Sempre de fones nos ouvidos, Hugo Geada cresceu em Estarreja, licenciou-se na Covilhã e, agora, vive em Lisboa, onde concluiu mestrado em jornalismo na Nova FCSH – com alguns problemas de audição por estar sempre a ouvir música mais alto do que devia. Antes de entrar nas redacções teve uma banda falhada, tentou ser um craque no andebol e teve um podcast, Sons Psicadélicos Para Toda a Família. Já passou pelo Jornal de Estarreja, Visão, Público, Jornal i, Nascer do Sol, NiT – New in Town e trabalhou como freelancer para a Blitz/Expresso, Observador e Comunidade Cultura e Arte e, agora, faz parte da equipa da Time Out. 

Hugo Geada

Hugo Geada

Jornalista

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Oito livros infanto-juvenis para oferecer este Natal

Oito livros infanto-juvenis para oferecer este Natal

No meio da parafernália de presentes possíveis para os miúdos, um livro ilustrado, com ou sem palavras, é sempre uma boa solução. E a escolha é farta. Para não se perder, reunimos oito obras de autores e ilustradores nacionais e estrangeiros, que nos caíram no goto e recomendamos. Falam-nos de amizades improváveis, dão-nos conselhos divertidos, convidam-nos a reflectir sobre mudanças, ajudam-nos a dormir melhor, desafiam-nos a vencer o medo, evocam memórias de infância e até nos fazem acreditar no impossível. São oito livros infanto-juvenis para este Natal, que o resto da família também vai adorar. Recomendado: O melhor guia de livros, livrarias e apps para ler
Os livros de Natal que vão despertar o seu espírito festivo

Os livros de Natal que vão despertar o seu espírito festivo

Mantas, bebidas quentes, as chamas de uma lareira, as luzinhas da árvore... Existem poucos cenários mais confortáveis do que uma sala de estar durante a época de Natal. No entanto, muitos são os que preferiam saltar esta altura do ano e passar para a parte em que estão na praia a apanhar sol. Para tentar despertar o espírito festivo nos corações mais frios, deixamos várias recomendações de livros cujo tema está ligado, de certa forma, ao Natal. De thrillers policiais a romances, destinados aos mais velhos ou aos mais novos, estas sugestões vão afastar o seu Grinch interior e (quase) fazer com que volte a acreditar no Pai Natal.  Recomendado:🎄 O melhor do Natal em Lisboa
As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Porque não queremos que perca o fio à meada na hora de renovar o armário ou de repensar a decoração da sala, damos-lhe um lamiré das aberturas dos últimos meses. Há lojas que ajudam a revitalizar bairros, enquanto outras reforçam a tese de que o que é nacional é bom. Mesmo para aqueles que se preocupam com a sustentabilidade, há sítios à espera de visita. As lojas abriram e nós registámos. Agora é só definir o orçamento e fazer a lista de compras, ou simplesmente deixar-se levar por este roteiro de novas lojas em Lisboa. Recomendado: Da decoração à roupa, as lojas onde vai querer entrar na Lx Factory

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Well Read

Well Read

Entrar na Well Read, livraria na Calçada de Sant’Ana, é um ataque aos sentidos. Não sabemos se devemos olhar primeiro para os livros – admirar o seu minucioso posicionamento nas estantes – ou apreciar a decoração e perceber como cada espaço é ocupado com um propósito. Aqui encontramos uma selecção eclética de livros, escritos em português ou inglês, que vão desde o nicho, como Basta Now. Women, Trans & Non-binary in Experimental Music, ou a biografia da lenda do jazz espacial Sun Ra, A Strange Celestial Road, mas também fenómenos da cultura pop, como The Woman in Me, livro de memórias de Britney Spears. Mas não tem apenas música, também tem ficção contemporânea (com livros que poderiam ser encontrados em vídeos virais do TikTok), design, culinária, arquitectura ou zines dos mais variados temas.  

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Um café, restaurante, loja, estúdio: tudo isto é o Vibra Caffé, que quer ser ainda mais

Um café, restaurante, loja, estúdio: tudo isto é o Vibra Caffé, que quer ser ainda mais

Vamos ser honestos. O Vibra Caffé + Concept Store é uma ideia ambiciosa. Neste espaço, que se situa no 8 Marvila (fácil de encontrar pela cor vermelha com que está pintado), podemos fazer muita coisa diferente: beber um café solidário, comprar um Estúpido (uma figura antropomórfica gigante criada por Robert Panda), assistir a concertos de morna ou fado, gravar música ou comer um pica-pau.  Vamos por partes. Este projecto de Miguel Domingos Garcia, director criativo, fundador da editora Vibra Worldwide e da LX-XXX, responsável pelo agenciamento de artistas, foi materializado num café-restaurante com esplanada e, mesmo à frente, uma loja onde podemos adquirir obras de arte, como uma luva gigante com a cara de Basquiat (da colecção #PUNCHINTHEFACE da artista Rueffa), livros de música da Taschen, auscultadores da Marshall ou agendas da Moleskine.  A ideia de conjugar todos estes mundos num só espaço surgiu da vontade do proprietário de tornar a música e a arte “mais próximas das pessoas”. “Queria criar um espaço que fosse um ponto de encontro, de união e de conexão”, explicou, referindo que as lojas da Apple foram uma inspiração.  “Eram lojas muito minimalistas, mas tinham um conceito. O nosso conceito é misturar todas as nossas valências e marcas neste espaço físico”, diz-nos.  DRA cor vermelha foi escolhida para destacar este espaço Uma das ideias de que Miguel mais se orgulha é o café solidário. Com o valor de 1,30€ – 30 cêntimos revertem a favor de um artista que faça parte
O irmão de Billie Eilish vai tocar no NOS Alive 2025

O irmão de Billie Eilish vai tocar no NOS Alive 2025

Finneas, produtor e irmão de Billie Eilish, vai actuar no NOS Alive, no próximo ano. O artista vencedor de 10 Grammys vai subir ao Palco Heineken, a 11 de Julho, no Passeio Marítimo de Algés, assinalando assim a sua estreia em Portugal.  Com uma respeitável carreira a solo, o compositor lançou, no presente ano, For Cryin' Out Loud!, o seu segundo álbum em nome próprio. Este trabalho ajudou-o a estabelecer uma identidade mais definida e que o separa do estrelato da irmã.  “Para um homem com 10 prémios GRAMMY em seu nome, demorou, surpreendentemente, muito tempo para FINNEAS encontrar um som a solo que fosse inconfundivelmente seu”, escreve a crítica de música Lisa Wright, na revista DIY, concluindo que este trabalho “prova que ele é mais do que capaz por si próprio”.  Além do trabalho a solo e com Billie, Finneas colaborou também com uma surpreendente lista de artistas como Ashe, Ringo Starr, Lizzy McAlpine, Justin Bieber, Halsey, Demi Lovato, Kid Cudi, girl in red, James Bay, Selena Gomez, Camila Cabello e Tove Lo.  O produtor venceu dois Óscares, na categoria de Melhor Canção Original, por “No Time To Die” do filme 007: No Time to Die e “What Was I Made For?” do filme Barbie.  Para o NOS Alive estão já confirmados Amyl and The Sniffers, Artemas, Barry Can't Swim, Benson Boone, CMAT, Dead Poet Society, FINNEAS, Future Islands, girl in red, Glass Animals, Kings of Leon, Mark Ambor, Mother Mother, Noah Kahan, Olivia Rodrigo, Parov Stelar, Sammy Virji, St. Vincent, The Backs
Na Minha Casa. Há um novo “festival” de música em Lisboa

Na Minha Casa. Há um novo “festival” de música em Lisboa

O Teatro Armando Cortez vai ser a casa do mais recente festival lisboeta. Entre 13 de Janeiro e 4 de Fevereiro, nomes como Camané, José Cid e Marisa Liz vão fazer parte do cartaz da primeira edição de Na Minha Casa, evento promovido pela Casa do Artista. Os concertos acontecem todas as segundas e terças-feiras, sempre às 21.00.  Com apenas artistas portugueses, a programação inclui Camané (13 de Janeiro), Marisa Liz (14 de Janeiro), Paulo de Carvalho (20 de Janeiro), Toy (21 de Janeiro), José Cid (27 de Janeiro), Ana Bacalhau (28 de Janeiro), Carolina de Deus (3 de Fevereiro) e Marco Rodrigues (4 de Fevereiro).  “A ideia deste festival é que tanto os artistas como o público se sintam, de facto, em casa. Porque a Casa do Artista é isso mesmo, é a Casa de todos nós. Assume ainda uma componente solidária relevante, pois os artistas têm sempre esta capacidade extraordinária de mobilização em torno de causas. E esta é uma causa/ casa muito importante para a classe artística, muito acarinhada por todos nós”, sublinha o presidente da direcção da Casa do Artista, o actor José Raposo, citado em comunicado.  Na Minha Casa tem uma componente solidária. Os artistas oferecerem as receitas do espetáculo à Casa do Artista, ajudando a requalificação do Teatro Armando Cortez. Este espaço esteve em obras nos últimos três anos, ao nível dos camarins, do subpalco, do palco (mecânica de cena e equipamentos) e da plateia, visando aumentar a diversidade programática bem como acolher mais e melhor o
Cat Power de regresso a Portugal para cantar Dylan

Cat Power de regresso a Portugal para cantar Dylan

A norte-americana Cat Power vai marcar presença na próxima edição do festival Jardins do Marquês, em Oeiras, a 29 de junho. A cantautora está a apresentar Sings Dylan '66, que já levou ao Paredes de Coura, este ano. Neste espectáculo, canta versões das músicas do cantor e compositor premiado com o Nobel da Literatura.   Esta nova aventura de Chan Marshall começou em Novembro de 2022, quando ela subiu ao palco do icónico Royal Albert Hall para reinterpretar um dos concertos mais transformadores da história da música. Um ano mais tarde, esta actuação ficou preservada no disco Cat Power Sings Dylan: The 1966 Royal Albert Hall Concert.  Apesar do título, a actuação original aconteceu em Maio de 1966, no Manchester Free Trade Hall. Ficou marcada pela controversa transição de Bob Dylan do acústico para o eléctrico, provocando a ira dos fãs do artista e de puristas do folk.  A primeira parte fica a cabo de Gisela João, assinando um cruzamento de duas das mais importantes vozes femininas das suas gerações, nas suas respectivas línguas.  Os bilhetes já estão à venda, com valores entre os 25€ e os 60€.   Palácio dos Marqueses de Pombal (Oeiras). 29 de junho (Dom). 25€-60€  🎄Natal para todos – leia grátis a nova edição da Time Out Portugal 🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, no Instagram e no Whatsapp
Mais do que uma feira: o Perímetro está de volta com concertos, performances e exposições

Mais do que uma feira: o Perímetro está de volta com concertos, performances e exposições

Com a missão de apoiar e divulgar os criadores independentes do Porto, o Perímetro, feira da auto-edição e música, vai regressar a esta cidade, a 14 e 15 de Dezembro – ou seja, sábado e domingo. A programação da presente edição vai passar por espaços como a Amparo 99, o Campanice, o Espaço AL859, a Filó, a Fisga, a Lovers & Lollypops, a PAZ – performance arts zone, o Praça da Alegria, o São Rock, o Sismógrafo e o ____ raiz.  Entre as propostas deste evento pode ver uma exposição de pranchas de BD do colectivo Goteira, no Amparo99; assistir a uma sessão de escuta de Artur Jóia, que vai apresentar SONUS VIATOR, na sede da editora Lovers & Lollypops, ou visitar a feira e mercado de Natal da PAZ – performance arts zone.  Este é um evento periódico, das freguesias do Bonfim e de Campanhã, onde são exibidos os trabalhos e os espaços que estão a ajudar a desenvolver o tecido cultural e criativo desta região.   Aqui pode conhecer uma rede informal de artistas e colectivos que trabalham nas áreas de auto-edição, música, performance e artes visuais.  Nestes dois dias, desenha-se um circuito aberto que convida a população do Porto a explorar alguns dos ateliers, oficinas, lojas e espaços de cowork e autogestão que compõem a comunidade local. A programação conta com curadoria de cada um dos espaços desta iniciativa. + Teatro Municipal do Porto recebe 16 estreias, oficinas e conversas em 2025 + Do trapézio ao roller-skating, a magia do Circo de Natal ocupa o Coliseu do Porto
Luís Vasconcelos: “Não estava cá para fotografar o Miles Davis. Tenho pena”

Luís Vasconcelos: “Não estava cá para fotografar o Miles Davis. Tenho pena”

A memória é importante, mas também nos pode tramar. Por isso, porque não imortalizar memoráveis e importantes momentos para nunca nos esquecermos deles? Foi isto que o fotojornalista Luís Vasconcelos quis fazer em Vinil, num livro de fotografias com retratos de algumas das mais importantes figuras do rock português e de importantes concertos que aconteceram em Portugal (e em Espanha) nos 80s. A Time Out falou com o fotógrafo sobre este registo e ouviu as histórias sobre colaborações com personalidades como Rui Veloso ou Amália. O lançamento acontece esta quinta-feira, 12 de Dezembro, às 18.00, no atelier da filha, Joana Vasconcelos. Quando é que surgiu a ideia para criar este projecto? Todo o trabalho que encontra no livro foi o que fui fazendo ao longo dos anos. A dada altura, por insistência da minha mulher, Teresa, que achava que eu devia mostrar este reportório, olhei para o arquivo. Queria perceber se fazia sentido fazer alguma coisa com ele e o que podia ou não entrar. Como foi fazer esta viagem ao passado e rever todas estas fotografias As viagens ao passado são sempre complicadas. Mas achei que era importante mostrar o início desta revolução musical em Portugal. As pessoas na altura eram todas muito novas, cheias de força e energia, queria transmitir essa ideia neste livro. E também a imponência de alguns locais lendários, como o Dramático de Cascais. Tem saudades de tirar fotografias neste sítio? Os concertos neste local eram fantásticos. As pessoas não iam apenas ve
Samuel Úria: “Aquilo que me motiva e onde ponho os olhos não é no espelho, é naqueles que são melhores do que eu”

Samuel Úria: “Aquilo que me motiva e onde ponho os olhos não é no espelho, é naqueles que são melhores do que eu”

O plano não era este. Samuel Úria estava farto de ser negativo. Canções do Pós-Guerra, editado em 2020, já tinha sido um olhar negro sobre o mundo, numa fase em que estávamos confinados às nossas casas, por causa da covid-19, e, todos os dias, recebíamos actualizações mirabolantes das aventuras de Donald Trump na Casa Branca. Volvidos quatro anos, o cantautor de Tondela não vê um cenário mais risonho. O mundo continua envolto num caos, o que não lhe permitiu ser indiferente. Perante tal cenário, o artista a criou 2000 A.D., o seu mais recente disco, lançado esta sexta-feira, 6 de Dezembro. Úria regressou a esta marcante data, que devia ter trazido carros voadores e outras novidades, mas trouxe apenas desilusões. Isto inspirou-o a escrever canções sobre o desencantamento que trouxe o fim do século. Falámos sobre este novo trabalho e as inquietações que o inspiraram. Para ouvir ao vivo, nos Coliseus de Lisboa e Porto, a 11 e 17 de Outubro de 2025, respectivamente. Quando é que surgiu a vontade de começares a trabalhar em 2000 A.D.? Eu tenho adormecida em mim, sempre, uma vontade de fazer canções. Nunca me falta vontade. O interregno entre a escrita de canções e os discos que estão a ser preparados deve-se a alguma preguiça e uma falta de necessidade porque ainda estou a trabalhar em promover discos anteriores. Neste caso, a necessidade já tinha aparecido há quase dois anos, porque o anterior, Canções do Pós-Guerra, saiu durante a pandemia e tinha esgotado a sua vida em termos
Fu Manchu e Amenra são as primeiras confirmações do Sonic Blast 2025

Fu Manchu e Amenra são as primeiras confirmações do Sonic Blast 2025

Há muito mais para fazer em Âncora do que ir à praia. Em Agosto, entre os dias 7 e 9, vai acontecer a 13.ª edição do Sonic Blast Fest. Este festival – que reúne bandas com sons que vão desde o rock psicadélico ao punk – anunciou o primeiro lote de artistas que inclui nomes de artistas como Fu Manchu, Amenra ou Circle Jerks.  Os Fu Manchu, mítica banda dos anos 90, são os primeiros cabeças de cartaz deste festival. Os californianos tornaram-se uma banda de culto entre os fãs de stoner e desert rock, lançando álbuns seminais neste estilo, como Daredevil ou The Action is Go, com temáticas inspiradas em carros rápidos e extraterrestres. O quarteto, este ano, lançou The Return of Tomorrow, trabalho que vão apresentar em Agosto do próximo ano.   Numa aposta um pouco diferente daquilo a que o Sonic Blast nos tem habituado, Amenra vão trazer um peso adicional ao festival que agora se faz em Praia da Duna dos Caldeirões, com um estilo mais assente no post-metal ou no sludge metal. A banda belga promete oferecer uma experiência arrebatadora e de comunhão, com discos como Alive ou o mais recente De Doorn na bagagem.  Depois de Off! e Viagra Boys, o punk continua a ser uma aposta, com os lendários Circle Jerks, banda de 1979, de Hermosa Beach, na Califórnia (EUA). O grupo formado por Keith Morris e Greg Hetson é considerado pioneiro do punk hardcore com discos como Group Sex e Wild in the Streets. O concerto dos americanos promete ser, não só uma autêntica aula de história, mas uma comp
Afonso Rodrigues: "Tive de sair da zona de conforto para, estranhamente, aproximar-me da língua do país onde nasci"

Afonso Rodrigues: "Tive de sair da zona de conforto para, estranhamente, aproximar-me da língua do país onde nasci"

Depois de ter sido uma referência na música alternativa portuguesa com projectos como Sean Riley and the Slowriders ou Keep Razors Sharp, Afonso Rodrigues, agora, quer se apresentar sem “capas”. O artista de Coimbra está a preparar uma nova fase da carreira, onde se apresenta com o nome de baptismo e canções escritas em português. A primeira amostra desta nova aventura é “Já Nem Sei”, single lançado a 29 de Novembro. O resto do disco será lançado no final de Dezembro. A Time Out esteve a falar com o artista e quis perceber como é que Afonso fez esta transição na sua carreira e o que é que inspirou as novas canções. Como surgiu a ideia para trabalhares nestas novas músicas cantadas em português? Era um desejo pessoal de longa data. Fui muito influênciado pela música portuguesa quando era mais novo, lembro-me dos meus pais estarem constantemente a ouvir música portuguesa. Foi graças ao meu pai que desenvolvi uma grande paixão pelo Zeca Afonso, que terá sido um dos primeiros artistas a ter um grande impacto na minha vida. Desde essa altura que ambicionei escrever em português, mas não sabia muito bem como fazê-lo ou se era capaz de o fazer bem. Foi por isso que estiveste envolvido noutros projectos, como Sean Riley and the Slowriders ou Keep Razors Sharp, onde cantavas em inglês? Durante todos os anos em que me debati com essa questão, ia fazendo as outras coisas que achava que sabia fazer melhor. Nunca me tinha sentido, particularmente, português, mas à medida que a vida e o te
O Coro dos Amigos do Conservatório Nacional vai celebrar o Natal com Mozart e Haydn

O Coro dos Amigos do Conservatório Nacional vai celebrar o Natal com Mozart e Haydn

O Coro dos Amigos do Conservatório Nacional (CACN) e o Ensemble Efémero vão unir esforços para oferecer uma grande festa de Natal. Com quatro espectáculos, de 7 a 15 Dezembro, estes concertos, de entrada livre, acontecem sob o mote de Um Natal Austríaco em Lisboa.  Com condução de Luís Lopes Cardoso, vão ser interpretadas peças de Joseph Haydn e Wolfgang Amadeus Mozart, duas das maiores figuras do classicismo musical.  Num concerto coral-sinfónico, vai ser apresentada a Missa Brevis Sancti Ioannis de Deo, a quinta e última destas missas composta por Haydn. “Foi imensamente popular durante a vida do compositor, mas só recentemente entrou no circuito de concertos e lhe foi reconhecido o estatuto de obra-prima. Tem a particularidade de ser dedicada a um santo português, S. João de Deus”, pode ser lido na página do coro.  Do outro mestre austríaco, serão interpretadas as Vésperas Solenes do Confessor. “É uma obra multifacetada, firmemente enraizada na tradição do género Vésperas, e é justamente no quadro das restrições impostas pela tradição que Mozart exibe o seu génio enquanto compositor, com um pé na tradição barroca e outro já em marcha para o romantismo”, descreve o grupo.  Este coro é constituído por 60 elementos e conta com solistas titulares em instituições como a Gulbenkian, São Carlos e Metropolitana, como Inês Tavares Lopes, Estrela Martinho ou Simão Andrade, mas também o escritor João Tordo. O maestro Luís Lopes Cardoso dirige o coro desde 2014.  Apesar dos concertos
'Falha Minha': “Não estou em personagem, estou a ser eu, Ricardo Maria, a falar dos problemas do Ricardo Maria”

'Falha Minha': “Não estou em personagem, estou a ser eu, Ricardo Maria, a falar dos problemas do Ricardo Maria”

Apesar de estar prestes a estrear o seu primeiro solo de comédia, Falha Minha, em Lisboa, no Teatro Tivoli BBVA, a 2 de Dezembro – e de já ter uma segunda data agendada para 16 de Janeiro –, Ricardo Maria não esconde qual é o seu grande sonho. “A comédia é uma paixão desmedida, mas, se pudesse escolher, tinha sido jogador da NBA”, diz à Time Out o humorista de 1,95 metros, natural da aldeia das Colmeias, no município de Leiria, acrescentando que, recentemente, voltou a jogar a um nível federado nos Lobos da Malveira. “Cresci nos anos 90, lembro-me de ver como o Space Jam romantizava o jogo e isso apaixonou-me. Infelizmente, nunca tive a técnica, nem a aptidão física para vingar.” Aos 29 anos, pode estar numa idade que complica o sucesso dentro de campo (ainda que o recordemos que Steve Nash foi MVP, pela primeira vez, com 31 anos). No entanto, mesmo sabendo que está a gozar (mais ou menos), podemos afirmar que o humorista de 29 anos se está a safar na área que acabou por escolher.  Ricardo Maria é um dos membros do podcast Cubinho, a par dos humoristas Vítor Sá, António Azevedo Coutinho e de Gonçalo Nunes, vulgo “Bolinha”, criador da produtora Freakshow. Embora este projecto tenha sido marcado, inicialmente, por uma dívida (e por uma mordidela de um cão, como Ricardo descreveu, dolorosamente, no primeiro episódio), hoje é um dos mais queridos e populares podcasts de comédia em Portugal. Este ano inclusive, durante o mês de Março, foi adaptado para um espectáculo ao vivo com
Do pinheiro ao bolo-rei, em Sintra celebra-se o Natal à moda antiga

Do pinheiro ao bolo-rei, em Sintra celebra-se o Natal à moda antiga

Sintra quer manter as tradições de Natal vivas. Além do Reino de Natal promovido pela câmara municipal, também a Parques de Sintra proporciona motivos extra para visitar a vila histórica nesta quadra. Em locais como a Quintinha de Monserrate e o Palácio da Pena, as famílias vão poder realizar actividades como a confecção do típico bolo-rei e a construção de uma árvore de Natal cheia de história. O programa arranca a 7 de Dezembro e estende-se até dia 6 de Janeiro. Em “A Quintinha prepara o Natal” os visitantes serão recebido por personagens disfarçados dos típicos saloios de Sintra. Os participantes são convidados a experimentar os afazeres da quinta e a realizar as tarefas como a confecção do bolo-rei e a criação de uma peça de decoração natalícia com elementos da natureza. Para encerrar o evento, será realizada uma visita para conhecer os animais da quinta. O programa acontece entre 7 e 21 Dezembro, às 10.30. Os bilhetes custam 14€ para adultos e 12,50€ para crianças dos 3 aos 12 anos. Até aos 3 anos, a participação é gratuita. Uma das tradições mais imprescindíveis desta quadra é a decoração da árvore de Natal. Entre 29 de Dezembro e 6 de Janeiro, Dia de Reis, no Salão Nobre do Palácio da Pena, é possível ver a reconstituição histórica da Árvore de Natal de D. Fernando II, considerada a primeira árvore de Natal portuguesa. Esta é diferente da versão adornada dos tempos modernos. “O pinheiro da Pena”, como lhe chamava o monarca, era um pequeno pinheiro, adornado c