Não tem papas na língua – mal estaríamos se a editora de Comer & Beber da Time Out Lisboa tivesse. Como poderia, então, provar o melhor que se cozinha por esta cidade fora? Dos pratos tradicionais ao fine dining, de junk food a entranhas, ela papa tudo menos grupos. Papa festivais, papa concertos, papa peças de teatro e tudo o que mexe com a cidade. Conhece Lisboa inteira, periferia incluída, dando-lhe espaço, dando-lhe voz, batendo o pé contra muros e falsas fronteiras. 

Cláudia Lima Carvalho

Cláudia Lima Carvalho

Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa

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Os melhores restaurantes chineses em Lisboa

Os melhores restaurantes chineses em Lisboa

Lisboa é um caldeirão de nacionalidades e, felizmente para nós que aqui vivemos, são cada vez mais os restaurantes do mundo. No que à cozinha chinesa diz respeito, há muito que os restaurantes nos dão mais do que os habituais buffets que fazia furor anos 1990 e 2000. Hoje, a cidade é casa de espaços que trazem autenticidade e inovação, com menus que percorrem a diversidade gastronómica das várias regiões da China. Sem clichés, estes restaurantes chineses em Lisboa não são apenas uma refeição – são uma autêntica viagem. Vá à confiança, mesmo que nem sempre saiba bem o que está a pedir. Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
Restaurantes abertos no dia 1 de Janeiro em Lisboa

Restaurantes abertos no dia 1 de Janeiro em Lisboa

Nem todos os restaurantes estão abertos no primeiro dia ano – e bem que merecem o descanso –, mas mesmo assim ainda há várias opções na cidade para arrancar 2025 à mesa sem que tenha de ter grande trabalho. Deixe-se de ideias e não olhe nem para o avental. Comece o ano da melhor forma nestes restaurantes abertos no dia 1 de Janeiro em Lisboa. De brunches a mariscadas, só tem de escolher o que mais lhe apetece. Não se esqueça é de fazer a reserva para garantir que nada falha.  Recomendado: Os melhores sítios para comprar bolo-rei em Lisboa
Menus para o jantar de passagem de ano em Lisboa

Menus para o jantar de passagem de ano em Lisboa

O ano passou a correr, como sentimos acontecer sempre. De repente, estamos em cima do acontecimento sem saber o que vamos fazer na passagem de ano. Felizmente, os restaurantes nunca nos falham e planeiam esta noite ao detalhe, assegurando que nem a música, nem a festa nos faltarão – alguns, até a ceia proporcionam. Esqueçamos tudo por uma noite e celebremos em grande como estes restaurantes propõem. Prepare a sua melhor roupa, deixe os tachos e descubra estes nove sítios em Lisboa com menus para o jantar de passagem de ano – na maior parte deles, nem precisa de sair para procurar onde dançar a seguir. Feliz ano novo! Recomendado: Adeus, 2024. Olá, 2025. As festas de passagem de ano em Lisboa
Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora do dia, do pequeno-almoço ao jantar, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não se deixe sentir desactualizado e marque uma mesa – é só escolher o que mais lhe apetece hoje.  Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
Os 124 melhores restaurantes em Lisboa

Os 124 melhores restaurantes em Lisboa

Sendo a Time Out afamada pelas suas listas, esta que aponta os melhores restaurantes em Lisboa (e aqui mesmo ao lado) é, provavelmente, a mais discutida – e também a mais procurada. Levamos tempo a chegar ao número final, sabendo sempre que a unanimidade à mesa não existe. Vamos a um teste? Qual é o melhor croissant? E a melhor bifana? E onde é que se come o melhor cozido à portuguesa ou o melhor bacalhau? Nunca haverá uma só resposta. Certo é o esforço feito para demonstrar a diversidade de uma cidade que não pára de crescer. Um esforço que é também fruto de muitas visitas a restaurantes – e nunca é demais lembrar que a Time Out não escreve sobre restaurantes onde não foi, assim como os críticos da Time Out visitam os restaurantes anonimamente e pagam pelas suas refeições.  Aqui acreditamos estar os 124 melhores restaurantes em Lisboa (apresentados por ordem alfabética), aqueles onde confiamos que não se arrependerá de marcar mesa. *Este artigo foi originalmente publicado na revista Time Out Lisboa, edição 669 — Primavera de 2024. Foram retirados da lista os restaurantes que fecharam ou que perderam, entretanto, os seus chefs. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa
Onde comprar panettone em Lisboa

Onde comprar panettone em Lisboa

Não é propriamente uma tradição portuguesa, mas desde há uns anos que o panettone começou a aparecer nas nossas mesas da consoada. O sucesso tem sido tal que a Gleba, por exemplo, vende este bolo italiano durante o ano todo. Ora, como doces de Natal nunca são demais, apontamos-lhe cinco sítios em Lisboa onde comprar panettone, das versões clássicas com passas às mais gulosas (e pornográficas até) recheadas de chocolate ou doce de leite. Com sorte, consegue comprar sem encomendar (nada como telefonar para perceber), mas na dúvida, encomende. Recomendado: Doces de Natal que não podem faltar na sua mesa  
Doces de Natal que não podem faltar na sua mesa

Doces de Natal que não podem faltar na sua mesa

A única época do ano em que é justo ter mais olhos que barriga é esta. Vale tudo, menos a falta de doces de Natal na mesa da consoada. Corremos a cidade para que nada lhe falte – algumas encomendas podem estar fechadas, mas se for aos sítios é provável que ainda tenha sorte. Falamos de troncos de Natal com mais ou menos chocolate, bolo-rei e rainha, e algumas versões doces mais fora da caixa – afinal nem só de bolos tradicionais se faz o Natal. Estes são os doces de Natal imperdíveis, saiba os melhores sítios para os comprar. Em Janeiro logo se vê. Recomendado: Quatro restaurantes que aceitam encomendas de Natal  
Nuno Mendes, um cozinheiro de memórias

Nuno Mendes, um cozinheiro de memórias

Chef ou cozinheiro?Sou cozinheiro. Pirata.  Actividade favorita quando não estás a cozinhar?Dormir.  O melhor prato tipicamente português?É o cozido alentejano que eu comia em casa da minha avó, que era um cozido à portuguesa, mas na sopa. Porra, as memórias disso... Com hortelã fresca do quintal e com os enchidos todos. As duas coisas que mais me aquecem o coração talvez seja isso e a canja que a minha avó também fazia.  Livro de cozinha favorito?Aqui há uns dias, folheei outra vez o Cozinha Tradicional Portuguesa da Maria de Lourdes Modesto. Sinto que folhear esse livro ainda me inspira, ainda aprendo muito com ele. Se tiveres amigos de fora em Lisboa, onde é que os levas a jantar?No final dos anos 1970, fui introduzido à cozinha goesa e o restaurante onde ia muito era o Velha Goa, em Campo de Ourique. Aquilo tinha dois espaços, uma cave e uma mesa em cima e eu ia sempre para a sala de baixo. Descia as escadas e os cheiros, os aromas da cozinha… Apaixonei-me pela cozinha com essas coisas. O dono do restaurante era o Sebastião, que era muito amigo do meu pai. O mais próximo que tenho disso agora é o Cantinho da Paz [nas mãos da filha de Sebastião]. Esse é o sítio. O que é que não suportas comer?Detesto bananas. E comida sem paixão. Para quem é que gostarias de cozinhar?Para a minha avó, para o meu pai... E o que prepararias?Não sei, uma canja, comida goesa, as coisas que aprendi com eles. Estou, cada vez mais, a tentar chegar ao que eles faziam, mas já com a minha bagagem. P
Os melhores restaurantes em Lisboa para o dia de Natal

Os melhores restaurantes em Lisboa para o dia de Natal

O Natal é sinónimo de momentos em família e de uma barrigada de boa comida. Até aqui, tudo bem. O pior é que isto também significa passar horas e horas de roda dos tachos e das panelas, a preparar o bacalhau, o cabrito, o polvo, o peru, o borrego e, claro, os doces. Já para não falar em toda a pré-preparação, com as idas ao supermercado e afins. Dito isto, para quem quer tirar uma folga da cozinha, ou simplesmente ter um dia de Natal diferente, sugerimos uma reserva num destes restaurantes para uma festa fora de casa.  Recomendado: Coisas para fazer no dia de Natal em Lisboa
Os troncos de Natal que vão brilhar na consoada

Os troncos de Natal que vão brilhar na consoada

É uma sobremesa típica em França ou na Bélgica nesta altura do ano e, na sua versão mais tradicional, tem uma aparência o mais próxima possível a um tronco de lenha (afinal, representa um hábito da quadra, em que as famílias se reuniam à volta da lareira para ouvir histórias e entoar cânticos de Natal enquanto um enorme tronco queimava). Por cá, os troncos de Natal já se juntaram às rabanadas, azevias, sonhos, fatias douradas, coscorões e bolos-reis para agradar aos mais esquisitos ou adoçar ainda mais a quadra com novos sabores. Provámos e aprovámos estes troncos de Natal. Recomendado: O melhor do Natal em Lisboa
The best restaurants in Príncipe Real, as chosen by local editors

The best restaurants in Príncipe Real, as chosen by local editors

Príncipe Real is one of Lisbon’s trendiest neighbourhoods: it’s got quirky shops, vibrant nightlife, buzzy bars, and a whole host of great restaurants, from hot new openings to classics which have stood firm in the face of major changes in the neighbourhood. There’s Portuguese food, of course, but you’ll also find exceptional international cuisine, including Italian, Indian, Lebanese, Mexican and more. Our local editors spend their days finding the very best of the city and have used their expert knowledge to create this list. The best bit? There’s something for every price point, from fine dining to whopping great sandwiches. Ready to tuck in?RECOMMENDED:🎟️ The best things to do in Lisbon🎶 The best places to listen to fado in Lisbon🍴 The best restaurants in Chiado⭐️ All of Lisbon's Michelin-starred restaurants for 2024 This guide is by the editorial team at Time Out Lisbon. At Time Out, all of our travel guides are written by local writers who know their cities inside out. For more about how we curate, see our editorial guidelines.
Presentes de Natal para oferecer ao amigo foodie

Presentes de Natal para oferecer ao amigo foodie

Foodie que é foodie está a par de todas as novidades gastronómicas da cidade – e além fronteiras, para escapadinhas à volta da mesa. Mas não só: também quer a cozinha lá de casa equipada a rigor. Se é verdade que nada bate uma boa experiência num restaurante, também é verdade que há várias formas de surpreender estes gastrónomos. Por aqui há sugestões que não deixam ninguém ficar mal, mesmo aqueles que querem jogar pelo seguro. Há para o amigo que gosta de se armar em chef, para o que é especialista em café e até para aquele que começou a fazer pão na pandemia. Recomendado: Quatro restaurantes que aceitam encomendas de Natal

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Chefs On Fire

Chefs On Fire

O festival gastronómico dedicado à cozinha de fogo regressa à Fiartil, no Estoril, novamente para três dias de boa comida e concertos. Depois de Gonçalo Castel-Branco, o seu fundador, ter decidido apostar num dia extra no ano passado, o Chefs on Fire volta acontecer em dose tripla, de 20 a 22 de Setembro. Entre os chefs anunciados, destacam-se no cartaz aqueles que este ano brilharam na gala do Guia Michelin: Vítor Matos, que conquistou duas estrelas Michelin para o Antiqvvm e uma para o 2Monkeys; João Sá (uma estrela no Sála) e Rodrigo Castelo (uma estrela e estrela verde no Ó Balcão). Com uma estrela Michelin, estão também confirmados Luís Brito (A Ver Tavira), Arnaldo Azevedo (Vila Foz) e Pedro Pena Bastos (Cura) – os três em estreia no festival onde todos os pratos preparados têm de passar pelo fogo. Capitão Fausto, Bárbara Tinoco e RIOT B2B Pedro da Linha são os cabeças de cartaz, encerrando, respectivamente, os três dias de evento. Bilhetes: quanto custam e onde comprar A entrada diária, que inclui cinco doses de comida e duas bebidas, tem o preço de 90€, enquanto bilhete para os três dias, com 15 doses de comida e 10 bebidas, custa 230€. O bilhete infantil custa 20€ por dia e inclui quatro doses de comida e bebidas ilimitadas na zona kids. Os bilhetes estão à venda online. Crianças até aos seis anos não pagam entrada. Quem cozinha o quê e quando Sexta-feira, dia 20 Mauricio Vale (Soi) Flatbread negro com leitão vietnamita e pickles de mexilhão fumado Luis Gaspar (Bri

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Pâtisserie BomBom: um novo ponto de encontro em Campolide, como se fosse em Paris

Pâtisserie BomBom: um novo ponto de encontro em Campolide, como se fosse em Paris

A localização não é um acaso, embora tenha sido praticamente um golpe de sorte. Ao passear na zona, onde têm os filhos no Liceu Francês, Sandra Castro e Pedro Oliveira viram num empreendimento prestes a nascer o espaço perfeito para dar forma ao sonho de criarem um negócio próprio. O casal, vindo de França há cerca de três anos, sentia falta de uma pastelaria à boa maneira francesa. Apesar de virem de áreas completamente distintas – ela trabalhava numa universidade em Paris, ele numa startup –, atiram-se de cabeça e criaram a BomBom Pâtisserie, em Campolide. O espaço é amplo e bonito, colorido e contemporâneo. Na montra, saltam imediatamente à vista as cores dos choux e das finas tartes de assinatura, além dos croissants e dos pains au chocolat.  Rita ChantreHá choux de vários sabores A aproximação à pastelaria começou com Sandra, quando na mudança para Portugal se decidiu aventurar de forma autodidacta, já depois de ter feito um curso de pastelaria em Cannes. “Durante um ano fiz bolos para fora, para aniversários, eventos”, conta à Time Out. “Ela começou com amigos e muito rapidamente passou disso. Por isso é que estávamos à procura de um espaço, esse primeiro ano confirmou que existia procura”, acrescenta Pedro. “No início, a minha vontade era ter um negócio mais pequeno, comigo a fazer os bolos, mas um dia passei por aqui para vir ter com o Pedro, que costumava trabalhar num cowork perto, e vi este prédio novo com espaços. Mesmo na nossa zona”, entusiasma-se a recordar.
Porque é que os restaurantes estão caros?

Porque é que os restaurantes estão caros?

“Tens alguma sugestão de restaurante para hoje que não custe os olhos da cara?” Já todos nós, nos últimos tempos, recebemos este tipo de repto – quando não somos nós mesmos à procura dessa agulha num palheiro. Queremos sair e comer bem, queremos ir aos restaurantes de que todos falam e conhecer o trabalho deste ou do outro chef, mas estamos realmente disponíveis a pagar o seu custo? Ou pensamos sequer nesse custo? Os números não mentem e, segundo o último barómetro realizado pela empresa NielsenIQ para a AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), 81% dos consumidores diminuiu a “frequência das refeições fora de casa devido a factores económicos”. São várias as explicações, entre as quais a subida de custo de vida no país. Mas é importante que não se diabolizem os restaurantes e as suas pessoas, também elas numa luta por manter os seus negócios – dá conta o mesmo estudo, apresentado no congresso da AHRESP que aconteceu entre 11 e 13 de Outubro, que 42% dos empresários inquiridos está pouco confiante relativamente aos próximos meses. Uma e outra coisa estão ligadas e foi, talvez, por durante tanto tempo termos tido restaurantes a um baixo preço que hoje nos custe perceber a mudança de paradigma. O país já não é o mesmo. Para ninguém.  “Está cara a restauração em Lisboa? Sim, mas não há volta a dar”, diz sem rodeios, como é habitual, Marlene Vieira, chef com três restaurantes a seu cargo (o descontraído, mas ainda assim autoral Zunzum, o fine dining M
Tradicional num piso e criativo noutro. Um ano depois, o Guelra reinventa-se e divide-se em dois

Tradicional num piso e criativo noutro. Um ano depois, o Guelra reinventa-se e divide-se em dois

Quando em 2023 o Guelra abria em Belém, numa das zonas mais movimentadas, apresentava-se como um restaurante de peixe e marisco que fugia à oferta mais tradicional. Um ano depois, porém, são várias as mudanças. A criatividade que fervilhava na carta desde o início está agora mais presente no piso de cima, onde é servido um menu de degustação, enquanto no andar térreo se aposta em pratos mais convencionais – já há até uma montra de peixe e marisco.   Rita Chantre “Este negócio tem exigido muito. Temos três espaços: uma esplanada, um bar/balcão e a parte de cima. E temos vindo a entender quem é o nosso cliente, do que é que gosta, o que funciona e o que não funciona”, começa por contextualizar Sérgio Frade, que detém ainda O Frade, não muito longe daqui e também com uma extensão no Time Out Market. “Foi muito claro que os portugueses nos vieram visitar, mas, claramente, temos que ter produtos que identifiquem, e esse é o nosso caminho”, acrescenta ainda, exemplificando com “a comida de conforto, os caldos, os arrozes”. “Às vezes, o menu do Guelra não entregava tudo isso”, admite.   Rita Chantre A ideia não passou por transformar o conceito por completo, mas adaptá-lo. “Nós entregamos a nossa criatividade neste First Floor, é uma experiência completamente nova. No fundo, conseguimos dar duas experiências. Acho que este Guelra 2.0 é mais completo. Essa é a grande mudança e estamos contentes com ela. Neste momento, estamos completamente resolvidos”, assegura Sérgio.  Rita Cha
Renovado, o Snob reabriu para continuar a ser o que sempre foi

Renovado, o Snob reabriu para continuar a ser o que sempre foi

Os clientes habituais que fazem o espaço há décadas já sabiam que era uma questão de tempo. Albino Oliveira de 77 anos não ficaria muito mais tempo à frente do Snob e por isso, quando em Setembro foi notícia que o histórico bar e restaurante da Rua do Século tinha sido vendido, multiplicaram-se as histórias e o receio de que fosse o fim de uma era. Esta segunda-feira, menos de três meses depois do anúncio da compra do Snob pelo grupo São Bento, os ânimos serenaram. O Snob reabriu e não perdeu a alma. Ainda na rua, a mudança é visível. O antigo toldo que protegia a porta – que, tal como antigamente, só se abre apenas depois do toque da campainha – foi substituído por um novo, mais elegante. Mais abaixo, também as janelas ganharam toldos verdes. Entrando, tudo é familiar, embora claramente renovado. A madeira que cobre o espaço reluz, a alcatifa no chão é de um vermelho vivo. Cheira a novo e é palpável o início de um novo ciclo – 60 anos depois, augura-se longa vida.  GuilhermeOrnelas “O senhor Albino esteve lá ontem [segunda-feira] e já tinha estado lá comigo há duas semanas. Está todo contente, vê aquilo com vida nova e com o potencial de ter muito mais futuro”, começa por destacar ao telefone Miguel Garcia, preparando-se para mais uma noite no eixo Bairro Alto/Príncipe Real. Se na inauguração o bar e restaurante estava aberto apenas para convidados, nesta terça-feira já é a valer. “Estamos entusiasmados”, assegura o responsável, que assim que soube que Albino desejava refo
Interessados procuram-se: A Padaria Portuguesa está à venda

Interessados procuram-se: A Padaria Portuguesa está à venda

Amada e demonizada na mesma medida, não há hoje bairro em Lisboa sem uma Padaria Portuguesa, empresa detida a 100% pela família de Nuno Carvalho (CEO) e José Diogo Quintela (humorista, ex-Gato Fedorento), sócios maioritários. Quase 15 anos depois, soube-se esta sexta-feira, a cadeia está à venda. Segundo avança o Jornal Económico, a empresa contratou o Haitong Bank para assessorar o processo, já “na fase de receber propostas não vinculativas (non-binding offers)”. Actualmente, a Padaria Portuguesa conta com 78 lojas em Portugal, apenas quatro a norte (três no Porto e uma em Matosinhos) e as restantes na Grande Lisboa. Conta ainda com duas fábricas de produção própria. De acordo com o plano de expansão, há planos para abrir mais 40 lojas até 2028, criando 600 postos de trabalho.  O Jornal Económico escreve ainda que “o negócio é atraente para fundos de capital de risco e fundos de private equity, segundo fontes do mercado”. No site da Padaria Portuguesa, a ideia da sua criação é atribuída a Nuno Carvalho. “Eram outros tempos. Tempos em que os portugueses, e sobretudo os lisboetas, iam cada vez mais comprar o seu pão às grandes superfícies, quase sempre distantes das zonas de residência”, lê-se. “A nossa missão passava por resgatar um sentimento bairrista em declínio, com produtos de fabrico próprio, um atendimento personalizado e acolhedor, e a oportunidade generalizada de tomar o pequeno-almoço fora de casa.” O sucesso da casa foi imediato, com o pão de deus, mal cozido, húmi
No Saldanha, Fysh aposta no peixe e no marisco

No Saldanha, Fysh aposta no peixe e no marisco

De um lado da estrada fica o BYF Steakhouse, do outro o Fysh. De um lado, um restaurante de carne, do outro um restaurante de peixe, a mais recente novidade do grupo Fullest. O Fysh nasceu no Saldanha na morada do antigo Prego da Peixaria. A entrada para o restaurante faz-se por uma banca de peixe, tal e qual uma peixaria num mercado.  Rita Chantre “O grupo é muito grande e não tinha esta oferta ainda”, começa por dizer o chef Pedro Quintas, depois de um almoço atarefado. Numa zona com muitos escritórios, há muito tempo que ali se anunciava o restaurante para breve. Assim que abriu, o passa-palavra foi fazendo o seu caminho. “É o irmão mais novo do BYF, muda completamente o conceito”, diz o director de operações do grupo Fullest, José Gouveia.  Rita Chantre A ideia é que os clientes possam escolher o seu peixe ou marisco da banca e decidam como o vão querer na mesa. Pode ser grelhado, pode ser ao sal ou no pão, no forno ou à basca (esta última mais aplicada à lagosta ou ao lavagante). “[Na cozinha], isso é um desafio muito grande. Tanto pode haver uma mesa de três com três peixes grelhados, com numa mesa de cinco quererem um peixe ao sal. O forno é só um, têm que se usar várias temperaturas… Para o lavagante à basca preciso de humidade, para o peixe ao sal preciso [que esteja] totalmente seco. Está a ser interessante”, confidencia Pedro Quintas, mostrando-se avesso a monotonias.  Rita ChantreNata O peixe e o marisco não lhe são estranhos. O pai e o tio tiveram durante m
Casa do Marquês compra Epur de Vincent Farges. O objectivo é a segunda estrela Michelin

Casa do Marquês compra Epur de Vincent Farges. O objectivo é a segunda estrela Michelin

Há mais de duas décadas em Portugal, foi só em 2018 que Vincent Farges abriu o primeiro restaurante em nome próprio, o Epur. A estrela Michelin chegaria no ano seguinte. Quase seis anos depois, há mudanças em vista, mesmo que aconteçam maioritariamente longe da vista do cliente – pelo menos, por agora. A Casa do Marquês, empresa de eventos e catering, comprou o restaurante do Chiado com o intuito de o melhorar. O chef mantém-se, de ambição reforçada. O negócio não estava planeado, mas se há lema que a família que fundou a Casa do Marquês há 35 anos segue é dizer “não ao não”. Tudo é possível de se fazer, até mesmo explorar uma nova área de negócio. “Foi uma oportunidade que nos chegou e que nos fez sentido prosseguir”, começa por revelar Miguel Seijo y Seijo, CEO da Casa do Marquês, filho de José Eduardo Sampaio e Florbela Bem, fundadores e administradores. “Isto é um negócio de família, que só sobrevive, ou vive, de inovação e de mudança”, explica. “A ideia é haver aqui obviamente um pólo de inovação e criatividade especializado”, continua, destacando a identidade própria inerente a cada restaurante Michelin. “Também [queremos] absorver algumas dessas práticas, quer de cozinha, quer de serviço, para o catering. E pode haver também aqui uma interacção de pessoas.” Manuel Manso No jantar, esta quinta-feira, que serviu para apresentar a novidade a um pequeno grupo de jornalistas, o desejado “cruzamento de equipas” já estava até a acontecer. “Hoje há uma pessoa na sala que já
No Plano, Vítor Adão vai receber um chef por mês para um jantar irrepetível

No Plano, Vítor Adão vai receber um chef por mês para um jantar irrepetível

Estamos habituados a vê-lo rodeado, ora no Plano, ora em múltiplos eventos onde não se nega a cozinhar. E se no restaurante na Graça recebe habitualmente amigos, grande parte das vezes à mesa para grandes banquetes, nos próximos meses Vítor Adão organiza uma série de jantares a quatro mãos. O primeiro encontro acontece já neste sábado com Miguel Laffan, actualmente à frente do restaurante Palma, no Torre de Palma Wine Hotel, em Monforte. Seguem-se nomes como Diogo Formiga (uma estrela no Encanto, de José Avillez) e Diogo Rocha, do estrelado Mesa de Lemos. Um chef convidado por mês até ao final de 2025 é o objectivo de Vítor Adão, que inaugura esta série de jantares únicos com Miguel Laffan, cascalense a trabalhar no Alentejo há uns anos. “Partilhando origens, abordagens, experiências e, sobretudo, o fogo, Adão e Laffan propõem um exclusivo menu de seis momentos que promete fazer faísca”, lê-se no comunicado. O jantar, onde o chef da casa não deixará de trazer os Trás-Os-Montes para a mesa, como sempre faz, terá o preço de 135€, com harmonização de vinhos incluída. Em Dezembro, no dia 13, é a vez de Rodrigo Castelo trocar por uma noite o serviço no seu estrelado Ó Balcão, em Santarém, para cozinhar com Vítor Adão no Plano. E, mesmo que 2025 ainda não tenha começado, o chef já tem planos até quase ao Verão – correndo bem, acabará por fechar a agenda brevemente.  Diogo Formiga, chef do vegetariano Encanto, é o convidado de Janeiro, enquanto Vasco Coelho Santos (uma estrela no Eu
O Campo Pequeno depois de Benfica: abriu o segundo Ramen Station

O Campo Pequeno depois de Benfica: abriu o segundo Ramen Station

Quando há pouco tempo abriram em Benfica, já anunciavam a segunda morada, no Campo Pequeno, para breve. António Carvalhão e João Azevedo Ferreira, donos do Ajitama e agora também da Ramen Station, abrem as portas da nova estação nesta sexta-feira. O restaurante, pensado para ter uma carta curta – de ramen, claro – e um serviço rápido é, em tudo, muito semelhante ao de Benfica.  Inspirado nas estações de comboio e metro do Japão, onde tantas vezes viajaram, o novo Ramen Station mantém os tons claros e amarelos. Tem dois pisos, com uma mesa comunitária, como acontece em Benfica, em baixo. “A estação do Campo Pequeno está ainda preparada para receber uma esplanada ampla, com capacidade para 32 lugares sentados, que contamos inaugurar no início de 2025”, revela em comunicado António Carvalhão.  Arnaldo Cellani Em Outubro, o mesmo responsável, dizia à Time Out que o futuro passava por ter mais localizações. “E isso não seria viável com a marca Ajitama. Com o Ramen Station, conseguimos de facto ter várias pequenas estações, espalhadas pela cidade”, defendia António. “Temos a ideia romântica, que não é realista, de ter uma estação de ramen por bairro. Já o Ajitama, queremos ter um por cidade.” Por enquanto, o saldo faz-se com dois Ajitamas e, agora, dois Ramen Stations, todos em Lisboa – com a novidade de que o espaço em Benfica permitiu à dupla apostar na produção caseira de noodles em escala.  Arnaldo CellaniMiso ramen No Campo Pequeno, mantêm-se as duas entradas apenas: uma c
José Avillez e Vasco Coelho Santos organizam jantares para ajudar as vítimas de Valência

José Avillez e Vasco Coelho Santos organizam jantares para ajudar as vítimas de Valência

Quase um mês depois da tragédia, em Valência a vida ainda não retomou a normalidade – e vai demorar. Os últimos números oficiais apontam para 89 desaparecidos e 225 vítimas mortais. Por todo o lado, multiplicaram-se as acções de solidariedade, que chegam agora também da cozinha pelas mãos de vários chefs em todo o mundo. No Maré, José Avillez vai cozinhar um menu especial com mais cinco chefs. E no Hilton Porto Gaia, Vasco Coelho Santos chamou mais nove chefs para o jantar solidário. Os lucros dos jantares revertem directamente para as vítimas das cheias.  O primeiro encontro acontece no Porto, no dia 6 de Dezembro, coordenado pelo chef do estrelado Euskalduna. Vasco Coelho Santos partilhará a cozinha com Marco Gomes (Oficina), Rafaela Louzada (Time Out Market Porto), Lídia Brás (Stramuntana), António Queiroz Pinto (Taberna Lura), Aurora Goy (Apego), João Pupo Lameiras (RO), Renata Coelho (Adega São Nicolau), Ilídio Barbosa (Hilton Porto Gaia) e Bruno Rocha (ex-Bairro Alto Hotel e hoje na empresa de gestão hoteleira Highgate Portugal). Marcado para as 19.30, o jantar terá o preço de 95€ e terá apenas 110 “bilhetes” disponíveis.  Já a sul, o jantar solidário acontece uma semana depois, a 13 de Dezembro, no restaurante de José Avillez no Guincho. O chef chamou para a iniciativa Marlene Vieira (Marlene), Henrique Sá Pessoa (Alma), João Sá (Sála), Noélia Jerónimo (Noélia) e Tiago Penão (Kappo).  DR “Fomos contactados pelos chefs espanhóis que lideram a iniciativa – Ricard Camar
La Liste: no ranking dos rankings, Portugal tem dez restaurantes em destaque

La Liste: no ranking dos rankings, Portugal tem dez restaurantes em destaque

Portugal continua a somar e a seguir, provando que o La Liste não errou no ano passado quando nomeou Portugal como o “novo destino campeão” na gastronomia. Depois da primeira gala exclusiva do Guia Michelin, do anúncio da chegada do Guia Repsol e de uma premiação única nos The Best Chef Awards, Portugal surge agora com dez restaurantes no La Liste, que nomeia os melhores mil restaurantes do mundo, com base na compilação de milhares de publicações, centenas de guias e milhões de avaliações online. O Antiqvvm, restaurante de Vítor Matos no Porto que recebeu este ano a segunda estrela, é a novidade, enquanto o Ocean, no Vila Vita Parc, em Porches, é o melhor pontuado entre os representantes portugueses. Mantêm-se entre os melhores do mundo – e por esta ordem: o Vila Joya (duas estrelas), de Dieter Koschina, em Albufeira; o Belcanto (duas estrelas), de José Avillez; o The Yeatman (duas estrelas), de Ricardo Costa, em Vila Nova de Gaia; o Feitoria (uma estrela), de André Cruz, em Lisboa; a Fortaleza do Guincho (uma estrela), de Gil Fernandes, em Cascais; o Alma, de Henrique Sá Pessoa, também em Lisboa; a Casa de Chá da Boa Nova (duas estrelas), do chef Rui Paula, em Leça da Palmeira; e o Il Gallo d'Oro (duas estrelas), de Benoît Sinthon, no Funchal.  Criada em França em 2015, a La Liste nasceu pelas mãos do então ministro dos Negócios Estrangeiros Laurent Fabius como resposta ao The World's 50 Best Restaurants, onde os restaurantes franceses não apareciam tanto como o país esperav
Cai neve no Lumen Hotel (e também há videomapping natalício)

Cai neve no Lumen Hotel (e também há videomapping natalício)

Quando abriu já se anunciava como o primeiro hotel do país, e um dos poucos no mundo, com espectáculos diários de videomapping – está no nome e tudo (Lumen Hotel & The Lisbon Light Show). Agora, até ao início de Janeiro, também há neve a cair no terraço interior do hotel a acompanhar o espectáculo especial de Natal, inspirado nos universos do Quebra-Nozes e da Fábrica de Natal.  SALVADOR COLACO A exibição já começou há uns dias e prolonga-se até 2025, mantendo-se ainda nos primeiros dias de Janeiro. Os primeiros flocos de neve começam a cair às 19.30, hora em que arranca o espectáculo. Já às 20.00, é tempo de apreciar o The Lisbon Ligh Show, o espetáculo diário residente. Às 20.30, repete-se o videomapping. Já a neve, cai em todos as sessões porque o Inverno parece tardar chegar a Lisboa, mas não a Picoas. A boa notícia é que estes pequenos espectáculos, produzidos pela Vortice Dance Company, não se destinam apenas a hóspedes, mas também a clientes do restaurante Clorofila, que para esta época preparou menus de grupo especiais, com opções a partir dos 35€ (entrada, prato e sobremesa). O mínimo definido por grupo está nas dez pessoas (ou 20 se a escolha for por um jantar buffet) e o máximo permitido são 120.  DR E quer saber a melhor? Nas mesmas paredes onde acontece o videomapping, é possível pedir uma exibição personalizada com vídeos ou fotografias. 🎄Milagre de Natal – uma festa com TUDO à discrição 🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, no Instagram e