Carismática, faladeira, curiosa. Desde muito pequena, Liana faz amizades na mesma velocidade que a luz. Adora vinhos e pessoas na mesma proporção. Também adora comer, e come de tudo, ainda mais se tiver em boa companhia – de vinhos e pessoas. Antes de especialista e comunicadora de vinhos era produtora audiovisual. Basicamente, previa problemas e os resolvia. Mas o que Liana nunca previu, era que seria seduzida pelo néctar de Baco. Resolveu se entregar e mergulhar nesta paixão avassaladora. Está muito mais feliz assim. 
Liana Saldanha

Liana Saldanha

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O que esperar do mundo dos vinhos em 2025? Estas são as nossas apostas

O que esperar do mundo dos vinhos em 2025? Estas são as nossas apostas

O vinho não é só uma bebida deliciosa, também faz parte de um mercado super dinâmico e atento às mudanças. Acompanhar as tendências ajuda produtores, comerciantes e consumidores a conectarem-se melhor do que está por vir. De técnicas ancestrais revisitadas a vinhos que cabem num estilo de vida mais leve, aqui estão as cinco grandes apostas para o ano de 2025 (para descobrir antes ou depois de brindar com três espumantes portugueses que transformam qualquer momento numa celebração). Recomendado:🍷 Descobertas do ano - 10 grandes vinhos até 15€
Prendas de Natal perfeitas para quem adora vinho

Prendas de Natal perfeitas para quem adora vinho

Oferecer uma boa garrafa de vinho é uma prenda clássica e certeira, e modéstia à parte, qualquer um dos vinhos que Liana Saldanha tem recomendado nos últimos meses – de talha, fortificados, espumantes, atlânticos (com sabor a mar), de terroirs mágicos ou até 15€ –, será sempre uma excelente escolha. No entanto, acreditamos que o universo do vinho tem muito mais para oferecer. Por este motivo, reunimos várias sugestões que este Natal vão surpreender e agradar os verdadeiros apreciadores da bebida sagrada.  Recomendado: 🎁 Trinta sugestões de presentes para o amigo secreto e 🎄 O melhor do Natal em Lisboa
Vinho de Talha: uma viagem no tempo pelas adegas do Alentejo

Vinho de Talha: uma viagem no tempo pelas adegas do Alentejo

O vinho de talha do Alentejo é, sem dúvida, uma das tradições vínicas mais fascinantes de Portugal – arrisco dizer: do mundo. Além de sua conexão com a ancestralidade romana, esta prática artesanal chegou a Portugal há mais de dois mil anos e permanece quase inalterada em diversas vilas alentejanas, onde a tradição foi passada de geração em geração. As talhas de barro são estruturas imponentes, gordas e lindas. Quando as vemos nas adegas alentejanas, a sensação que dá é que viajamos no tempo. Uma lufada de ar fresco, principalmente para quem vive na agitação da capital, como esta que vos escreve.  Todo o processo de vinificação ocorre dentro da talha, e talvez por este motivo, como me contou uma vez uma pessoa de Vila de Frades, as ânforas na antiguidade eram chamadas de “a mãe”. O vinho sai das talhas pronto para ser consumido, sem a necessidade de intervenções adicionais, preservando sua pureza artesanal e expressando directamente este mágico terroir. Muitos vinhos brancos de talha têm estrutura semelhante à de tintos, enquanto alguns tintos, ou palhetes, possuem corpo similar aos vinhos brancos. O resultado é um vinho delicioso, rústico e autêntico, que harmoniza perfeitamente com os pratos poderosos e intensos da região. Tradicionalmente, a 11 de Novembro, dia de São Martinho, ocorre um grande evento em que as adegas abrem algumas das suas talhas, oferecendo os vinhos novos que acabaram de fermentar há poucas semanas. Como este ano calha numa segunda-feira, algumas adegas
Que doçura: as maravilhas dos vinhos fortificados portugueses

Que doçura: as maravilhas dos vinhos fortificados portugueses

Não há como começar este artigo sem explicar o que são os vinhos fortificados doces: são vinhos que têm a sua fermentação alcoólica interrompida pela adição de aguardente, o que faz com que parte do açúcar natural da uva, que normalmente se transformaria em álcool, permaneça no vinho. Estes vinhos geralmente têm entre 15% e 22% de álcool por volume, tornando-os mais fortes e potentes do que a grande maioria dos vinhos tranquilos (aqueles que consumimos com mais frequência). A técnica de fortificação foi originalmente criada para preservar os vinhos durante as longas navegações marítimas que aconteceram entre os séculos XV e início do XVII. Naquela época, os vinhos fortificados eram secos; já os fortificados doces, segundo a minha pesquisa, surgiram no século XVIII. Outros nomes utilizados para vinhos fortificados são licoroso ou generoso (uma fofura este último). Agora que o leitor já sabe como são produzidos e uma fatia da sua história, está preparadíssimo para as dicas de fortificados doces que aí vem. 
Descobertas do ano: 10 grandes vinhos até 15€

Descobertas do ano: 10 grandes vinhos até 15€

Modéstia à parte, se há coisa que a Time Out faz bem é descobrir as melhores novidades e partilhá-las com os seus estimados leitores. Entre feiras de vinho, visitas a bares e encontros com produtores, a nossa entendida na matéria reuniu os 10 vinhos até 15€ que mais a emocionaram este ano. Junte os amigos, encha o copo e prepare-se para brindar a esta grande lista.  +🍷Rosé é bebida de mulher? Cinco mitos sobre o vinho+ 🍾Três espumantes portugueses que transformam qualquer momento numa celebração+✨Vinhos portugueses de terroirs mágicos
Três espumantes portugueses que transformam qualquer momento numa celebração

Três espumantes portugueses que transformam qualquer momento numa celebração

A combinação com diversos tipos de pratos e momentos, a refrescância das bolhas e a beleza das garrafas faz dos vinhos espumantes produzidos pelo método clássico (ou tradicional) uma verdadeira obra-prima da enologia. Originários da fria região de Champagne, em França, no século XVII, monges beneditinos aprimoraram a técnica da fermentação secundária em garrafa, responsável pelas nossas tão amadas bolhas e pelos deliciosos aromas de panificação. Um processo longo, minucioso, que justifica o todo o esforço. Em Portugal, com destaque para a região da Bairrada e de Távora Varosa, a tradição dos espumantes também está mais que estabelecida. Uma notícia para ser comemorada é que a comercialização de bolhas nacionais aumentou de 8,1 milhões de litros em 2014 para mais de 12 milhões em 2022 (dados do IVV – Instituto da Vinha e do Vinho). O que aconteceu, muito provavelmente, pela crescente qualidade dos espumantes nacionais e também pelo consumo destes vinhos em momentos diversos e não apenas em datas festivas. Dica das boas: quanto mais aberta a boca do copo, mais se enaltece a experiência com os espumantes, pois desta forma consegue sentir-se melhor os especiais aromas da bebida. Ou seja, o tradicional copo flute pode não ser a melhor escolha. Deixamos três indicações de espumantes portuguesas que transformam qualquer momento numa celebração. Recomendado: 🍷 Rosé é bebida de mulher? Cinco mitos sobre o vinho
Vinhos atlânticos com sabor a mar

Vinhos atlânticos com sabor a mar

Ó mar salgado, quanto do teu sal está nos vinhos de Portugal! Tão portugueses quanto o poema de Fernando Pessoa – que tive a audácia de adaptar – são os vinhos atlânticos salgadinhos que a paradisíaca costa portuguesa proporciona. O Oceano Atlântico é o principal responsável por conferir características únicas aos vinhos produzidos junto ao mar de Portugal. Muitas vezes, são descritos como vinhos salinos; outros preferem dizer que são minerais, mas o que importa é que o salgadinho é bom e, com cada golo, vem a sensação de que acabámos de dar um mergulho refrescante no mar. Por receberem brisas atlânticas frias, estes vinhos também costumam ser bastante frescos, ouseja, para acompanhar as refeições, têm a quantidade de acidez perfeita para limpar o paladar após cada mordida. Nos aromas dos vinhos atlânticos, podemos ter a sorte de encontrar notas de iodo, maresia e algas marinhas. Até ouvimos gaivotas ao imaginar este momento. Por toda a costa portuguesa, podemos encontrar vinhos deste perfil, mas na lista a seguir, focamo-nos na região de Lisboa e nas ilhas. Boas férias! Recomendado: 🍷 Vinhos portugueses de terroirs mágicos
Vinhos portugueses de terroirs mágicos

Vinhos portugueses de terroirs mágicos

Vinhas plantadas a 50 metros do mar? Temos! Vinhos produzidos em grandes potes de barro como os romanos faziam há 2 mil anos? Também temos! Portugal é pequeno em extensão territorial, porém grandioso em relação à diversidade de terroirs* que contribuem para a riqueza e variedade de seus vinhos.  Abaixo escrevemos sobre quatro estilos de vinhos provindos de quatro terroirs mágicos e cheios de história.  *Para quem desconhece esta expressão francesa, terroir é a soma de factores naturais e humanos que moldam as características únicas de um determinado local. Clima, solo, topografia, práticas agrícolas e tradições locais entram em jogo.  Recomendado:🍷 Os vinhos melhoram com a idade?
Inventámos uma nova categoria: os vinhos-camaleão

Inventámos uma nova categoria: os vinhos-camaleão

O mundo do vinho já é suficientemente complexo pelas extensas terminologias, diversos modos de produção possíveis e outros mil motivos que não cabem neste texto. Na hora de apreciar uma refeição, na maioria das vezes, nós só queremos relaxar, desfrutar o momento, com vinho que sabe bem no copo e comida cheia de sabor no prato – sem nos sentirmos obrigados a seguir regras e mais regras. Vinho branco com peixe, vinho tinto com carne… É o que a já ultrapassada “regra de ouro da harmonização” nos diz. Mas imaginem a cena: um jantar entre amigos que desejam pedir apenas uma garrafa. Duas pessoas pediram carne e as outras duas pediram peixe. O que devem fazer?  a) Tiram à sorte e a dupla que perder fica triste, pois se a regra não for seguida, o jantar estará fadado ao fracasso. b) Já que regras são feitas para serem questionadas, a mesa escolhe um vinho versátil que vai combinar bem com ambos os pratos. Quem votou B, levanta a mão! Sem mais delongas, aqui estão três sugestões de vinhos-camaleão, e porque este trio pode harmonizar perfeitamente com variados pratos. Recomendado: 🍷 Os melhores bares de vinho em Lisboa
Rosé é bebida de mulher? Cinco mitos sobre o vinho

Rosé é bebida de mulher? Cinco mitos sobre o vinho

Se a mentira tem perna curta, as que se contam sobre os vinhos parecem ter pernas um pouco mais longas e resistentes. Há mentiras que se repetem tanto ao longo do tempo que acabam legitimadas. É uma pena. A disseminação dessas ideias falsas pode tornar a experiência de beber vinho bem menos divertida e prazerosa. Até agora. Chegou a hora de desvendar alguns dos mitos sobre vinho. Sabia que o vinho verde é feito com uvas maduras e que o vinho branco também pode ser feito com castas tintas? Recomendado: Grandes vinhos de marca própria para ir buscar às prateleiras do supermercado
Os vinhos melhoram com a idade?

Os vinhos melhoram com a idade?

O vinho é vivo e possui a magia de estar em constante evolução. É emocionante quando abrimos uma garrafa com alguns aninhos e percebemos que os aromas e os sabores evoluíram belissimamente. Emociona também quando nos faz relembrar de um ano especial na nossa vida ou de alguma data histórica importante para o mundo.  A emoção tomou conta, mas é fundamental esclarecer um ponto muito importante: existem vinhos de qualidade com todas as idades, não é mérito apenas dos vinhos antigos. A maioria esmagadora dos vinhos no mercado foi produzida para ser consumida em até três ou cinco anos – no máximo. Além disso, existem diversas pessoas que preferem os aromas primários de frutas frescas e a vivacidade do vinho jovem do que os aromas terciários de frutas secas, tabaco, cogumelos, e outros aromas dos vinhos com mais idade.  Outro factor crucial é saber que armazenar o vinho por um período excessivo pode levá-lo a ‘passar do ponto’. Recomendo procurar saber o tempo de guarda indicado. Escolher a altura certa para abrir a garrafa também pode ser um desafio. Um método eficaz é comprar algumas garrafas do mesmo vinho e abrir cada uma em anos diferentes. Desta forma, descobrirá qual o momento da evolução de vinhos que mais aprecia.  Quer envelhecer vinho em casa? Guarde os vinhos deitados em um local fresco, de preferência uma cave – com temperatura constante, longe da luz do sol, livre de cheiros e trepidações.