágico” durante mais tempo – e traz novidades. Todos os sábados e domingos, o Perlim sai da Quinta do Castelo e percorre as ruas do centro histórico numa parada “cheia de cor, alegria, música e dança”.  Além da Parada dos Sonhos, que contará com dois carros alegóricos e o comboio de Natal, que levarão a bordo o Pai Natal e as conhecidas personagens do parque, como o Perlim, a Pimpim, o Merlim, a Preciosa, o Pim, a Plim e Fada Pipi, entre muitos outros figurantes, haverá muito mais para fazer por aqui. O Castelo da Fada Piri, por exemplo, este ano não terá limitação de espaço; e no salão nobre será exibido um espectáculo contínuo que se debruçará sobre a “preparação de uma ceia de Natal muito especial”. Fotografia: PerlimPerlim Entre as novidades, conte com novas ruas para explorar, além do regresso da Capital do Sonho e dos seus piratas. E como Natal rima com circo, o Circus Evolution regressa a Santa Maria da Feira com Poisedon, uma história sobre o Deus dos Mares e sobre a importância da conservação das nossas águas. “Aqui, o público embarca numa incrível viagem ao submundo
Not a Manic Monday: não há segundas-feiras deprimentes na Musa

Not a Manic Monday: não há segundas-feiras deprimentes na Musa

As segundas-feiras já não precisam de ser os dias mais temidos da semana, tudo graças à Musa que inventou a Not a Manic Monday, uma forma eficaz (e gulosa) de acabar com esse odiozinho de estimação àquele que é, para muitos, o primeiro dia de trabalho após o merecido descanso do fim-de-semana. Na última segunda-feira de cada mês, a Musa das Virtudes convida um chef emergente para fazer um pop up no seu espaço. O próximo é Pedro Monteiro, que estará a cozinhar no dia 28 de Outubro. Depois de Miguel Rodrigues, que passou pela Taberna Sal Grosso, em Lisboa, e trabalha actualmente no Carmen Wine Bar, em Almada; e de Bernardo Agrela, que integrou a equipa do chef Martín Berasategui e do restaurante Viajante, em Londres, de Nuno Mendes; agora é a vez de Pedro Monteiro, brasileiro nascido em Minas Gerais – com um currículo onde figuram espaços como a Taberna Sal Grosso, a Musa e a Tasca Baldraca –, impressionar quem se senta nas mesas deste bar com vista para o Douro. O menu para a próxima segunda-feira é composto por bolinho de milho, croquete de abóbora e gorgonzola, e pastel de caldo verde (8€/cada) para começar. O lollipop de torresmo com goiabada picante (9€); a sandocha de língua com bacon, gema e rúcula, servida num pão brioche (9,50€); a tarte tatin de aipo com caramelo de maracujá (6€); o cachorro de strogonoff de carne (8€); e as iscas de vitela com jiló (7,50€) são as outras criações que não deve perder. “Gosto muito do Porto. Da cidade, da malta e de beber uns copos por
Criativo, sazonal e em evolução. Bem-vindo ao Liz, o novo bistrô fine dining no Pinheiro Manso

Criativo, sazonal e em evolução. Bem-vindo ao Liz, o novo bistrô fine dining no Pinheiro Manso

A boca abre-se de apetite e de espanto. Um pão crocante, feito com uma massa lêveda azeda, ligeiramente tostada na brasa e frita em manteiga, sustenta um duo que, por esta altura do ano, começa a sair de cena: um picadinho de tomate coração de boi e tomate zebra, ambos fermentados para ganhar ainda mais sabor (6€). Por cima, folhas de manjericão fritas. O único sabor amargo que fica na boca, é a pena que dá saber que a época deste suculento fruto está a chegar ao fim. Se a ideia era impressionar, Daniel Carvalheira conseguiu. Apostou as fichas todas no primeiro momento do menu de degustação do seu novo restaurante – o Liz, aberto no final de Setembro, no Pinheiro Manso – e não desiludiu.  Do país vizinho, onde foi buscar inspiração ao famoso pa amb tomàquet catalão (uma fatia de pão barrada com tomate cru) para criar o primeiro momento, o chef, de 35 anos, rumou depois para Este, à procura de sabores asiáticos para apresentar o momento seguinte: uma tartelete de atum, com o peixe dos Açores, envolvido em alga nori e temperado com wasabi, gengibre e furikake, a evidenciar o sabor das folhas shiso (9€).  “Para aqui, quis preparar pratos que eu gostasse de comer; quis criar algo harmonioso, sem estar muito preso a receitas e tradições”, atira Daniel do outro lado do balcão, enquanto coloca minuciosamente um amor-perfeito sobre a mostarda em grão que cobre uma croustade de bife tártaro, o último snack antes das entradas. Esta, depois da primeira dentada, explode sobre a língua e