Os melhores álbuns para desbravar o Rio de Janeiro

É claro que “Garota de Ipanema” não poderia faltar nesta lista e aqui a composição de Tom Jobim e Vinicius de Moraes ganha projeção internacional. A dupla se juntou ao saxofonista americano Stan Getz para gravar a faixa em inglês, com vocais de Astrud Gilberto, imortalizando-a como hit universal. O álbum lançado em 1964 popularizou a bossa nova mundo afora, ganhou Grammy naquele ano e é recordista de vendas na história do jazz.

Getz/Gilberto, João Gilberto e Stan Getz (1964).

“Elegante do jeito Paulinho, cativante do jeito Martinho”. Em um samba, Arlindo Cruz descreve o sambista perfeito. A faixa que dá nome ao álbum virou prosônimo do próprio artista, que traz na música suas referências, como Antônio Candeia e Geraldo Pereira. Ainda no disco, um dos mais famosos refrões do gênero: “Madureira, iá laiá”, da canção “Meu Lugar”. Duvido que você não cantou junto.

Sambista Perfeito, Arlindo Cruz (2007).

A música que batiza o disco é uma continuação de “Do Leme ao Pontal”, composta e gravada por Tim citando nossas famosas praias. A cidade é mais uma vez reverenciada neste álbum, em faixas como “Rio, Mon Amour”, além de apresentar outras lembradas por gerações, como a emocionante “Me Dê Motivo”.

O Descobridor dos Sete Mares, Tim Maia (1983).

Pensou em Rio de Janeiro, pensou em Seu Jorge, trilha sonora perfeita para curtir um dia de sol na cidade. Neste álbum, ele mostra suas várias influências musicais, em um delicioso mix de instrumentos que resultou em clássicos como “Burguesinha” e “Mina do Condomínio”, uma das canções mais tocadas no Brasil em seu lançamento.

América Brasil, Seu Jorge (2007).

A banda Blitz é uma das precursoras do rock nacional e carregou o espírito de uma época específica: a do Rio de Janeiro do início dos anos 1980. Este trabalho está recheado de clássicos perfeitos para desbravar a cidade, como “A Dois Passos do Paraíso”, “Weekend”, “Biquini de Bolinha Amarelinha Tão Pequenininho” e “Você Não Soube me Amar”, a epítome da carioquice.

Com Você, Blitz (1994).

“Cidade maravilha, purgatório da beleza e do caos”. É assim que Fernanda Abreu, em parceria com Fausto Fawcett e Laufer, descreveu as terras fluminenses em “Rio 40 Graus”. Ok, três décadas depois, com o aquecimento global, a canção precisaria elevar essa temperatura em alguns números, mas um clássico é sempre um clássico. “Jorge da Capadócia”, versão para a música de Jorge Ben, também trata de São Jorge, nosso padroeiro.

Sla 2 Be Sample, Fernanda Abreu (1992).

A dupla formada pelo saudoso Cláudio Rodrigues de Mattos, o Claudinho, e Claucirlei Jovêncio de Sousa, o Buchecha, teve origem em São Gonçalo e encantou o Brasil com seu funk melódico. A faixa-título captura a essência de um romance juvenil e a vibração dos bailes do Rio de Janeiro, mencionando diversos bairros onde estes eventos acontecem. Uma celebração desta importante cultura carioca.

Claudinho & Buchecha, Claudinho e Buchecha (1996).

Eleito pela revista Rolling Stone Brasil como um dos cem melhores discos da música brasileira, guarda canções emblemáticas, como “Tribunal de Rua”, “Cristo e Oxalá”, “Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero)”, “Favela” e a faixa que o batiza. O terceiro álbum da banda O Rappa reverbera as injustiças sociais cometidas nas periferias e a efervescência política do Rio do fim do século XX.

Lado B Lado A, O Rappa (1999).

A série Acústico MTV nasce como um programa de TV, mas logo vira um selo e lança álbuns históricos, como este que faz um apanhado da carreira da banda Kid Abelha. Paula Toller, George Israel e Bruno Fortunato entoam sucessos como “Nada Sei”, “No Seu Lugar”, “Lágrimas e Chuva”, “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda (Casinha de Sapê)”, “Fixação” e vários outros.

Acústico MTV – Kid Abelha (2002).

Exportação direta de Honório Gurgel, nossa “Girl From Rio” é um orgulho para os cariocas (e todos os brasileiros, com seu sucesso internacional). “Bang” trata sobre aspectos relacionados ao amor e ao empoderamento feminino, com canções bem pop e um clima carioca sem igual. 

Bang, Anitta (2015).