A vista de baixo da Roda Gigante, na Zona Portuária
Rafael CatarcioneA vista de baixo da Roda Gigante, na Zona Portuária
Rafael Catarcione

48 horas perfeitas no Rio de Janeiro

É possível fazer uma porção de coisas em apenas dois dias, basta se organizar

Renata Magalhães
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Um fim de semana parece pouco, mas já é o suficiente para conhecer o Rio. Dá para encaixar na programação aqueles passeios mais turísticos, obrigatórios para quem está na cidade maravilhosa pela primeira vez, mas também é possível conhecer points que andam fazendo a cabeça dos cariocas. Gastronomia, cultura, esporte e relaxamento se misturam neste roteiro que contempla 48 horas perfeitas por aqui. 

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Dia 1

  • Cafés em parques

Para a refeição mais importante, o cenário é um lugar histórico, o Forte de Copacabana, com uma vista que contempla toda a orla. O novo menu implementado pelo chef Eduardo Araújo oferece opções de brunch com assinatura forte, como o Kalifa (R$56), com salmão e abacate, e o Volver (R$46), com ovos orgânicos, presunto ibérico e queijo canastra, ótimos para dar energia para o longo dia em frente. Drinques pela manhã são permitidos: tem a Mimosa da Casa (R$34), o Belini do Forte (R$34) e uma releitura do clássico Bloody Mary (R$48), que ganha molho de ostra e é finalizado com um camarão fresco. Imperdível.

  • Atracções
  • Praias

A digestão deve ser feita em uma leve caminhada pelo calçadão de pedras portuguesas que contorna a Praia de Copacabana. Há também uma ciclovia, para quem preferir alugar uma bicicleta. Famosa internacionalmente, a “princesinha do mar” recebe turistas de tudo quanto é canto, atrás de um clima sem igual – não deixe de dar um mergulho para se reenergizar. Se quiser um refúgio da bagunça, vá até o Leme, com areias mais tranquilas, que reúnem uma galera mais descolada. Na Barraca do Rasta, com bandeiras nas cores do reggae, dá até para dar um tapa no visual e cortar o cabelo. 

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  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos

Em um passeio a pé, você consegue percorrer a “Pequena África”, uma área que engloba os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, na Região Portuária, porta de entrada dos negros escravizados no país. A área passou por uma revitalização e reúne uma penca de espaços culturais, além de bares e restaurantes com um clima delicioso. O Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, o Instituto de Pesquisas e Memórias dos Pretos Novos, a Casa da Tia Ciata e a Pedra do Sal merecem uma visita. Ao final, dê uma paradinha no Bafo da Prainha para comer churrasco no tambor e tomar uma batida de coco. 

  • Atracções
  • Zoológicos e aquários

Inaugurada em 2019, a Yup Star é a maior roda gigante da América Latina. O circuito dura 20 minutos e chega até 88 metros de altura, de onde é possível ver a cidade por um outro ângulo. O cenário inclui o Cristo Redentor, o Porto Maravilha, o Museu do Amanhã e o Morro da Providência. Todo o caminho até lá pela Zona Portuária tem ciclovia e fazer esse trajeto de bike é uma delícia. Tem várias estações de aluguel das magrelas pela região. Ali do lado também tem o AquaRio, lar para mais de 3000 animais em exposição, incluindo piranhas, tubarões e peixes como o Nemo e a Dory, do filme.

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  • Bares

À noite, uma aposta certeira é o Bar do Omar. Resultado da combinação entre ótimas rodas de samba, um ambiente gostoso e petiscos de primeira. No Morro do Pinto, ele conta com uma vista panorâmica para o Porto Maravilha e o público pode escolher entre dois ambientes: um onde rola o som e uma multidão mostra o gingado no pé, e outro para quem prefere sentar e conversar. Para acompanhar a cerveja gelada (R$12-R$20), que tal uma porção de bolinhos de queijo com costela (R$38, com seis unidades)? Ainda tem pastel de polvo, lula e camarão (R$21, com 3 unidades), calabresa acebolada (R$28) e jiló recheado (R$6), além de suculentos hambúrgueres (R$22-R$30).

Guarde disposição, pois a ideia é encerrar a noite dançando todas em um espaço administrado por mulheres. O Bar Delas abriu em 2016 no entorno da charmosa Praça da Harmonia e se tornou um dos pontos mais fervidos da cidade, reunindo um público animado, moderninho e democrático, dos mais diferentes perfis. Sexta e sábado é dia de festa com DJs, que varam a noite tocando de tudo um pouco.

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  • Hotéis

O cinco estrelas fica bem em frente à Praia de Botafogo e tem uma das melhores vistas no Rio, aberta para o Pão de Açúcar e as montanhas do Corcovado. A decoração é moderninha, com um novo conceito de design repleto de cores e muitas plantas. A melhor parte é o rooftop, com uma piscina bem embaixo do Cristo Redentor, e cheio de balanços e poltronas perfeitos para degustar os drinques do bar. Outro ponto positivo é a localização, já que fica pertinho da área conhecida como BotaSoho (em alusão ao bairro nova iorquino), cheia de estabelecimentos badalados.

Dia 2

  • Atracções
  • Atracções turísticas

Não há quem não conheça o Cristo Redentor. Escolhido como uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno, ele já recebeu mais de 10 milhões de visitantes, sempre de braços abertos. Visitar a estátua e apreciar a vista incrível lá de cima faz parte do roteiro de quase todos que vêm à cidade, por isso eis aqui a dica de ouro: faça o passeio o mais cedo possível. O local está sempre apinhado de gente. 

É possível chegar de trem (ingresso dá direito a entrada e transporte ida e volta), que sai do Cosme Velho e faz um caminho com uma bela vista, ou de van, com embarque nas Paineiras, no Largo do Machado ou em Copacabana. Compre com antecedência, pois pode haver fila nos pontos. Outra opção é contratar uma agência de viagens para economizar tempo. 

  • Atracções
  • Parques e jardins

Do Centro de Visitantes Paineiras, local de desembarque na descida do Cristo, uma curta caminhada leva até fontes de água mineral e duchas naturais que formam “chuveirões” ao longo da Estrada do Redentor, perfeitos para refrescar dias mais quentes. Há algum tempo foi proibida a passagem de veículos por lá, por isso animais da fauna nativa vêm dando o ar da graça, como tatus e o gavião Carcará (mas lembre-se: não é para alimentá-los). O caminho também guarda mirantes com vistas belíssimas da Zona Sul, com a Lagoa Rodrigo de Freitas, as praias e o monumento natural das Ilhas Cagarras. 

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  • Compras
  • Vendedores de rua

Todo domingo, a maior feira livre da cidade ocupa a rua Augusto Severo e recebe mais de 150 expositores, apresentando mercadorias diversas que só podem ser encontradas por lá. Dá para comprar insumos de pequenos produtores, garimpar peças de brechó, encontrar vinis raros e ainda almoçar pratos típicos de outros países. A comida nigeriana da Cozinha da Latifa é um fenômeno, assim como o Ceviche de Harry. Outra dica de ouro: procure pela barraca do Pi Kombucha Tropical, que oferece a bebida em growlers por preços super em conta.

  • Atracções
  • Atracções turísticas

Uma mureta no bairro da Urca, com 1 km de extensão, que separa o asfalto da Baía de Guanabara, é um hypado ponto de encontro. O pôr de sol por lá é deslumbrante, com o Cristo Redentor (de novo ele) abençoando tudo de braços abertos. O fervo fica na altura do Bar Urca, onde é obrigatório pedir um pastel de camarão (R$11). Compre alguns cascos de cerveja (R$17-R$21), atravesse a rua, ache um espacinho e curta a brisa.

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  • Coisas para fazer

Não foi à toa que pegou o apelido de BotaSoho, em alusão ao bairro nova-iorquino lançador de tendências. Uma onda de bares e restaurantes de pegada hipster tomou Botafogo e fez de lá ponto de encontro para uma turma moderninha. Há pouso para quem quer aproveitar o melhor da gastronomia, como o italiano Sult e o gastrobar Botica, mas também tem destino para quem quer ver e ser visto, como o Calma. Drinques bons e baratos no Lemô e no Xepa, festinha estilo matinê no Quartinho Bar, rock e hambúrguer no Culto, batidinhas no Chanchada Bar e mais um monte de opções nos arredores para agradar idades e bolsos dos mais distintos. 

  • Atracções
  • Atracções turísticas

O bairro mais boêmio do Rio tem uma vida noturna agitadíssima, para todo o tipo de gosto. Não por acaso, o local é destino certo de turistas que querem ter uma experiência carioca bem raiz. Tem de tudo: clubes (inclusive adultos), casas de show e uma infinidade de bares, desde pé-sujíssimos até botecos mais arrumadinhos, com entrada paga e atrações ao vivo. É o lugar onde mais dá para sentir a energia do malandro pelas ruas e flanar por lá é uma das melhores coisas do Rio.

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  • Hotéis

Bem no meio da boemia da Lapa, um refúgio que aposta (e ganha) na mistura entre clássico e contemporâneo. Inaugurado em 2014, com inspiração na Bossa Nova e na cultura luso-brasileira, o belíssimo hotel de quatro estrelas tem 292 alojamentos divididos em duas alas: um antigo casarão do século XIX, com quartos charmosos e mobiliário palaciano, e uma torre de 13 andares com pegada mais moderna. Durante a estadia, dá para aproveitar a convidativa piscina que separa as duas construções, o bar de ares vintage em homenagem ao cantor Vinicius de Moraes e os serviços do Satsanga Spa, com ginásio, sala de massagem e hidromassagem. Outro ponto a favor é a localização, com fácil acesso a vários pontos turísticos e ao Aeroporto Santos Dumont. 

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