Casa Az-Zagal
Sobre o nome: trata-se de uma homenagem aos Zagalo, família antiga com muitos hectares na região. Já o prefixo Az refere-se à pessoa que cuida da propriedade. Ora este edifício com raízes no século XV terá sido um armazém onde se guardavam alfaias agrícolas usadas na quinta do Zagalo. Memórias mais recentes contam que estamos diante de uma casa senhorial construída em 1924. Os frescos que decoram todo o edifício, assim como os azulejos de época, revelam a preocupação de preservar o património.
Na recepção não deixe de admirar uma inusitada lareira com fogão, forno a lenha e fogo de chão. Está em desuso, mas em contrapartida está cheia de lembranças que se podem levar para casa: desde taleigos ao vinho, mel e azeite da região. Na casa Az-Zagal o pessoal é todo autóctone, com excepção de Célia Delgado, uma espécie de druida da comida – que se mudou recentemente para o Alto Alentejo –, cuja mão está nos cogumelos à Bulhão Pato, no bacalhau com broa, nas sopas de cação ou numa tosta de cabeça de xara com cebola caramelizada. Situado nas antigas cavalariças da casa, o restaurante serve jantares, mediante marcação. Na carta são os sabores regionais os protagonistas. Das sopas de tomate ao leite creme de poejo. Ao longo do dia conte ainda com um manancial de petiscos, como a tábua de enchidos D. Otávia, a tosta alentejana com presunto de porco preto, ou a fresquíssima tosta de abacate. Tudo regado com vinho da vizinha Herdade do Mouchão.
Aqui, a arte de bem receber não é defeito,