Cais na Preguiça
Ana Sousa e Alcina Ló mudaram as suas vidas para concretizar o sonho antigo de abrir um lugar onde alimentar o público — e não só o estômago do público, mas já lá vamos. Desde Janeiro que estão com vista para o Campo das Cebolas (e para as suas obras, naturalemente) no Cais na Preguiça.
A primeira coisa que acontece a quem se senta no restaurante é receber logo um copo de água fresca simples ou aromatizada com os sabores da época, que já começa a fazer calor. Alcina, da área da gestão, e Ana, ex-psicóloga — "uma vez psicóloga, para sempre psicóloga", diz-nos ela — abriram a pequena sala na Rua dos Bacalhoeiros para ser um lugar onde pedir uma série de pratos e petiscar, petiscar, petiscar, demoradamente, com uma preguiça a que a luz baixa convida. Na cozinha, uma cozinheira, Joana Bento, e um músico que se quis dedicar temporariamente aos petiscos, João Barroso, fazem uma salada de rosbife com maionese de alcaparras e queijo da serra, cavalas alimadas, punheta de bacalhau, cuscus de legumes ou sopa de ervilhas com presunto ibérico com cura de 24 meses.
Estiveram um ano a preparar esta carta fixa de petiscos, que vai do 1,5€ aos 14€, durante um ano para ter clássicos como as moelas e outros com um twist como os carapaus alimados com molho de maracujá e algas fritas — quase que umas bolachinhas para acompanhar o peixe. Mas como nem só de umas tapas demoradas a acompanhar uma conversa vive o homem, têm sempre um prato do dia, entre 9€ e 13€, a qualquer hora do dia, assim como os