Os melhores teatros no Rio de Janeiro

A cada passo dado na principal casa de espetáculos do Brasil, algo novo capta o seu olhar. A imponente fachada e os mínimos detalhes de design no interior garantem uma experiência inesquecível – e cheia de bons registros. Ao flanar pelos corredores, pense em quantos grandes artistas já passaram por lá… Maria Callas, Bidu Sayão, Heitor Villa-Lobos e Igor Stravinsky são apenas alguns para começar. A programação é pulsante e ainda dá para fazer um tour guiado pelas as instalações por apenas R$ 20,00 (quem levar um 1kg de alimento não perecível paga meia-entrada). Você talvez dê a sorte de conferir de pertinho um ensaio do coro ou do balé acontecendo em um dos melhores teatros do Rio.

Um teatro criado por artistas de teatro: não tinha como ser melhor. As atrizes Marieta Severo e Andréa Beltrão são sócias nesta elegante empreitada que já dura mais de 15 anos em Botafogo, com uma proposta bem diferente do que se tem pela cidade. Tanto no Poeira, quanto no Poeirinha, as apresentações são intimistas, e o público se sente parte do espetáculo. A curadoria é impecável e traz sempre excelentes opções. E o endereço não poderia ser melhor: nessa parte mais interna de Botafogo não param de abrir boas opções gastronômicas para visitar depois.

Teatro bom e barato em um lugar histórico. A primeira casa de espetáculos do Rio, que abriu suas portas em 1813 na Praça Tiradentes, é enorme e, ainda assim, garante uma boa escuta mesmo para as fileiras mais afastadas. Por sua grandiosidade, virou destino de muitas produções badaladas que renderam filas em espaços menores. Costuma ter desde grandes musicais até solos de sucesso. Cuidado na saída, pois a região, principalmente à noite, pode ser perigosa.  

Aqui a experiência é de primeiro mundo: no subsolo de um shopping bem chique, o VillageMall, voltado para o mercado de luxo, está um dos teatros mais modernos e requintados da cidade, inaugurado em 2013. Os funcionários são bem preparados, as poltronas muito confortáveis, visão e acústica excelentes em toda a plateia, e até a bomboniere é uma delícia. A programação costuma oferecer musicais, stand-up comedy e shows de grandes nomes. Tudo faz deste um dos melhores do Rio. 

Prepare-se para um roteiro diferente: aqui tem muito cabaré, burlesco, pole dance e apresentações drag. Também tem bastante comédia e shows muito bem selecionados. Faz tempo que esse teatro é um centro de resistência carioca. Curtir a noite lá é uma delícia – em todos os sentidos. É que durante as atrações, diretamente da sua mesa, você pode pedir os drinques e quitutes do bar. A atmosfera é noir, a decoração potencializa isso, o palco é uma graça. Uma baita experiência bem no Centro da cidade.  

Dentro do Norte Shopping, um gigantesco complexo de lazer, o teatro é uma boa opção para o fim do passeio, depois das compras e um almoço tardio. A programação? Não foi à toa que o ator Leandro Hassum apelidou o endereço como "Maracanã da comédia": sempre tem muitas e muitas opções de stand-up comedy em cartaz. As instalações poderiam receber uma reforma, mas a visibilidade e a acústica são bem boas. Uma dica: o ar condicionado costuma ficar no talo, então leve um casaquinho mesmo em dias de muito calor.

Um tapete colorido recebe o público e, logo no foyer, antigos cartazes e documentos contam um pouco da história deste local, que se mistura com a da cidade. O teatro nasceu em 1966, como um café, em um Leblon ainda quase desabitado, e hoje virou uma das principais referências no segmento. Por seu tamanho – são quase 1.000 lugares – costuma apresentar muitos musicais, mas há um tempo a pauta está se reinventando com stand-up comedy e solos de sucesso. Uma vantagem: a grande oferta de opções gastronômicas ao redor, para conhecer depois dos espetáculos. 

Sem grandes luxos, é um teatro muito importante para a formação da cena teatral carioca. A pauta é variada, sempre abrindo espaço para novos talentos integrarem a programação junto com artistas mais renomados, e isso vale tanto para as peças quanto para os shows que também acontecem por lá. Pode confiar que a curadoria costuma ser boa e as instalações permitem uma experiência agradável. A pluralidade também se reflete na plateia, e até mesmo as crianças têm vez com os infantis que costumam ficar em cartaz aos fins de semana.

A unidade de Copacabana, que também abriga um hotel, tem projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer. As peças de teatro e os costumeiros shows são realizadas em três locais: na Arena, que confere visão 360º para a apresentação, no mezanino, mais intimista, e na sala multiuso, ótima para experimentações. A curadoria, como em qualquer outro Sesc, garante uma boa escolha, a preços baixos. Costuma ter também espetáculos de dança e exibições de filmes.

As instalações são muito modernas e a arquibancada retrátil faz com que cada atração tenha um formato diferente. Ou seja: em shows, tem bastante espaço para dançar e curtir, enquanto em produções teatrais, o número de lugares sentados chega a mais de 700. A acústica é uma beleza. O centro cultural, um dos poucos da região e um dos melhores do Rio, ainda abriga um cinema de ponta, exposições, café e um terraço bem gostoso para passar o tempo. A programação é bem plural.

No segundo andar do Shopping Cassino Atlântico (com seus antiquários ótimo para matar o tempo antes do espetáculo), a casa com ares de Broadway dá uma sensação de viagem no tempo, com suas cortinas e poltronas vermelhas, funcionários uniformizados e carrinho de pipoca das antigas. As instalações, no entanto, são super modernas, afinal o local é bem novo: abriu suas portas em 2012 onde funcionou durante anos o icônico Teatro Tereza Rachel. Em cartaz, basicamente tem musicais e alguns shows de comédia.

É um espaço multiuso, o que faz das opções em cartaz bem variadas. Ficou reconhecido como um núcleo de experimentação para novos talentos, mas também apresenta espetáculos de grupos mais experientes. A garantia é: tem sempre uma penca de peças em cartaz por lá. Como Copacabana é um excelente destino para praias e restaurantes, vale ficar de olho no que está em cartaz e ter uma experiência intimista, bem próxima do palco (que merecia uma reforma).

A graça é aproveitar o clima meio de café-bar e tomar uma cervejinha durante as apresentações, em sua maioria produzidos por grupos e artistas independentes. A visibilidade em alguns pontos da plateia não é lá das melhores e as instalações são antigas, mas é um lugar pequeno, intimista e descolado, que faz parte da história da cidade. Fique de olho na programação, que tem muitos shows, cabarés e peças de teatro de revista.

A palavra de ordem aqui é modernidade. O centro cultural, que acaba de entrar em uma nova fase, busca atrações que priorizem novas linguagens artísticas. Pode parecer cabeçudo, mas não é. Isso garante uma curadoria diversificada, com espetáculos inéditos, que geram várias reflexões, em cartaz em uma confortável sala de poucos luxos. A prioridade é o que está no palco, por isso, é um dos melhores teatros do Rio. Vale muito chegar mais cedo e fazer uma visita ao Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, antigo Museu das Telecomunicações, e tomar um cafezinho no bistrô, que tem um terraço gostoso.

São três espaços de teatro, ou seja, os frequentadores são dos mais variados estilos. A Grande Sala, belíssima, com suas cadeiras vermelhas e gigantesca abertura de boca de cena, recebe concertos e musicais de grande porte, que muitas vezes só conseguem fazer temporada por lá quando estão na cidade. Isso garante uma programação bem exclusiva para o local. Ainda há o Teatro de Câmara, em semicírculo, que privilegia o som e dispensa o uso de microfones para as apresentações de música erudita. Por fim, na Sala Eletroacústica de apenas 100 lugares, a inspiração vem de Nova York, com stand-up comedy e eventos em que o público pode subir ao palco.

Dentro da antiga sede do Supremo Tribunal Federal na cidade do Rio, que por si só já merece uma visita, o teatro de médio porte, com 150 lugares, conta com instalações impecáveis. Qualquer lugar na plateia ou do balcão vê e ouve bem o que está em cena. Vale ficar de olho na pauta, pois jóias pouco divulgadas costumam se apresentar por lá (outras nem tão boas). Não perca a chance de conferir as exposições que também ficam em cartaz no imponente prédio.

Mais uma casa na cidade que aposta, principalmente, em espetáculos musicais. É que o palco é bem grande, com 280 m². A programação não é lá muito consistente, então vale pesquisar sobre o que está em cartaz. Mas o espaço é belíssimo, as instalações são bem modernas e oferecem boa visibilidade e som para a maior parte das cadeiras. O teatro está dentro de uma galeria, por onde vez ou outra são realizadas intervenções artísticas. Tem café e bar para beber uma coisinha antes ou no intervalo das atrações.

Esta é uma ótima oportunidade para conhecer o lendário Copacabana Palace. Depois de passar quase três décadas fechado, o teatro mais glamuroso do Rio está de volta, com toda a sua pompa e um novo sistema de alta tecnologia de som e acústica. A visita faz voltar no tempo, com vários elementos da história de lá presentes na decoração. Além da plateia com mais de 300 poltronas de veludo, as frisas conferem um ar ainda maior de exclusividade para assistir aos musicais, que, por enquanto, são o único estilo na programação, além dos shows. Nos intervalos, é obrigatório o pulinho no charmoso café, com teto em madeira e detalhes de flores entalhados à mão.

Já imaginou ver um espetáculo no palco que lançou as apresentadoras Xuxa e Angélica para o estrelato? Este é o antigo Teatro Manchete, que ficou fechado durante quase 20 anos, até receber o patrocínio da Prudential e ser completamente renovado. Além dos 359 lugares com visão privilegiada do palco, ainda tem um café com mesas à céu aberto, ao lado de um chafariz, onde também costumam ser apresentadas boas atrações. A curadoria, tanto para show quanto para artes cênicas, é muito boa.

Um dos melhores teatros do Rio é uma jóia escondida no Rio Comprido. O endereço deveria ser mais aproveitado pelos cariocas, não só pelas excelentes instalações, mas pelo espaço onde se encontra. A entrada pelo jardim até o casarão de estilo neoclássico já transporta o público para um enredo teatral. É uma delícia ficar papeando ou fazer um lanchinho da bomboniere (de preços acessíveis) por ali antes da atração. Lá dentro, impressiona a estrutura de iluminação e sonorização, e a plateia aconchegante tem ótima visibilidade. Costumam ter boas peças por lá e a programação de shows também é ótima pedida.

Inaugurado em 1994, o teatro foi criado pela divisão de Cultura da Firjan SESI, representando o desejo da indústria fluminense em contribuir com a arte do estado. Tornou-se um equipamento de referência por sua qualidade técnica e com uma programação que preza pela diversidade e inclusão. Com capacidade para 338 pessoas, acaba de passar por uma reforma que mudou as poltronas para garantir uma experiência ainda mais confortável para os espectadores. Espetáculos teatrais, shows e outros eventos são sempre realizados por lá.

Tradicional endereço na cidade, inaugurado em 1920, o Teatro do Jockey reabriu em 2023 com o nome de Teatro Prio. Com capacidade para 362 espectadores e palco italiano com 60 m², o local conta com curadoria do produtor Caio Bucker e pretende expandir a programação além do teatro. A ideia é também fazer shows com artistas consagrados, além de parcerias com ONGs para fomentar a arte nas periferias da cidade. Na área externa, um lounge com bar abrigará eventos e funcionará como uma extensão do teatro. À frente do negócio está o grupo BonusTrack, dos sócios Luiz Guilherme Niemeyer e Luiz Oscar Niemeyer, com gestão de João Guilherme Magalhães.

Fechada desde 2017, a antiga sala de espetáculos Tom Jobim reabriu como o Hall EcoVilla Ri Happy, um espaço para teatro adulto dentro do complexo da marca, voltado para o público infantojuvenil. Enquanto os pais aproveitam a programação, as crianças podem ficar em um espaço anexo com atividades planejadas simultaneamente às apresentações. 

A falta de equipamentos culturais pelo subúrbio inspirou um grupo de artistas com uma ideia inovadora. Que tal reaproveitar as coberturas dos centros de debate da Rio Eco 92 como espaços para apresentações de arte, música, dança e o que mais fosse? Assim, um ano depois, surgiu o projeto Lonas Culturais. Hoje existem 13 delas, espalhados por bairros como Penha (Arena Dicró), Pedra de Guaratiba (Arena Chacrinha), Madureira (Arena Fernando Torres), Vista Alegre (Lona João Bosco), Realengo (Areninha Sandra de Sá), dentre outros. Uma bela iniciativa sob a gerência que está sob a gerência da Secretaria de Cultura e foi capaz de levar arte de qualidade para muita gente.