As melhores coisas para fazer no Rio em julho

Sob curadoria de Paulo Herkenhoff, a mostra reúne 180 itens de 80 artistas sobre o local do interior que se tornou capital e sede político-administrativa do país. São apresentados documentos, como o Diploma de Candango - conferido aos operários que levantaram a nova cidade, pelo então presidente Juscelino Kubitschek -, o croqui do plano piloto assinado por Lúcio Costa e o manuscrito de Oscar Niemeyer sobre o monumento JK.

A artista apresenta 32 telas protagonizadas por personagens marcantes das lutas raciais, muitos esquecidos na História. Benedito Caravelas, também conhecido como Benedito Meia-Légua, líder de grupos quilombolas que libertavam escravos no Nordeste e no Espírito Santo, e João Cândido Felisberto, líder da Revolta da Chibata, são alguns deles. 

Os versos de Fausto Nilo e Moraes Moreira eternizados na canção interpretada por Gal Costa serviram como fonte de inspiração para a nova exposição do MAR. “Bloco do Prazer”, título da música lançada em 1982, dá nome à mostra que apresenta ao público festas e celebrações da cultura brasileira, com momentos de alegria, catarse e transe. São 11 núcleos com mais de 350 obras, entre pinturas, esculturas, fotos, vídeos e instalações.

Perto de completar 83 anos, a artista Pietrina Checcacci, nascida na Itália e residente do Rio  desde os 13 anos, ganha uma dupla homenagem, aqui e em São Paulo. Pelas bandas de cá, a Danielian Galeria, na Gávea, apresenta a exposição “Carnação”, com 35 obras produzidas desde 2005 até agora, várias delas inéditas. Estarão também esculturas emblemáticas feitas entre os anos 1970 e 90, quando o corpo feminino passou a ser o principal tema da artista. Curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto.

A mostra apresenta a produção artística do paraibano Christus Nóbrega em uma residência em Pequim no ano de 2015. As obras compõem oito séries que transitam entre as linguagens de fotografia, performance e desenhos feitos com GPS.

Importante nome da Geração 80, Chico Cunha ocupará a casa principal da Danielian Galeria com 35 obras recentes. O artista trabalha a pintura a partir de diálogos entre a história da arte e suas referências visuais afetivas. O título da exposição é uma alusão ao livro publicado em 1977 pelo filósofo francês Roland Barthes (1915-1980), em que analisa a linguagem das relações amorosas. 

A principal mostra do ano do MAR perpassa os contextos do funk carioca através da história, indo além da sua sonoridade e evidenciando a matriz cultural urbana, periférica, sua dimensão coreográfica, suas comunidades, bem como seus desdobramentos estéticos, políticos e econômicos ao imaginário que em torno dele foi constituído.

Realizada pelo Museu da Língua Portuguesa, a mostra apresenta as belezas das linguagens indígenas e reúne objetos etnográficos e arqueológicos, instalações audiovisuais e obras de arte. 

A primeira exposição individual da artista indígena Daiara Tukano fala sobre as transformações sociais que podem ser observadas pelas óticas do feminino e do próprio povo indígena. Para ela, isso se dá por uma retomada da “memória ancestral” com a qual a sociedade se reconecta. São mais de 70 obras, entre pinturas, esculturas e instalações. 

A primeira individual da artista paranaense Lidia Lisbôa apresenta cerca de 30 obras, entre instalações e esculturas suspensas de crochê, que tratam sobre o feminino através da representação de úteros, seios, cordões umbilicais e cupinzeiros.