Não tem papas na língua – mal estaríamos se a editora de Comer & Beber da Time Out Lisboa tivesse. Como poderia, então, provar o melhor que se cozinha por esta cidade fora? Dos pratos tradicionais ao fine dining, de junk food a entranhas, ela papa tudo menos grupos. Papa festivais, papa concertos, papa peças de teatro e tudo o que mexe com a cidade. Conhece Lisboa inteira, periferia incluída, dando-lhe espaço, dando-lhe voz, batendo o pé contra muros e falsas fronteiras. 

Cláudia Lima Carvalho

Cláudia Lima Carvalho

Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa

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The best things to do in the Algarve in 2025

The best things to do in the Algarve in 2025

What an incredible country Portugal is. The cities of Lisbon and Porto get most of the attention, but sun-worshippers have been flocking to the magical Algarve forever. What are they looking for? Everything the Algarve has to offer, namely fantastic food, natural wonders, golden beaches and some of the most quaint fishing villages anyone could hope to discover. Base yourself in Albufeira: a stunning mixture of the above and the perfect base for discovering everything the region offers. The best things to do in the Algarve run a marvellous gauntlet, with the serenity of the sea nestled up to some of the most exciting nights out in Portugal. No matter your desires, they will be sated here. 📍 Discover our essential guide to Portugal Cláudia Lima Carvalho is an editor at Time Out Lisbon. At Time Out, all of our travel guides are written by local writers who know their cities inside out. For more about how we curate, see our editorial guidelines. This guide includes affiliate links, which have no influence on our editorial content. For more information, see our affiliate guidelines. 
15 restaurantes para dançar em Lisboa

15 restaurantes para dançar em Lisboa

Escolher um sítio para jantar é, geralmente, muito fácil. Difícil costuma ser decidir para onde seguir a noite. Nada tema. A Time Out dá conta da tendência que nos vem facilitar a vida. Um dois em um. O que não falta agora são restaurantes com alma de bar (ou até discoteca) para todos os gostos. Dá para jantar, beber um copo (ou dois, ou três) e deixar-se ficar para dançar noite dentro. Marque mesa num destes restaurantes para dançar em Lisboa e comece e acabe a noite no mesmo sítio. Sempre em bom. Recomendado: Restaurantes abertos até tarde em Lisboa
Restaurantes abertos até tarde em Lisboa

Restaurantes abertos até tarde em Lisboa

Lisboa nunca teve a vida gastronómica que tem actualmente, mas ainda assim quando se trata de comer fora de horas as escolhas reduzem-se radicalmente. Não há assim tantos restaurantes abertos até tarde em Lisboa e é normal. Felizmente, ainda há uns quantos onde é possível reservar mesa depois das 22.00, hora em que começam habitualmente as negas. O Galeto, no Saldanha, é um clássico que dispensa apresentações (e onde tantas vezes se encontram aqueles que trabalham na restauração a comer quando os seus sítios já fecharam), mas há mais nesta lista de restaurantes abertos até tarde em Lisboa, de cozinha de autor a pizzas e hambúrgueres. Recomendado: Os melhores restaurantes baratos em Lisboa
O melhor da agenda na gastronomia

O melhor da agenda na gastronomia

Somos adeptos de boas mesas, mas somos sobretudo a favor de bons encontros, fartos e bem regados. As novidades gastronómicas multiplicam-se e, para que não perca pitada, organizamos-lhe a agenda. Foodies, gastrónomos, chefs, restaurateurs e todos aqueles a quem a gastronomia interessa, eis os eventos a não perder. Festivais de talento, mercados de vinhos, debates de ideias, jantares a várias mãos, festas que celebram a diversidade de sabores e prémios para o que de melhor se faz por cá. É o maravilhoso mundo da gastronomia portuguesa em eventos a acontecer nas próximas semanas. Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
Os melhores restaurantes mexicanos em Lisboa

Os melhores restaurantes mexicanos em Lisboa

No país dos tacos, aguachiles ou tequilas, tudo sabe melhor quando acompanhado por uma margarita (ou um cocktail com mezcal), até por causa do nível de picante (não aconselhado a bocas mais sensíveis) – atenção às malaguetas assinaladas nas cartas, que não estão lá para enganar ninguém. As maiores influências desta cozinha vêm dos povos pré-colombianos e dos costumes dos colonizadores espanhóis, mas os pratos típicos variam consoante a zona (a partir da cozinha mexicana surgiu, entretanto, a tex-mex, que reúne os sabores do estado do Texas, nos Estados Unidos, com o México). A base da cozinha mexicana tradicional é o milho – daí que não seja fácil fugir às tortilhas, que acompanham quase todas as refeições –, o feijão e a pimenta. Prove os tacos, o chili com carne ou as enchiladas nestes restaurantes mexicanos em Lisboa.  Recomendado: Os melhores brunches em Lisboa
20 restaurantes no Bairro Alto para qualquer ocasião

20 restaurantes no Bairro Alto para qualquer ocasião

À primeira vista, o que não faltam são restaurantes no Bairro Alto, grande parte com mesas concorridas e cheias de vida. Um olhar mais atento – e crítico até –, revela, porém, que muitos não passam de armadilhas para turista. Ora têm sardinhas o ano inteiro, ora enchem o menu de paellas. Mas é possível ser feliz à mesa no Bairro Alto. Nas ruas mais boémias da cidade há mais do isso e bares com promoções a mojitos gigantes ou ofertas de shots. O bairro tem vindo a revitalizar-se e há restaurantes a dar-lhe novo fôlego. Da cozinha de autor de chefs como Ljubomir Stanisic, André Lança Cordeiro, Kiko Martins ou mais recentemente Guram Baghdoshvili, aos restaurantes tradicionais de boa comida portuguesa, mais as muitas paragens pelo mundo, é possível comer bem nestes 20 restaurantes no Bairro Alto.  Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa
Os melhores novos brunches em Lisboa

Os melhores novos brunches em Lisboa

Adivinha quem voltou? Não é que a moda tivesse alguma vez desaparecido, mas nos últimos tempos temos assistido à multiplicação de brunches nas suas variadas formas. São cada vez mais uma refeição para toda a hora e longe vão os tempos em que se resumiam a ovos e panquecas. Demos a volta ao mundo à volta da mesa do pequeno-almoço e estes foram os novos brunches em Lisboa que descobrimos. Dos lugares mais instagramáveis a pequenos segredos – ainda –, há uma dezena de novidades na cidade. O ideal, é escolher e reservar mesa. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa
Os melhores restaurantes em Lisboa com sala privada

Os melhores restaurantes em Lisboa com sala privada

Longe da vista, mas com o serviço igual ou até à medida. Nestes restaurantes em Lisboa, há salas privadas ideais para encontros mais intimistas ou festas que queremos partilhar só com os nossos. É nas salas mais privadas de Lisboa que as famílias se podem reunir à hora de almoço, que se podem fechar negócios ou chamar os amigos para jantares mais ou menos ruidosos, com conversas mais ou menos delicadas sobre a vida. Abrimos-lhe as portas mais exclusivas dos restaurantes lisboetas e mostramos-lhe onde pode marcar mesa para refeições mais discretas, sempre bem regadas e com boa comida. Recomendado: Os melhores sítios para jantares de grupo em Lisboa
The 19 best pizzas in the world

The 19 best pizzas in the world

Everyone knows what great pizza means to them. It could have a paper-thin, crispy base or one so doughy it’s comparable to a pillow; it could be an abundance of vegetables and cured meats or simply a great, classic margherita (for the purists). Some of us even crave a bit of pizza-induced controversy (fans of a white base or those who opt for a pineapple topping, we’re looking at you).  But no matter your preference, whether it’s socially acceptable or totally unhinged to everybody else, you’ll find your perfect pizza pie somewhere in the world, and somewhere on this list, too. That’s because we’ve asked our travel writers and international editorial staff about their absolute favourite spots for when they’re craving a pizza, from Cape Town to Lisbon, Buenos Aires to Miami. We hope you’re hungry – don your napkin and read on for the world’s very best pizzas.  RECOMMENDED:🥪The best sandwiches in the world🥩The best steaks in the world🍝The best cities in the world for food This list was edited by Liv Kelly, a writer for Time Out Travel. At Time Out, all of our travel guides are written by local writers who know their cities inside out. For more about how we curate, see our editorial guidelines.
Os melhores brunches em Lisboa

Os melhores brunches em Lisboa

Não são moda de agora – ainda nos lembramos de ver mimosas e mesas fartas em séries como O Sexo e a Cidade –, mas continuam a ser uma tendência em Lisboa. Um maravilhoso mundo de possibilidades que tanto serve de pequeno-almoço reforçado como almoço ou refeição para qualquer hora. Se começaram por ser uma opção de fim-de-semana, são cada vez mais os sítios com cartas para qualquer dia, afinal um prato de ovos ou panquecas sabe sempre bem. Mas nem só disso se faz o brunch. À carta ou em menus faustosos, são cada vez mais e melhores os brunches em Lisboa, alguns até com dedo de chef.  Recomendado: O melhor da agenda na gastronomia  
20 restaurantes abertos ao domingo em Lisboa

20 restaurantes abertos ao domingo em Lisboa

É, de forma muito justa, o dia habitual de descanso de muitos negócios na restauração – afinal, todos merecem uma pausa digna. Ainda assim, são muitos os restaurantes abertos ao domingo (grande parte destes que lhe apontamos também estão à segunda-feira). Apontamos 20, mas podiam ser mais – e talvez venham a ser. Queremos, por agora, que não se afunde numa lista interminável. Dos brunches às mariscadas, da comida do mundo à tradicional portuguesa, há muito por onde escolher. O ideal, porém, é que faça reserva porque já foi mais fácil conseguir uma mesa na cidade. Eis 20 restaurantes abertos ao domingo em Lisboa.  Recomendado: Os melhores balcões em Lisboa
Restaurantes com estrela Michelin que valem a viagem

Restaurantes com estrela Michelin que valem a viagem

Viajamos para conhecer determinada cidade e os seus museus e monumentos, para nos deitarmos em praias paradisíacas ou esquiar e abraçar o frio. Mas cada vez mais viajamos também para comer, para conhecer novos restaurantes e chefs. Comece já o pé de meia e organize uma escapadinha gastronómica em Portugal. É possível também conhecer mais do país e das suas pessoas à mesa. Descubra o que move cada chef na sua cozinha e prepare-se para uma refeição inesquecível e, por vezes, também irrepetível. Vá por nós, estas 12 mesas são imperdíveis e justificam cada quilómetro. Recomendado: Roteiro pelos restaurantes com estrela Michelin em Portugal

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Chefs On Fire

Chefs On Fire

O festival gastronómico dedicado à cozinha de fogo regressa à Fiartil, no Estoril, novamente para três dias de boa comida e concertos. Depois de Gonçalo Castel-Branco, o seu fundador, ter decidido apostar num dia extra no ano passado, o Chefs on Fire volta acontecer em dose tripla, de 20 a 22 de Setembro. Entre os chefs anunciados, destacam-se no cartaz aqueles que este ano brilharam na gala do Guia Michelin: Vítor Matos, que conquistou duas estrelas Michelin para o Antiqvvm e uma para o 2Monkeys; João Sá (uma estrela no Sála) e Rodrigo Castelo (uma estrela e estrela verde no Ó Balcão). Com uma estrela Michelin, estão também confirmados Luís Brito (A Ver Tavira), Arnaldo Azevedo (Vila Foz) e Pedro Pena Bastos (Cura) – os três em estreia no festival onde todos os pratos preparados têm de passar pelo fogo. Capitão Fausto, Bárbara Tinoco e RIOT B2B Pedro da Linha são os cabeças de cartaz, encerrando, respectivamente, os três dias de evento. Bilhetes: quanto custam e onde comprar A entrada diária, que inclui cinco doses de comida e duas bebidas, tem o preço de 90€, enquanto bilhete para os três dias, com 15 doses de comida e 10 bebidas, custa 230€. O bilhete infantil custa 20€ por dia e inclui quatro doses de comida e bebidas ilimitadas na zona kids. Os bilhetes estão à venda online. Crianças até aos seis anos não pagam entrada. Quem cozinha o quê e quando Sexta-feira, dia 20 Mauricio Vale (Soi) Flatbread negro com leitão vietnamita e pickles de mexilhão fumado Luis Gaspar (Bri

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Rosa Stanisic, mãe de Ljubomir, reforma-se, mas não sem uma menu à altura no Bistro 100 Maneiras

Rosa Stanisic, mãe de Ljubomir, reforma-se, mas não sem uma menu à altura no Bistro 100 Maneiras

Sem Rosa Stanisic não teríamos Ljubomir Stanisic. A constatação parece óbvia, mas falamos também de Ljubomir Stanisic, o chef que hoje conhecemos. Foi a mãe quem lhe passou o gosto pela cozinha e é com a mãe que Ljubomir tem trabalhado nos últimos 20 anos. O tempo de descansar, porém, chegou. “Mas não sem antes celebrarmos tudo o que nos deu”, anuncia-se, em comunicado. Na próxima semana, de 1 a 6 de Abril, no Bistro 100 Maneiras, “reúnem-se alguns dos seus pratos mais icónicos e cocktails exclusivos de homenagem para um adeus à altura da Mamma”. É Ljubomir Stanisic a cara dos seus restaurantes, mas o chef nunca escondeu a equipa que o acompanha e, muito menos, a sua história. No 100 Maneiras, o menu de degustação, começa precisamente com uma menção à sua mãe e ao seu Pão Rosa. No Bistro, alguns dos pratos mais afamados a Rosa se devem, como o burek, o cabrito ou o goulash. “Tornou-se a ‘Mamma’ do 100 Maneiras. Uma presença forte, mas amorosa, respeitada e querida por todos os que alguma vez fizeram parte desta família”, lê-se na nota, que dá conta do menu especial criado para este momento. Fabrice DemoulinCabrito da Mamma “Trazemos para o menu do Bistro algumas das criações mais icónicas que assinou ao longo dos anos: burek de queijo e espinafres [13€], ćevapi [carne picada grelhada em pão somun, 18€], sarma [couve fermentada recheada com carne picada, 18€], kadum butic [fígados de porco, aves e vitela, 8€], goulash [guisado de carnes e especiarias, 24€], o cabrito da Mamm
“Um espaço de alegria.” Em Belém, junto ao rio, o Bonança é um restaurante imponente

“Um espaço de alegria.” Em Belém, junto ao rio, o Bonança é um restaurante imponente

Na Doca de Belém, na mais antiga associação náutica da Península Ibérica, abriu o Bonança, imponente e bonito, depois de um grande investimento de diferentes sócios, nem todos ligados à restauração, que viram ali a oportunidade de criar um “espaço de alegria” e de “trazer mais vida à beira-rio”. O majestoso mural que abraça a sala, pintado em 1940 e que retrata o cortejo da embaixada de D. Manuel ao Papa Leão X em 1514, agora recuperado, serve de mote. É a viagem de Vasco da Gama à Índia que é celebrada na cozinha, embora de forma subtil. À noite, aos fins-de-semana, há ainda espaço para dançar. “Não podemos fugir ao facto de termos um mural lindo e também ele estar ligado a essa história”, começa por dizer Salvador Sobral, o sócio mais presente no restaurante. “Nós olhamos pela janela e somos invadidos pela viagem: os Jerónimos, o Padrão dos Descobrimentos, a Torre Belém... E depois o nosso mural aqui dentro, que tem muito interesse para nós e que nos vem a ajudar a construir esta história”, justifica. “Quando o recuperámos ganhou uma dimensão, uma vida, que não tinha.” Rita Chantre No edifício da Associação Naval de Lisboa, é impossível ficar indiferente à pintura, recuperada pelo WOA – Way of Arts. Pode comer-se logo ali, mas há mais mesas no piso em cima, sem que se perca a vista para o mural – o pé direito tem cerca de dez metros e ao todo há 150 lugares (sem contar com a esplanada que já existe, mas ainda não está a funcionar). Em cima, na verdade, ganha-se também a v
Fãs de cabidela, eis a agenda dos jantares onde o prato é rei

Fãs de cabidela, eis a agenda dos jantares onde o prato é rei

Pela ordem!, proclama-se em uníssono, depois de um grande repasto à volta de uma cabidela e das suas variadas interpretações, de copo de mão e em comunhão. Tem sido assim desde 2016, quando Paulo Amado, director das Edições do Gosto, criou a Ordem da Cabidela como forma de celebrar este prato tradicional, e assim continuará este ano com mais seis jantares especiais em que vários chefs partilham a cozinha para daí nascer um menu único. Alexandre Silva dá o tiro de partida no Emme, o restaurante do Immerso Hotel Ericeira. Marcado para o dia 3 de Abril, Alexandre Silva (com uma estrela no LOCO) receberá na Ericeira, onde faz consultadoria, Noélia Jerónimo, do Noélia, em Tavira, Bernardo Agrela, que criou o projecto Frangos do Além, e Joana Guimarães, da Terço do Meio – Sourdough Bakery & Café, na Ericeira, além de João Silva, o chef residente do Emme. O menu andará todo à volta deste prato tradicional, não tendo necessariamente de meter arroz e sangue em tudo. Na verdade, destacam-se habitualmente diversas interpretações de uma cabidela, pratos vegetarianos incluídos.  O menu (80€, com bebidas) é revelado dias antes do jantar e todos aqueles que participarem tornar-se-ão Cavaleiros da Ordem da Cabidela, depois de um simples ritual de entronização em que recebem uma pena prateada num colar vermelho. “A Ordem da Cabidela é uma celebração da gastronomia. Já somos mais de um milhar de pessoas a aceitar a cabidela como metáfora e a participar nestes momentos únicos, onde diferentes c
Pela primeira vez na chefia, Fábio Pereira está no Bairro Alto Hotel para continuar o legado

Pela primeira vez na chefia, Fábio Pereira está no Bairro Alto Hotel para continuar o legado

Depois de oito anos no Ritz Four Seasons como sous-chef e sous-chef executivo de Pascal Meynard, Fábio Pereira aterrou no Bairro Alto Hotel, onde está há seis meses, pela primeira vez como “número um”, como diz à Time Out, humildemente. “Sempre quis ser o número um, trabalhei para isso e este era um projecto com um legado bastante interessante”, acrescenta, referindo-se a Nuno Mendes e Bruno Rocha, a dupla que abriu o BAHR em 2019 e rapidamente o pôs nas bocas do mundo. Cinco anos depois, é o chef minhoto quem comanda a cozinha – com vontade de deixar o seu cunho, sem querer cortar com o passado. “A ideia é dar continuidade à excelência. É natural. Há que dar valor ao que foi feito, pegar nesse passado e transformá-lo com um cunho pessoal”, defende Fábio Pereira, depois de mais um serviço de almoço, onde de segunda a sexta-feira serve um menu executivo (35€, entrada, prato e sobremesa, água e café) de cariz mais tradicional, com pratos como massada de peixe ou arroz de forno de pato e laranja. “A minha família é uma família de tradições. Os meus avós faziam milho, faziam a matança, as vindimas, e era à mesa que nos reuníamos depois desses trabalhos árduos, que partilhávamos a refeição, conversávamos. São esses sabores que ficam na mente”, conta. “Ao almoço, coloco bastante o cunho tradicional. Já tivemos arroz de cabrito, a minha avó fazia bastante. O bacalhau também é muito lá de cima, seja frito, seja grelhado”, acrescenta, explicando que as sugestões, de apresentação mais
O brunch do Heim ganhou uma segunda casa, agora junto ao Parque Eduardo VII

O brunch do Heim ganhou uma segunda casa, agora junto ao Parque Eduardo VII

Estávamos em 2017 quando o casal Hanna e Misha Lytvynenko abriam o Heim em Santos, numa zona onde pouco acontecia, com uma carta de brunch para todo o dia. Por esta altura, a moda dos pequenos-almoços combinados com almoços ainda não tinha pegado, mas não tardava. Em pouco tempo, o café rapidamente se revelou pequeno para a grande procura e ao Heim seguir-se-iam novos negócios e conceitos na cidade. Oito anos depois, esse mesmo Heim está fechado para obras e um novo nasceu, bem pertinho do Parque Eduardo VII.  Rita Chantre Continua a não ser muito grande, mas tem uma nova imagem, mais actualizada. Junto à Rua Castilho, é luminoso e acolhedor. “O Heim foi o primeiro [negócio a abrir] e a Hanna e o Misha acharam que seria interessante trazer uma nova identidade visual, uma nova proposta para o menu, mas ainda assim mantendo a essência”, conta Vinicius Alves, director de marketing e relações públicas do grupo Neptune, que além do Heim, detém o Seagull Method e o Pomme Eatery, no Príncipe Real, e o Kefi Bistro, na Estrela. “Esse desejo vem justamente deixar as marcas do Neptune mais harmónicas”, acrescenta. As filas à porta do Heim, em Santos, mesmo depois de tanto tempo, levaram a que o casal ucraniano começasse a pensar na possibilidade de duplicar a marca. Encontrar uma nova morada e fechar a antiga para obras acabou, porém, por ser uma coincidência. “Eles já tinham a intenção de fazer as obras em Santos”, diz Vinicius, revelando que foi a descoberta do novo espaço que acabo
Em Portugal, 70 restaurantes vão receber as distinções máximas do maior guia espanhol

Em Portugal, 70 restaurantes vão receber as distinções máximas do maior guia espanhol

Ao contrário do que costuma acontecer com grande parte das cerimónias de entrega dos prémios, quando a 7 de Abril acontecer a primeira gala do Guia Repsol Portugal, em Santarém, os chefs e os restaurantes distinguidos saberão exactamente o que vão receber. Por agora, já se sabe que serão 70 os restaurantes premiados com um, dois e três sóis (as distinções máximas). Haverá ainda quatro restaurantes a receber o sol sustentável, pelo seu compromisso com a sustentabilidade. Os números foram avançados oficialmente nesta quinta-feira e já tinham sido partilhados por alto com alguns chefs portugueses que participaram na gala espanhola, que aconteceu segunda-feira em Tenerife. “O facto de as pessoas saberem antes se vão ou não receber alguma coisa torna o ambiente mais leve. Eu achei a gala de Espanha muito divertida, adorei”, reage à Time Out Marlene Vieira, ressalvando, de forma descontraída, que em Portugal “não nos podemos contentar com pouco”. Carlos Teixeira, chef da Herdade do Esporão, restaurante com uma estrela Michelin e uma estrela verde, considera já positivo que nesta primeira cerimónia de entrega dos sóis não fiquem por dar os três sóis. “Acho que isso é bastante interessante”, aponta.  JUAN CARLOS TOROEmanuel Campos, da Câmara Municipal de Santarém; Chef Carlos Teixeira, Herdade do Esporão; João Leite, Presidente da Câmara Municipal de Santarém; Chef Marlene Vieira, Marlene; Chef Henrique Sá Pessoa, Alma; Pedro Beato, vice-presidente Entidade Regional de Turismo do Al
O Kappo entra em obras “para subir de nível” e o Izakaya abre em Lisboa ainda este ano

O Kappo entra em obras “para subir de nível” e o Izakaya abre em Lisboa ainda este ano

2025 promete ser um ano agitado e com muitas novidades para Tiago Penão, chef do Kappo e do Izakaya, ambos em Cascais. No restaurante onde se dedica à alta cozinha japonesa, sábado, dia 24, será o último serviço. Depois disso, o Kappo entrará em obras de renovação ou transformação, já que à Time Out o chef revela que será uma “lavagem de cara a 100%”. “Vai ficar completamente diferente”, revela. Já o Izakaya, mais descontraído, um sucesso desde que abriu em 2022, vai chegar a Lisboa. A segunda morada do restaurante abrirá no Príncipe Real até ao final deste ano. Foi nesta terça-feira, na página de Instagram do Kappo, que o fecho temporário foi anunciado. “Dia 24 de Março fechamos para remodelação durante 6 semanas, voltando com muitas novidades. Quatro anos após a nossa abertura, vamos inovar e apostar em entregar um conforto ainda maior aos nossos clientes, continuando a colocar o Kappo na vanguarda da qualidade e como uma referência da gastronomia japonesa no nosso país”, lê-se na publicação.  À Time Out, Tiago Penão explicou: “O conceito vai mudar todo, vai ficar só o balcão, ou seja, vamos fazer só 12 lugares e ter dois serviços por noite, um às 19.00 e outro às 21.30, e as 12 pessoas sentam-se ao mesmo tempo e o menu é feito para toda a gente”. Além disso, conta o chef, o restaurante, que terá também uma cozinha nova, passará a funcionar apenas com menu de degustação. “Agora ainda tínhamos algumas opções à carta, mas vai deixar de acontecer”, diz. O projecto de arquitect
João Rodrigues volta a viajar pelo país e desta vez conta com chefs internacionais

João Rodrigues volta a viajar pelo país e desta vez conta com chefs internacionais

É a segunda temporada do Residência e arranja já em Abril, nos 5 e 6, no Alentejo. Depois de ter percorrido o país em 2023 para cozinhar nos vários distritos, enquanto dava a conhecer também os seus produtores e tradições, João Rodrigues está de regresso à estrada para uma nova Residência. Nesta nova vida, ou temporada como lhe chamam nas suas páginas nas redes, o objectivo é contar sempre com a participação de chefs estrangeiros. A brasileira Manu Buffara, do Manu, em Curitiba, e o turco Maksut Askar, do Neolokal, em Istambul, são os primeiros a participar. A notícia é avançada pelo Público, que escreve que em vez de fazer de sítios inusitados o espaço das refeições, João Rodrigues vai antes ocupar restaurantes locais. No caso do Alentejo, a Residência arranca no Sublime Comporta, onde o chef abriu o Canalha (com o grupo de restauração Paradigma) para a época do Verão, e juntará na cozinha Rodrigues, Buffara e Askar. O jantar tem o preço de 150€, escreve a mesma publicação. À semelhança do que já acontecia, antes do repasto, há visitas a produtores locais. No caso, passarão pela Herdade do Freixo do Meio, em Montemor-o-Novo, A Cerquinha, em Grândola, ou o Avô Quim, em Melides.  Já no dia 6, João Rodrigues estará no Páteo Real, em Alter do Chão, onde fará um menu (70€), assente na gastronomia tradicional alentejana, a meias com o anfitrião Filipe Ramalho.  Lisboa será a região seguinte, já com datas marcadas: 14 e 15 de Junho, na ressaca do Santo António, altura em que a cida
Em Santos, atrás dos clássicos da gastronomia, o Duro ambiciona tornar-se uma referência

Em Santos, atrás dos clássicos da gastronomia, o Duro ambiciona tornar-se uma referência

Não foram precisos muitos dias para o Duro ganhar o rebuliço habitual de um restaurante com vida. À hora do almoço, há movimento, sentem-se as pessoas à mesa e ouve-se o burburinho de uma casa feita. “Esta está para ser a próxima grande zona de Lisboa”, afiança Francisco Nobre, um dos sócios do grupo Attifood, que conta no portfólio com a Cervejaria Sem Vergonha e o Yuppie, ambos em Lisboa, além do Vivant, no Algarve – há ainda o Descarado, que fechou nas Docas, mas que há-de abrir noutra localização. O Duro é a mais recente aposta, fruto da aprendizagem de anos na restauração. “É um conceito mais premium, que recupera a simplicidade dos clássicos”, resume o responsável.  Por clássicos Francisco Nobre refere-se a pratos sem grandes máscaras ou invenções. À cozinha, nas mãos de Sandro Farinho, foi dada liberdade, com a condição de não se inventar demasiado. “A linha central é uma recuperação dos clássicos com uma inspiração moderna, obviamente, mas sem fugir muito ao que era a cozinha tradicional portuguesa, focada na matéria-prima, na qualidade do produto e na sustentabilidade dos nossos fornecedores”, explica. Gabriell Vieira É daí que nasce a ideia de se ter logo junto ao balcão uma montra com peixe e marisco. “Queremos mostrar aos nossos clientes a frescura e a variedade que existe diariamente. Estamos a trabalhar com produto fresco diário e a ideia é também que o cliente possa escolher o que comer”, continua. Do lavagante ao lagostim, da gamba da costa aos ouriços ou ao
A Jezzus é uma pizzaria, mas na nova morada é também uma padaria e pastelaria

A Jezzus é uma pizzaria, mas na nova morada é também uma padaria e pastelaria

Desde que abriu em 2023 nos Anjos que a Jezzus anunciava nos seus toldos cor-de-rosa “Pizza, bread and wine”. A pizza e o vinho nunca faltaram, mas o pão não era ainda uma vertente do negócio. “Algumas pessoas perguntavam-nos: onde está o pão? E nós explicávamos que o pão era a pizza em si.” Até agora. Dois anos depois, a Jezzus ganhou uma segunda casa, que abre logo pela manhã com pão fresco e padaria. Fica na Rua de Santa Marta, junto à Avenida da Liberdade.  Rita Chantre É, aliás, a montra do pão, dos croissants, dos cinnamon rolls e dos cruffins que chama logo à atenção. Alinhados estrategicamente, não há um que não seja vistoso. É tudo feito ali com uma atenção redobrada à escolha dos produtos. “Quisemos criar aqui algumas referências e coisas novas também”, começa por dizer Diogo Jesus, sócio do grupo de restauração familiar Alfredo Jesus, que além da Jezzus gere outros negócios na cidade, como a Leitaria Lisboa ou a marisqueira Verde Mar. “Nós tínhamos este espaço, que estava fechado desde o Covid, e achámos que seria oportuno abrir aqui, depois do conceito estar todo consolidado na outra loja – o que ainda demorou um bocado”, continua. “Agora que está tudo mais afinado, já podemos abrir aqui e a ideia desde o início era ter a parte de padaria. Depois pensámos porque não ter a também pastelaria. Se temos uma mini fábrica de pão, também podemos ter de pastelaria.” Rita Chantre O objectivo, contudo, sempre foi fugir à oferta tradicional, conta o responsável. “Estamos
Festival do chocolate em Óbidos traz o revolucionário chef espanhol Jordi Roca para uma masterclass

Festival do chocolate em Óbidos traz o revolucionário chef espanhol Jordi Roca para uma masterclass

Uma caravela de chocolate, cocktails com chocolate, fósseis de chocolate… tudo isto parece um sonho, mas vai ser a realidade para a vila de Óbidos, de 21 de Março a 6 de Abril. O festival mais guloso de Portugal volta para a sua 22.ª edição e quer mostrar como é possível juntar a inovação à gulosice. Com mais de 90 chefs nacionais e internacionais e 85 toneladas de chocolate, o Festival Internacional de Chocolate de Óbidos arranca já dia 21 com todo o tipo de actividades. DRJordi Roca Um dos grandes destaques é logo no dia da inauguração do festival, às 18.30, e é uma masterclass do chef espanhol Jordi Roca, do restaurante revolucionário El Celler de Can Roca, em Girona. Com três estrelas Michelin e uma estrela verde, Roca vai a Óbidos apresentar a sua inovadora linha de perfumes imersiva que tiram inspiração das suas confecções, mas também vai fazer das suas enquanto fala do seu trabalho. Em destaque está também outro famoso chefe, mas desta vez, original de São Tomé e Príncipe, de onde traz o seu cacau – João Carlos Silva. Alguns podem reconhecê-lo do antigo programa da RTP “Na Roça com os Tachos”, mas João Carlos Silva vem ao festival nos dias 5 e 6 de Abril para apresentar uma prova de diferentes pratos “que prepara o palato para a degustação do chocolate”, como se lê no comunicado de apresentação do festival. DRFestival Internacional de Chocolate de Óbidos Para além de caras conhecidas, o Festival Internacional do Chocolate promete 80 horas de showcooking, fósseis de
Hans Neuner e Rui Paula encontram-se nas alturas com Rui Silvestre para um jantar irrepetível

Hans Neuner e Rui Paula encontram-se nas alturas com Rui Silvestre para um jantar irrepetível

Um jantar, três chefs, cinco estrelas Michelin. Um ano depois de ter chegado ao Fifty Seconds, vindo do Vistas, no Algarve, Rui Silvestre prepara-se para ser o anfitrião de uma noite que se antecipa especial, desde logo por contar com dois nomes grandes da gastronomia nacional, ambos com duas estrelas Michelin nos seus restaurantes: Hans Neuner no Ocean, em Porches, no Algarve, e Rui Paula a norte, na Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira. Será um jantar a seis mãos com 14 momentos a olhar para o mar – nesta noite, a carne não entra. O melhor que o mar tem para nos oferecer é precisamente o ponto de partida deste jantar que traz a Lisboa Hans Neuner e Rui Paula – de referir que em Portugal é difícil apanhar o chef austríaco fora do Ocean. Com uma estrela Michelin, e assumidamente à procura da segunda, Rui Silvestre partilhará a cozinha do Fifty Seconds, no topo da Torre Vasco da Gama, com os dois chefs.  Sapateira, ouriço, lírio, lavagante, atum, carabineiro, polvo e pregado serão alguns dos ingredientes estrela desta noite dedicada ao mar. Não por acaso, os três chefs incidem muito do seu trabalho no peixe e no marisco. Se Rui Silvestre tem vista para o Tejo, Rui Paula e Hans Neuner têm os seus restaurantes virados para o mar. O chef da Casa de Chá da Boa Nova apresentará no Fifty Seconds, por exemplo, um prato em que combina lavagante com ananás dos Açores, enquanto o chef do Ocean fará um carabineiro com kohlrabi e pimenta longa. Já Rui Silvestre, estando em casa, t