Não tem papas na língua – mal estaríamos se a editora de Comer & Beber da Time Out Lisboa tivesse. Como poderia, então, provar o melhor que se cozinha por esta cidade fora? Dos pratos tradicionais ao fine dining, de junk food a entranhas, ela papa tudo menos grupos. Papa festivais, papa concertos, papa peças de teatro e tudo o que mexe com a cidade. Conhece Lisboa inteira, periferia incluída, dando-lhe espaço, dando-lhe voz, batendo o pé contra muros e falsas fronteiras. 

Cláudia Lima Carvalho

Cláudia Lima Carvalho

Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa

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A prova superada de André Cruz

A prova superada de André Cruz

Chef ou cozinheiro?Eu sou cozinheiro e vou ser cozinheiro a vida toda, mas neste momento sou chef de cozinha porque ocupo essa posição. Mas, por exemplo, em casa sou cozinheiro, não sou chef [risos].  Actividade favorita quando não estás a cozinhar?Apicultura. O melhor prato tipicamente português?Há tantos e as pessoas lá fora conhecem tão poucos. Cabidela, cozida à portuguesa, peixe grelhado... Diria cabidela porque não sei se gosto mais de fazer ou de comer, mas tem que ser com galinha caseira. Livro de cozinha favorito?Cozinha Tradicional Portuguesa, da Maria de Lourdes Modesto. Sem dúvida. Se tiveres amigos de fora em Lisboa, onde é que os levas a jantar?A casa. O que é que não suportas comer?Iscas. Já provei todas. Há sempre alguém que diz: “É porque ainda não provaste a minha”. E eu faço o esforço e provo, mas é impossível. Não consigo. Acho que é trauma da escola. De resto, como tudo: miolos, rins, moelas... Para quem é que gostarias de cozinhar?Não tenho essa coisa. Olha, hoje vou cozinhar para uma pessoa que entra um bocadinho dentro da pergunta e que é o engenheiro Bento dos Santos. Era miúdo e andava nesta coisa de ser cozinheiro ou não, e ele tinha uns programas na RTP em que falava de produto. Falava do pão, do azeite, de variadíssimas coisas. O programa e a maneira como ele falava fascinavam-me. Mas nunca dei por mim a pensar, eh pá, gostava de cozinhar para esta pessoa. Se calhar um Alain Ducasse, gostava muito.  E o que prepararias?Pratos portugueses, sem dúvi
Restaurantes em Lisboa para o domingo de Páscoa

Restaurantes em Lisboa para o domingo de Páscoa

No domingo, os brunches e almoços fartos, com folares e muitos ovos, não estão reservados a quem acredita em milagres. Apontamos-lhe as mesas que nem os ateus vão querer perder. Dos menus mais tradicionais, com cabrito, cordeiro ou borrego assado acabando nos folares, nos ovos e nas amêndoas, às reinterpretações mais livres, há várias opções, muitas delas perfeitas para um programa em família (com actividades também pensadas para os mais pequenos). Dê descanso à sua cozinha nesta quadra e escolha um destes cinco restaurantes em Lisboa para o domingo de Páscoa.  Recomendado: Coisas para fazer no domingo de Páscoa em Lisboa
Seis sítios para comprar folar de Páscoa

Seis sítios para comprar folar de Páscoa

O folar pode ser doce, pode ser salgado, pode ter ovo, pode não ter. E o que não falta em Lisboa são sítios para comprar folares de Páscoa, todos muito diferentes, já que as receitas (e gostos) variam. O que importa é encontrar a opção que mais lhe agrada (a si e aos seus) e juntar a família à mesa num manjar pascal memorável (onde também não falte muito e bom chocolate). Na lista que se segue vai encontrar sugestões mais tradicionais e outras mais originais, que prometem surpreender. Escolha o que escolher, não se esqueça é de encomendar com tempo.  Recomendado: Três receitas de folar de Páscoa para fazer em casa
Cinco ovos da Páscoa para oferecer

Cinco ovos da Páscoa para oferecer

Não precisamos de desculpas para dar uma trinca num bom doce, mas nada como uma data especial para nos deliciarmos sem culpa. Na Páscoa, celebre-se o momento ou não, é difícil evitar os chocolates – ou os ovos da Páscoa, para sermos mais específicos. Dos supermercados às lojas especializadas, as opções são muitas, mas o que lhe sugerimos aqui são ovos fora da caixa. Bonitos e bons. Alguns são versões limitadas, sendo por isso um investimento. Certo é que são presentes perfeitos e a gulodice que nos fará abrir uma excepção na contagem de calorias. Eis cinco ovos da Páscoa perfeitos para oferecer. Recomendado: 🍫 As melhores chocolatarias em Lisboa
As melhores tascas de Lisboa

As melhores tascas de Lisboa

São uma instituição da cidade, por vezes ameaçada pela especulação imobiliária ou simplesmente pelo cansaço de famílias que depois de tantos anos dedicadas a fazer-nos felizes optam pela reforma, sem ter quem lhes siga as pisadas. Felizmente, ainda temos boas tascas em Lisboa que resistem – daquelas onde nos decoram o nome e os hábitos, onde as doses são sempre fartas e a comida sabe a casa. Nestas tascas, nunca faltam os pratos do dia (cabidela, cozido à portuguesa, mão de vaca, massada de peixe...), nem os doces da casa para acabar. No final, poucas serão as contas tão em conta. Recomendado: Crónica – conversa de tasca em três lições
Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora do dia, do pequeno-almoço ao jantar, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não se deixe sentir desactualizado e marque uma mesa – é só escolher o que mais lhe apetece hoje.  Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
15 restaurantes para dançar em Lisboa

15 restaurantes para dançar em Lisboa

Escolher um sítio para jantar é, geralmente, muito fácil. Difícil costuma ser decidir para onde seguir a noite. Nada tema. A Time Out dá conta da tendência que nos vem facilitar a vida. Um dois-em-um. O que não falta agora são restaurantes com alma de bar (ou até discoteca) para todos os gostos. Dá para jantar, beber um copo (ou dois, ou três) e deixar-se ficar para dançar noite dentro. Marque mesa num destes restaurantes para dançar em Lisboa e comece e acabe a noite no mesmo sítio. Sempre em bom. Recomendado: Restaurantes abertos até tarde em Lisboa
The best things to do in the Algarve in 2025

The best things to do in the Algarve in 2025

What an incredible country Portugal is. The cities of Lisbon and Porto get most of the attention, but sun-worshippers have been flocking to the magical Algarve forever. What are they looking for? Everything the Algarve has to offer, namely fantastic food, natural wonders, golden beaches and some of the most quaint fishing villages anyone could hope to discover. Base yourself in Albufeira: a stunning mixture of the above and the perfect base for discovering everything the region offers. The best things to do in the Algarve run a marvellous gauntlet, with the serenity of the sea nestled up to some of the most exciting nights out in Portugal. No matter your desires, they will be sated here. 📍 Discover our essential guide to Portugal Cláudia Lima Carvalho is an editor at Time Out Lisbon. At Time Out, all of our travel guides are written by local writers who know their cities inside out. For more about how we curate, see our editorial guidelines. This guide includes affiliate links, which have no influence on our editorial content. For more information, see our affiliate guidelines. 
Restaurantes abertos até tarde em Lisboa

Restaurantes abertos até tarde em Lisboa

Lisboa nunca teve a vida gastronómica que tem actualmente, mas ainda assim quando se trata de comer fora de horas as escolhas reduzem-se radicalmente. Não há assim tantos restaurantes abertos até tarde em Lisboa e é normal. Felizmente, ainda há uns quantos onde é possível reservar mesa depois das 22.00, hora em que começam habitualmente as negas. O Galeto, no Saldanha, é um clássico que dispensa apresentações (e onde tantas vezes se encontram aqueles que trabalham na restauração a comer quando os seus sítios já fecharam), mas há mais nesta lista de restaurantes abertos até tarde em Lisboa, de cozinha de autor a pizzas e hambúrgueres. Recomendado: Os melhores restaurantes baratos em Lisboa
O melhor da agenda na gastronomia

O melhor da agenda na gastronomia

Somos adeptos de boas mesas, mas somos sobretudo a favor de bons encontros, fartos e bem regados. As novidades gastronómicas multiplicam-se e, para que não perca pitada, organizamos-lhe a agenda. Foodies, gastrónomos, chefs, restaurateurs e todos aqueles a quem a gastronomia interessa, eis os eventos a não perder. Festivais de talento, mercados de vinhos, debates de ideias, jantares a várias mãos, festas que celebram a diversidade de sabores e prémios para o que de melhor se faz por cá. É o maravilhoso mundo da gastronomia portuguesa em eventos a acontecer nas próximas semanas. Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
Os melhores restaurantes mexicanos em Lisboa

Os melhores restaurantes mexicanos em Lisboa

No país dos tacos, aguachiles ou tequilas, tudo sabe melhor quando acompanhado por uma margarita (ou um cocktail com mezcal), até por causa do nível de picante (não aconselhado a bocas mais sensíveis) – atenção às malaguetas assinaladas nas cartas, que não estão lá para enganar ninguém. As maiores influências desta cozinha vêm dos povos pré-colombianos e dos costumes dos colonizadores espanhóis, mas os pratos típicos variam consoante a zona (a partir da cozinha mexicana surgiu, entretanto, a tex-mex, que reúne os sabores do estado do Texas, nos Estados Unidos, com o México). A base da cozinha mexicana tradicional é o milho – daí que não seja fácil fugir às tortilhas, que acompanham quase todas as refeições –, o feijão e a pimenta. Prove os tacos, o chili com carne ou as enchiladas nestes restaurantes mexicanos em Lisboa.  Recomendado: Os melhores brunches em Lisboa
20 restaurantes no Bairro Alto para qualquer ocasião

20 restaurantes no Bairro Alto para qualquer ocasião

À primeira vista, o que não faltam são restaurantes no Bairro Alto, grande parte com mesas concorridas e cheias de vida. Um olhar mais atento – e crítico até –, revela, porém, que muitos não passam de armadilhas para turista. Ora têm sardinhas o ano inteiro, ora enchem o menu de paellas. Mas é possível ser feliz à mesa no Bairro Alto. Nas ruas mais boémias da cidade há mais do isso e bares com promoções a mojitos gigantes ou ofertas de shots. O bairro tem vindo a revitalizar-se e há restaurantes a dar-lhe novo fôlego. Da cozinha de autor de chefs como Ljubomir Stanisic, André Lança Cordeiro, Kiko Martins ou mais recentemente Guram Baghdoshvili, aos restaurantes tradicionais de boa comida portuguesa, mais as muitas paragens pelo mundo, é possível comer bem nestes 20 restaurantes no Bairro Alto.  Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa

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Primeira gala do Guia Repsol Portugal

Primeira gala do Guia Repsol Portugal

O anúncio do regresso do Guia Repsol a Portugal foi feito em Espanha no ano passado e desde então que a marca se tem vindo a mostrar por cá, com as inspecções aos restaurantes a acontecer desde o Verão. O que é o Guia Repsol? É um mapa e guia gastronómico que nasceu em Espanha em 1979, quando a Internet não era ainda uma realidade, com o intuito de apontar os melhores restaurantes no país. Começou por se chamar La Guía del Viajero, também conhecido como Guía Campsa. Numa realidade bem distante da actual, sem redes sociais, trends e influencers, não tardou a que o Guia se destacasse, especialmente por desbravar caminhos até então desconhecidos num país tão diverso, premiando os restaurantes que mais se destacavam. Entre 2000 e 2007, a marca chegou a apostar em Portugal com uma edição própria, embora sem o mediatismo de Espanha. Depois disso, o Guia Repsol para Espanha ainda passou a incluir Portugal, mas só até 2015. Dez anos depois, a Repsol volta a apostar em Portugal, desta vez da mesma forma que faz em Espanha, com uma gala e um guia digital exclusivos.  Quando é que acontece a gala e que prémios são atribuídos? A primeira gala do Guia Repsol dedicada a Portugal está marcada já para o dia 7, segunda-feira, no Convento de São Francisco, em Santarém. Ao contrário do que costuma acontecer com grande parte das cerimónias de entrega de prémios, no dia da festa, os chefs e os restaurantes distinguidos saberão exactamente o que vão receber. É assim que acontece há anos em Espanha
Chefs On Fire

Chefs On Fire

O festival gastronómico dedicado à cozinha de fogo regressa à Fiartil, no Estoril, novamente para três dias de boa comida e concertos. Depois de Gonçalo Castel-Branco, o seu fundador, ter decidido apostar num dia extra no ano passado, o Chefs on Fire volta acontecer em dose tripla, de 20 a 22 de Setembro. Entre os chefs anunciados, destacam-se no cartaz aqueles que este ano brilharam na gala do Guia Michelin: Vítor Matos, que conquistou duas estrelas Michelin para o Antiqvvm e uma para o 2Monkeys; João Sá (uma estrela no Sála) e Rodrigo Castelo (uma estrela e estrela verde no Ó Balcão). Com uma estrela Michelin, estão também confirmados Luís Brito (A Ver Tavira), Arnaldo Azevedo (Vila Foz) e Pedro Pena Bastos (Cura) – os três em estreia no festival onde todos os pratos preparados têm de passar pelo fogo. Capitão Fausto, Bárbara Tinoco e RIOT B2B Pedro da Linha são os cabeças de cartaz, encerrando, respectivamente, os três dias de evento. Bilhetes: quanto custam e onde comprar A entrada diária, que inclui cinco doses de comida e duas bebidas, tem o preço de 90€, enquanto bilhete para os três dias, com 15 doses de comida e 10 bebidas, custa 230€. O bilhete infantil custa 20€ por dia e inclui quatro doses de comida e bebidas ilimitadas na zona kids. Os bilhetes estão à venda online. Crianças até aos seis anos não pagam entrada. Quem cozinha o quê e quando Sexta-feira, dia 20 Mauricio Vale (Soi) Flatbread negro com leitão vietnamita e pickles de mexilhão fumado Luis Gaspar (Bri

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Nestas ladies’ nights são as mulheres que tomam conta dos restaurantes

Nestas ladies’ nights são as mulheres que tomam conta dos restaurantes

Nove chefs mulheres, cinco sommeliers mulheres e três restaurantes. Eis o evento que quer puxar pelo talento feminino na alta cozinha, onde tantas vezes ainda falta essa visibilidade e, ainda mais, igualdade. Com curadoria do ex-jornalista e autor dos livros “Chefs Sem Reservas” Nelson Marques e dos chefs da Casa de Chá da Boa Nova Rui Paula e Catarina Correia, Ladies’ Night é uma série de três jantares a várias mãos que arranca, precisamente, no restaurante com duas estrelas Michelin em Leça da Palmeira.  No dia 8 de Maio, na Casa de Chá da Boa Nova, Catarina Correia, braço direito de Rui Paula, partilhará a cozinha com Ana Moura (Lamelas, Porto Covo), Aurora Goy (Apego, Porto), Louise Bourrat (Boubou’s, Lisboa) e Marta Caldeirão (Âmago, Lisboa). Nos vinhos, o protagonismo também é feminino e a harmonização será da responsabilidade das sommeliers Cátia Oliveira, que está em casa, e Daniela Rodrigues (Authentic, Almancil) com a curiosidade de que as escolhas vão focar-se em enólogas e produtoras portuguesas. O menu terá dez momentos e custa 290€ (com harmonização vínica ou não alcoólica).  “Quisemos pegar num conceito sexista, que usa as mulheres como isco em bares e discotecas, e fazer destas Ladies’ Nights noites de empoderamento das mulheres da alta-cozinha portuguesa”, escreve em comunicado Nelson Marques.  E Catarina Correia, acrescenta na mesma nota: “Sinto que estamos a viver um momento em que as mulheres começam, finalmente, a ocupar mais espaço na gastronomia com vis
Em Belém, de frente para o rio, no Espelho d’Água, nasceu a maior ZeroZero

Em Belém, de frente para o rio, no Espelho d’Água, nasceu a maior ZeroZero

Com 500 lugares, divididos entre o espaço interior e a esplanada, a ZeroZero que abre esta quinta-feira em Belém é resultado de um investimento de quatro milhões de euros do grupo Plateform. Em frente ao rio, no antigo Espaço Espelho d’Água, ao lado do Museu de Arte Popular, é a quarta ZeroZero, depois do Príncipe Real, do Parque das Nações e do Time Out Market. Às pizzas, pastas e charcutaria, junta-se ainda uma gelataria na esplanada. Em tons brancos, rodeado de espelhos de água (daí o nome), o edifício de traços modernistas é bem conhecido. Projectado por Manuel Lino, foi construído em 1940 para a Exposição do Mundo Português com o intuito de servir como cafetaria e restaurante para o evento. São várias as suas histórias e épocas houve em que o Espelho d’Água se tornou numa paragem em Lisboa. Nos últimos anos, contudo, foi perdendo algum do seu fulgor, ainda que mantivesse uma agenda cultural constante, abrigando também residências artísticas.  DR Mas é nova a vida que se sente logo à entrada. De um lado, um balcão que convida a beber um cocktail – e são muitas as opções –; do outro a mercearia e charcutaria com uma selecção de produtos italianos, à semelhança do que acontecia já no Príncipe Real e no Parque das Nações.  É na sala aberta e luminosa com vista também para a cozinha, feita em duplicado para que seja possível responder à demanda dos clientes, que se sente a movida e se percebe realmente a dimensão do espaço. “Num turno mais fraco podemos trabalhar só com me
O Tavares, o mais antigo e luxuoso restaurante do país, poderá reabrir em 2027

O Tavares, o mais antigo e luxuoso restaurante do país, poderá reabrir em 2027

Fechado desde 2019, já depois de ter sido comprado pelo grupo de restauração Plateform um ano antes, o Tavares pode ter já uma data de abertura à vista, embora tudo não passe ainda de uma projecção positiva de Rui Sanches. No almoço de apresentação da nova Zero Zero, no antigo Espaço Espelho d’Água, o fundador e CEO do grupo explicou que o projecto de fazer renascer o histórico restaurante entre o Chiado e o Bairro Alto não tem estado parado. “Sem querer criar expectativas, acho que podemos ter mais uma batalha de dois anos pela frente, entre licenças, projetos...”, antecipou.  Com uma história que remonta ao século XVIII, são tantas as vidas do Tavares que não há quem não passe à porta sem saber do que se trata – e muitos são os que esperam a reabertura, que já teve várias datas timidamente anunciadas. “Neste momento, o pedido de licença está em vias de entrar na CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo]. Basicamente, andámos a negociar a localização do elevador. O prédio não tem elevador e é fundamental criar um”, revelou Rui Sanches, quando questionado sobre o assunto num almoço com jornalistas.  Apesar de ainda não estarem a acontecer as obras de recuperação no edifício histórico, o CEO da Plateform aponta o trabalho de investigação que tem sido feito para respeitar a história e as cartas dos anos iniciais do restaurante. “O Tavares só foi um fine dining nos últimos anos”, aponta, confidenciado que quando abrir não tem como objecti
Desde Março que a Santini também já tem uma gelataria em Campo de Ourique

Desde Março que a Santini também já tem uma gelataria em Campo de Ourique

Nem só de novos sabores se fazem as novidades na Santini para esta Primavera. A marca de gelados artesanais, nascida na Linha há 75 anos, ganhou uma nova loja, desta vez em Campo de Ourique. Além do bairro lisboeta, a Santini chegou também aos centros comerciais Alegro Alfragide e Alegro Sintra. Não há um ano em que a marca de gelados, fundada por Attílio Santini, não tenha uma novidade a tempo dos dias quentes. A nova gelataria de Campo de Ourique fica muito perto do Jardim da Parada. É pequena, mas não lhe falta nenhuma das suas especialidades. View this post on Instagram A post shared by Gelados Santini (@geladosantini) Além disso, e como já é habitual, com a chegada da Primavera chegaram também novos sabores, mais frescos e da época. São eles açaí com banana, goiaba, manga e lima, clementina, maçã verde ou abacaxi com lima.  E nem mesmo a Páscoa foi esquecida. Por estes dias, destaca-se o gelado de amêndoa com doce de ovos e fios de chocolate, além do merengado de noz e amêndoa ou o bolo de gelado com três sabores, base de bolacha e cobertura. Também para marcar as férias escolares nesta época, a marca abriu a sua fábrica para visitas para que as famílias possam descobrir a magia por detrás dos gelados. A visita tem um valor de 8€ por pessoa e inclui um gelado pequeno (copo ou cone com dois sabores à escolha).  Estas novidades surgem depois de a Santini também ter apostado numa expansão da marca em grandes superfícies como o Continente, o El Corte Inglés
In the new Repsol Guide, Cascais has six distinguished restaurants

In the new Repsol Guide, Cascais has six distinguished restaurants

Monday night was a festive one in Santarém. As the Repsol Guide returned to Portugal after a ten-year hiatus, 194 restaurants were recognised, 70 of which received one, two or three Suns – the highest distinction went to Belcanto, Il Gallo D’Oro, Ocean, and The Yeatman. In Cascais, six restaurants were highlighted. Fortaleza do Guincho, by Gil Fernandes, and Maré by José Avillez, with Filipe Pina at the helm in the kitchen, were awarded one Sun, while Sult, Monte Mar, Porto de Santa Maria, and Furnas do Guincho were included in the guide as recommended restaurants.   DRGil Fernandes While Gil Fernandes — who also holds a Michelin star at Fortaleza do Guincho — took to the stage to collect his Repsol Sun, José Avillez left the spotlight to Filipe Pina. Of the former, the guide highlights “the finesse of techniques and ingredients, cooked and presented with precision, all thanks to the work of chef Gil Fernandes and his team.” As for Maré, it praises the “excellent gastronomic experience, author-led cuisine with strong traditional Portuguese roots and a few dishes with Eastern influences.” The service, it adds, is “impeccable and attentive.” In total, 49 restaurants received one Sun, spanning both traditional and fine dining styles. One Sun is awarded to “a restaurant you’d recommend to friends and want to return to again and again.” These restaurants feature “quality ingredients and honest, consistent cuisine that continues to evolve.” Furthermore, “service is attentive and
No novo Guia Repsol, Cascais tem seis restaurantes distinguidos

No novo Guia Repsol, Cascais tem seis restaurantes distinguidos

A noite desta segunda-feira foi de festa em Santarém. No regresso do Guia Repsol a Portugal, dez anos depois, foram distinguidos 194 restaurantes, 70 dos quais com um, dois e três sóis – estes últimos, prémios máximos, foram entregues ao Belcanto, ao Il Gallo D’Oro, ao Ocean e ao The Yeatman. Em Cascais, houve seis restaurantes apontados. A Fortaleza do Guincho, de Gil Fernandes, e o Maré de José Avillez, que conta com Filipe Pina nos comandos da cozinha, conquistaram um sol, enquanto o Sult, o Monte Mar, o Porto de Santa Maria e o Furnas do Guincho entraram para o guia como restaurantes recomendados.  DRGil Fernandes Se Gil Fernandes, também com uma estrela Michelin na Fortaleza do Guincho, subiu ao palco para receber o seu sol, José Avillez deixou para Filipe Pina o momento de protagonismo. Sobre o primeiro, destaca o guia como “à mesa surge a classe de técnicas e produtos cozinhados e apresentados com rigor, tudo graças ao trabalho do chef Gil Fernandes e a sua equipa”. Quanto ao Maré, são destacados a “excelente experiência gastronómica, cozinha de autor com fortes bases tradicionais portuguesas e alguns pratos com influência ou origem oriental”. “O serviço é irrepreensível e atencioso.” No total, foram 49 os restaurantes que receberam um sol, entre tradicionais e fine dining. Um sol é atribuído a um “restaurante que se recomenda aos amigos e ao qual se quer voltar um sem número de vezes”. Aqui, contam ainda os “produtos de qualidade e a cozinha honesta e coerente, que
Guia Repsol: Belcanto, Il Gallo D’Oro, Ocean e The Yeatman são os melhores restaurantes de Portugal

Guia Repsol: Belcanto, Il Gallo D’Oro, Ocean e The Yeatman são os melhores restaurantes de Portugal

Já se conheciam os números – 70 sóis no total –, mas não os premiados. Até agora. Na primeira gala do Guia Repsol Portugal, que aconteceu esta segunda-feira em Santarém, os chefs José Avillez, Benoît Sinthon, Hans Neuner e Ricardo Costa foram os grandes vencedores ao conquistar três sóis (a distinção máxima) para os seus restaurantes – Belcanto (Lisboa), Il Gallo D’Oro (Funchal), Ocean (Porches) e The Yeatman (Vila Nova de Gaia), respectivamente. Houve ainda algumas surpresas, com restaurantes mais tradicionais como o Solar dos Presuntos, em Lisboa, ou o Fernando, na Maia, a receber um sol, mas também ausências que se fizeram sentir, como a de Vítor Matos, o mais estrelado dos chefs em Portugal, que aqui recebeu apenas um sol para o 2Monkeys, em Lisboa.  Como em qualquer cerimónia de prémios, nem todas as apostas se consumaram. Porém, ao contrário do que é habitual, já todos os que se dirigiram esta segunda-feira ao Convento de São Francisco sabiam exactamente o que iam ganhar. É assim que acontece há anos em Espanha. O objectivo é não só aliviar a tensão e a pressão que estes momentos acarretam, como também criar um momento de partilha no meio, que começou, aliás, com um cocktail no dia anterior só para os chefs.  Se a distinção mais alta – que premeia uma “experiência única, sólida, com uma perfeita conjugação de sabores, ingredientes e ideias” – foi entregue a apenas quatro restaurantes, os dois sóis foram mais longe. Há, neste momento, 17 restaurantes com dois sóis, da Ca
Rosa Stanisic, mãe de Ljubomir, reforma-se, mas não sem um menu à altura no Bistro 100 Maneiras

Rosa Stanisic, mãe de Ljubomir, reforma-se, mas não sem um menu à altura no Bistro 100 Maneiras

Sem Rosa Stanisic não teríamos Ljubomir Stanisic. A constatação parece óbvia, mas falamos também de Ljubomir Stanisic, o chef que hoje conhecemos. Foi a mãe quem lhe passou o gosto pela cozinha e é com a mãe que Ljubomir tem trabalhado nos últimos 20 anos. O tempo de descansar, porém, chegou. “Mas não sem antes celebrarmos tudo o que nos deu”, anuncia-se, em comunicado. Na próxima semana, de 1 a 6 de Abril, no Bistro 100 Maneiras, “reúnem-se alguns dos seus pratos mais icónicos e cocktails exclusivos de homenagem para um adeus à altura da Mamma”. É Ljubomir Stanisic a cara dos seus restaurantes, mas o chef nunca escondeu a equipa que o acompanha e, muito menos, a sua história. No 100 Maneiras, o menu de degustação, começa precisamente com uma menção à sua mãe e ao seu Pão Rosa. No Bistro, alguns dos pratos mais afamados a Rosa se devem, como o burek, o cabrito ou o goulash. “Tornou-se a ‘Mamma’ do 100 Maneiras. Uma presença forte, mas amorosa, respeitada e querida por todos os que alguma vez fizeram parte desta família”, lê-se na nota, que dá conta do menu especial criado para este momento. Fabrice DemoulinCabrito da Mamma “Trazemos para o menu do Bistro algumas das criações mais icónicas que assinou ao longo dos anos: burek de queijo e espinafres [13€], ćevapi [carne picada grelhada em pão somun, 18€], sarma [couve fermentada recheada com carne picada, 18€], kadum butic [fígados de porco, aves e vitela, 8€], goulash [guisado de carnes e especiarias, 24€], o cabrito da Mamm
“Um espaço de alegria.” Em Belém, junto ao rio, o Bonança é um restaurante imponente

“Um espaço de alegria.” Em Belém, junto ao rio, o Bonança é um restaurante imponente

Na Doca de Belém, na mais antiga associação náutica da Península Ibérica, abriu o Bonança, imponente e bonito, depois de um grande investimento de diferentes sócios, nem todos ligados à restauração, que viram ali a oportunidade de criar um “espaço de alegria” e de “trazer mais vida à beira-rio”. O majestoso mural que abraça a sala, pintado em 1940 e que retrata o cortejo da embaixada de D. Manuel ao Papa Leão X em 1514, agora recuperado, serve de mote. É a viagem de Vasco da Gama à Índia que é celebrada na cozinha, embora de forma subtil. À noite, aos fins-de-semana, há ainda espaço para dançar. “Não podemos fugir ao facto de termos um mural lindo e também ele estar ligado a essa história”, começa por dizer Salvador Sobral, o sócio mais presente no restaurante. “Nós olhamos pela janela e somos invadidos pela viagem: os Jerónimos, o Padrão dos Descobrimentos, a Torre Belém... E depois o nosso mural aqui dentro, que tem muito interesse para nós e que nos vem a ajudar a construir esta história”, justifica. “Quando o recuperámos ganhou uma dimensão, uma vida, que não tinha.” Rita Chantre No edifício da Associação Naval de Lisboa, é impossível ficar indiferente à pintura, recuperada pelo WOA – Way of Arts. Pode comer-se logo ali, mas há mais mesas no piso em cima, sem que se perca a vista para o mural – o pé direito tem cerca de dez metros e ao todo há 150 lugares (sem contar com a esplanada que já existe, mas ainda não está a funcionar). Em cima, na verdade, ganha-se também a v
Fãs de cabidela, eis a agenda dos jantares onde o prato é rei

Fãs de cabidela, eis a agenda dos jantares onde o prato é rei

Pela ordem!, proclama-se em uníssono, depois de um grande repasto à volta de uma cabidela e das suas variadas interpretações, de copo de mão e em comunhão. Tem sido assim desde 2016, quando Paulo Amado, director das Edições do Gosto, criou a Ordem da Cabidela como forma de celebrar este prato tradicional, e assim continuará este ano com mais seis jantares especiais em que vários chefs partilham a cozinha para daí nascer um menu único. Alexandre Silva dá o tiro de partida no Emme, o restaurante do Immerso Hotel Ericeira. Marcado para o dia 3 de Abril, Alexandre Silva (com uma estrela no LOCO) receberá na Ericeira, onde faz consultadoria, Noélia Jerónimo, do Noélia, em Tavira, Bernardo Agrela, que criou o projecto Frangos do Além, e Joana Guimarães, da Terço do Meio – Sourdough Bakery & Café, na Ericeira, além de João Silva, o chef residente do Emme. O menu andará todo à volta deste prato tradicional, não tendo necessariamente de meter arroz e sangue em tudo. Na verdade, destacam-se habitualmente diversas interpretações de uma cabidela, pratos vegetarianos incluídos.  O menu (80€, com bebidas) é revelado dias antes do jantar e todos aqueles que participarem tornar-se-ão Cavaleiros da Ordem da Cabidela, depois de um simples ritual de entronização em que recebem uma pena prateada num colar vermelho. “A Ordem da Cabidela é uma celebração da gastronomia. Já somos mais de um milhar de pessoas a aceitar a cabidela como metáfora e a participar nestes momentos únicos, onde diferentes c
Pela primeira vez na chefia, Fábio Pereira está no Bairro Alto Hotel para continuar o legado

Pela primeira vez na chefia, Fábio Pereira está no Bairro Alto Hotel para continuar o legado

Depois de oito anos no Ritz Four Seasons como sous-chef e sous-chef executivo de Pascal Meynard, Fábio Pereira aterrou no Bairro Alto Hotel, onde está há seis meses, pela primeira vez como “número um”, como diz à Time Out, humildemente. “Sempre quis ser o número um, trabalhei para isso e este era um projecto com um legado bastante interessante”, acrescenta, referindo-se a Nuno Mendes e Bruno Rocha, a dupla que abriu o BAHR em 2019 e rapidamente o pôs nas bocas do mundo. Cinco anos depois, é o chef minhoto quem comanda a cozinha – com vontade de deixar o seu cunho, sem querer cortar com o passado. “A ideia é dar continuidade à excelência. É natural. Há que dar valor ao que foi feito, pegar nesse passado e transformá-lo com um cunho pessoal”, defende Fábio Pereira, depois de mais um serviço de almoço, onde de segunda a sexta-feira serve um menu executivo (35€, entrada, prato e sobremesa, água e café) de cariz mais tradicional, com pratos como massada de peixe ou arroz de forno de pato e laranja. “A minha família é uma família de tradições. Os meus avós faziam milho, faziam a matança, as vindimas, e era à mesa que nos reuníamos depois desses trabalhos árduos, que partilhávamos a refeição, conversávamos. São esses sabores que ficam na mente”, conta. “Ao almoço, coloco bastante o cunho tradicional. Já tivemos arroz de cabrito, a minha avó fazia bastante. O bacalhau também é muito lá de cima, seja frito, seja grelhado”, acrescenta, explicando que as sugestões, de apresentação mais
O brunch do Heim ganhou uma segunda casa, agora junto ao Parque Eduardo VII

O brunch do Heim ganhou uma segunda casa, agora junto ao Parque Eduardo VII

Estávamos em 2017 quando o casal Hanna e Misha Lytvynenko abriam o Heim em Santos, numa zona onde pouco acontecia, com uma carta de brunch para todo o dia. Por esta altura, a moda dos pequenos-almoços combinados com almoços ainda não tinha pegado, mas não tardava. Em pouco tempo, o café rapidamente se revelou pequeno para a grande procura e ao Heim seguir-se-iam novos negócios e conceitos na cidade. Oito anos depois, esse mesmo Heim está fechado para obras e um novo nasceu, bem pertinho do Parque Eduardo VII.  Rita Chantre Continua a não ser muito grande, mas tem uma nova imagem, mais actualizada. Junto à Rua Castilho, é luminoso e acolhedor. “O Heim foi o primeiro [negócio a abrir] e a Hanna e o Misha acharam que seria interessante trazer uma nova identidade visual, uma nova proposta para o menu, mas ainda assim mantendo a essência”, conta Vinicius Alves, director de marketing e relações públicas do grupo Neptune, que além do Heim, detém o Seagull Method e o Pomme Eatery, no Príncipe Real, e o Kefi Bistro, na Estrela. “Esse desejo vem justamente deixar as marcas do Neptune mais harmónicas”, acrescenta. As filas à porta do Heim, em Santos, mesmo depois de tanto tempo, levaram a que o casal ucraniano começasse a pensar na possibilidade de duplicar a marca. Encontrar uma nova morada e fechar a antiga para obras acabou, porém, por ser uma coincidência. “Eles já tinham a intenção de fazer as obras em Santos”, diz Vinicius, revelando que foi a descoberta do novo espaço que acabo