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Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho conversam sobre a peça "Gostava Mais dos Pais"

A pedido da Time Out, dupla bate papo sobre o espetáculo e, claro, fala sobre os pais, Chico Anysio e Lucio Mauro.

Renata Magalhães
Escrito por
Renata Magalhães
Editora, Time Out Rio de Janeiro
Gostava Mais dos Pais
Pedro Miceli | Gostava Mais dos Pais
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Um é filho do Chico Anysio; o outro, de Lucio Mauro – dois dos nomes mais emblemáticos da comédia nacional. Como dizem que a maçã não cai muito longe da árvore, Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho também carregam no DNA a vocação para fazer rir. Ainda que seja uma baita responsabilidade seguir os passos dos pais, a dupla cumpre a tarefa (e com louvor).

É sobre a preservação da identidade diante da pressão da herança paterna que trata o espetáculo Gostava Mais dos Pais, que estreia nesta quinta-feira, dia 20 de junho, no Teatro Casa Grande. Estrelada por Bruno e Lucio, a peça chega depois de uma temporada de sucesso em São Paulo e celebra essa amizade que também passou de pai(s) para filho(s). 

"Nossas trajetórias se entrelaçaram por conta própria, repetindo uma feliz parceria deles, mas do nosso jeito, no nosso tempo”, resume Lucio. “Na peça nós os usamos para falar sobre a passagem do tempo e a tentativa de entender o nosso lugar nesse mundo novo”, completa Bruno.

A direção fica por conta de Debora Lamm, parceira de longa data de ambos, enquanto Aloísio de Abreu e Rosana Ferrão assinam o texto, que ainda promove uma reflexão sobre a adaptação à era digital e o desafio de se manter relevante na iminência de atingir os 50 anos. Os atores interpretam cerca de dez personagens e várias versões de si mesmos em uma série de esquetes.

“Rir de si mesmo é humor esperto. Numa mistura de autoficção e variados personagens, os meninos fazem um divertido panorama de seus próprios caminhos, abraçam a crise da maturidade em meio ao declínio do patriarcado e, simultaneamente, emocionam ao falarem da importância da amizade e parceria que perpassam os anos”, observa Debora.

Uma curiosidade engraçada: o título faz alusão a uma situação que Bruno e Lucio já viveram inúmeras vezes. Ambos são interpelados na rua por pessoas que tecem mil elogios, mas terminam com a frase "Gostava mais do seu pai". A pedido da Time Out, a dupla bateu um papo sobre a estreia e outras coisitas más. Confira.

Lucio Mauro Filho: Dupla no teatro é um casamento no palco. Se você tivesse que escolher outra dupla para uma peça, quem seria?
Bruno Mazzeo: Debora Lamm (com direção sua).

Lucio Mauro Filho: ⁠Se você tivesse a chance de mandar uma única mensagem para Chico Anysio, o que você diria?
Bruno Mazzeo: Diria que tô fazendo o melhor que eu posso.

Lucio Mauro Filho: Depois de estreado o espetáculo, o que você considera que mais te surpreendeu no projeto?
Bruno Mazzeo: Não imaginava que ele me fosse causar tanta reflexão. É como na análise, quanto mais a gente fala, mais a gente se ouve.

Bruno Mazzeo:  Nas entrevistas de divulgação da peça, qual pergunta mais te dá preguiça: Quais são os limites do humor ou qual o peso de ser filho do Lúcio Mauro?
Lucio Mauro Filho: Acho que o peso de ser filho do Lúcio Mauro, porque é muito óbvia. Os limites do humor estão sempre aí, sendo discutidos. É uma pergunta válida, importante, que nós também trazemos uma contribuição, em forma de cena, dentro do nosso espetáculo. Então acho que a pergunta sobre o peso de ser o filho do Lúcio Mauro bem preguiçosa.

Bruno Mazzeo: Quem você gostaria que fosse assistir a peça que ainda não foi?
Lucio Mauro Filho: Tanta gente... Eu quero todo pai e filho ou mãe e filha que tenham essa configuração. Por exemplo, Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, as duas ainda não assistiram. Para nós será uma coisa muito especial, porque a peça é sobre isso. Elas vão chegar em várias camadas da peça pelo simples fato dessa ancestralidade do filho que segue o ofício do pai e da mãe. Então, com certeza, essas duas não podem faltar.

Bruno Mazzeo: O que nossos pais diriam se fossem no camarim após o espetáculo?
Lucio Mauro Filho: Eu acho que o Chico diria "Você tá gritando menos" . E o Seu Lúcio... Bom, ele talvez não conseguisse dizer nada, talvez se emocionasse.

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