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Rio Antigo: "Olha o peixe!"

Coisas e loisas de uma cidade de outras eras

Renata Magalhães
Escrito por
Renata Magalhães
Editora, Time Out Rio de Janeiro
Mercado da Candelária
Instituto Moreira Salles | |
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Um dos endereços com a maior concentração de blocos e festividades no Centro da cidade, a Rua do Mercado foi batizada graças a um mercado popular que funcionou por ali no século XIX. Em 1834, a Câmara Municipal decretou que a cidade precisava de um espaço próprio para a venda de pescados, ocorrida livremente pelas ruas próximas à antiga Praia do Peixe. Assim, o arquiteto francês Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny, um dos membros da Missão Artística Francesa, desenhou o projeto naquele mesmo ano, mas ele só ficou pronto em 1841. 

Erguido à beira-mar, o Mercado da Candelária serviu para organizar o comércio na região, dando um aspecto mais nobre para o paço. Bem no meio, chamava a atenção um belo chafariz de pedra, decorado com quatro golfinhos de bronze. Na década de 1870, ganhou mais um andar e três pavilhões anexos para atender toda a população que passava por lá em busca de insumos como verduras frescas, ervas medicinais, ovos, bebidas e, claro, peixes – e até outros animais. 

No início do século XX, o (popularmente conhecido como) Mercado da Praia do Peixe entrou em decadência. Foi vítima de uma série de incêndios e alvo de reclamações sobre suas condições precárias, até ser demolido em 1911. Duas décadas depois, começaram as obras para a construção da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, por lá até hoje. Se durante o dia o local é palco para decisões do mercado financeiro, de noite a rua é reduto da boêmia com seus bares e restaurantes, e ocasionalmente festas, cuja frequência aumenta e muito perto dos dias de folia. 

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