As melhores praias do Rio de Janeiro

A nossa "princesinha do mar" ganhou o apelido por causa de uma música de João de Barros e Alberto Ribeiro: "Existem praias tão lindas, cheias de luz/Nenhuma tem o encanto que tu possuis", cantam os versos. Pois bem. Reconhecida internacionalmente, a Praia de Copacabana é responsável por trazer turistas do mundo inteiro ao Rio, especialmente ao final do ano devido à gigantesca festa com shows e fogos de artifício que é realizada lá.

Tudo causa fascínio, desde o calçadão em pedras portuguesas, com suas ondas em preto e branco que estampam diversos suvenires, até o público, que reúne gente de todas as tribos e cantos da cidade. Lá tem dois fortes militares, abertos para visitação, com vistas panorâmicas que guardam incríveis nascer e pôr do sol.

Não deixe de ir ao Café 18 do Forte, que oferece um café da manhã que vai muito além do estilo colonial (sério, o Bloody Mary deles vem com molho de ostra e um camarão dentro do copo, R$ 48). No entorno, uma penca de opções de hotéis, bares e restaurantes para todos os gostos e bolsos.

É uma extensão da Praia de Copacabana – juntas, elas têm mais de 4km. O Leme é uma parte mais calma, talvez a mais tranquila da orla da Zona Sul. A faixa de areia é larga e reúne uma galera mais descolada, entre anônimos e famosos, com points para quem é da música, da moda, da noite ou da cannabis. Na Barraca do Rasta, com bandeiras nas cores do reggae, dá até para dar um tapa no visual e cortar o cabelo.

A Pedra do Leme marca seu início e, em dias bem quentes, as águas ficam tão calmas e cristalinas que o local é chamado de "Leme de Noronha", em uma alusão ao paraíso em Pernambuco. A faixa de areia também conta com vários mangueirões de irrigação e alguns chuveiros. Os preços são um pouco mais em conta para aluguel de barracas e comprinhas na areia.

Não deixe de visitar a Mureta do Leme, no local conhecido como Caminho dos Pescadores, para tomar um açaí com espuma de leite ninho (R$ 20). Lá também tem uma estátua dedicada à escritora Clarice Lispector, ótima para fotos. Outra boa pedida é o Forte do Leme: o passeio passa por uma trilha ecológica dentro de uma área militar, com uma vista incrível, e a subida leva entre 15 e 30 minutos, dependendo do ânimo.

Quer fugir da bagunça das areias da Zona Sul? Seu destino é a Reserva, que fica entre a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes, uma praia de aspecto selvagem, bem extensa e pouco frequentada. Ela está dentro de uma área de proteção ambiental, a Reserva de Marapendi, tem areia bem fofinha e branca, e vegetação de restinga. As águas são limpas, mas muito geladas e fortes, só os surfistas tendem a se aventurar.

Você também vai cruzar com muitos pescadores e o ambiente por lá é bem familiar. Mas atenção: vá bem preparado, pois não há serviço de ambulantes ou muitos quiosques próximos.

Essa é pouco frequentada até pelos cariocas, por ficar dentro de um condomínio fechado (mas o acesso é livre). Com 300 m de extensão, pode ser percorrida de ponta a ponta em menos de dez minutos, e a faixa de areia é tão curtinha que em dias de maré alta ela fica inacessível.

Mas não é à toa que é reconhecida como uma das melhores praias do Rio: point de surfistas e artistas, por ser mais isolada, tem águas cristalinas e ainda forma uma piscina natural do lado direito que é perfeita para crianças. Ali a altinha rola solta, mesmo antes do horário permitido.

Dica: depois de curtir o sol, vale fazer uma caminhada de 30 minutos até o Mirante da Joatinga, todo decorado com azulejos coloridos. A vista de lá? Simplesmente o Morro Dois Irmãos, a Rocinha inteira, a Avenida Niemeyer, o bairro de São Conrado, as Ilhas Tijucas e parte da Pedra da Gávea. Os ambulantes só dão pinta por lá na alta temporada, por isso vão equipados com canga, cadeira, barraca e lanchinhos.

Aqui é todo mundo nu… A Praia de Abricó é a única destinada à prática de nudismo na cidade. Na área de proteção ambiental de Grumari, logo depois da Prainha, tem ares selvagens, com muito verde e pedras compondo o cenário. É preciso descer uma escadaria que leva a um trecho com alguns bares, daí seguindo à esquerda umas pedras bem grandes dão acesso a parte onde todo mundo tira a roupa.

Quem cuida de lá é a Associação Naturista de Abricó, que garante o cumprimento das regras internacionais quando o assunto é naturismo. Eles estão sempre presentes aos sábados e domingos, por isso durante a semana costuma ter gente por lá com trajes de banho. As águas não são muito tranquilas e não tem serviço de ambulante.

Aqui não falta opção de barracas e ambulantes para aproveitar o dia todinho na Praia do Pontal de Sernambetiba, popularmente conhecida como Macumba. Quanto mais perto da pedra, menos revoltas são as águas, mas ainda assim o local é reduto de surfistas e longboarders, então não dê mole. Vez ou outra os bombeiros que dão plantão por lá precisam ajudar alguém a sair do mar.

Em dias de maré baixa, um estreito caminho se forma da praia até a formação rochosa e a subida, que leva cerca de uma hora, chega até uma vista tão linda que vale todo o esforço. As areias fininhas e claras não costumam ficar muito lotadas, por isso é ótimo para a prática de futevôlei ou só para sentar e pensar na vida. Tem ciclovia e, aos domingos, é suspenso o acesso de carros, criando uma área de lazer muito gostosa. 

Na Zona Sul, a orla de 2 km é uma das mais famosas do Brasil, pelo contraste entre o mar e o Morro Dois Irmãos. Quase sempre está com as águas próprias para banho e, em dias de maré mansa, elas ficam tão clarinhas que o local é chamado de "Caribe brasileiro".

Foi lançada à fama internacional com a canção "Garota de Ipanema", de Vinicius de Moraes e Tom Jobim – este, inclusive, pode ser visto em uma estátua pertinho do Arpoador. O fervo fica pelo Posto 9, mas toda a faixa de areia é usada para prática de esportes e ponto de encontro de uma galera animada.

Não estranhe: é comum por lá aplaudir o momento que o sol morre no mar, no final da tarde, hábito que divide opiniões dos cariocas. O que é consenso? A beleza inigualável do momento. Aos domingos, as pistas são interditadas até 18h para veículos; aproveite para caminhar ou andar de bicicleta.

Essa é uma das preferidas dos cariocas e vive cheia. É uma extensão da Praia de Ipanema, antes de chegar no Forte de Copacabana. Uma curiosidade: por lá, em 1948, houve a primeira aparição pública de um biquíni, usado pela modelo Miriam Etz. Também começa em uma formação rochosa, de onde podem ser feitas belíssimas fotos.

O Parque Garota de Ipanema serve como passagem para chegar nas areias e lá é possível caminhar, pedalar e praticar meditação e yoga, bem como curtir um dos vários shows de MPB que costumam acontecer por lá. No Arpoador, além do surf, também é comum a prática de stand-up paddle. Dê uma pinta na Galeria River, com lojinhas dos mais diferentes tipos, frequentada por uma galera bem moderninha.  

Mais uma praia de ondas gigantes, muito frequentada por adeptos do surf, mas que quebram antes de chegar aos banhistas, por isso dá para se refrescar na marolinha. Por ser uma área de preservação ambiental, são proibidas construções, o que confere um ar de praia selvagem, com sua enorme faixa de areia, com mais de 2,5km de extensão. Bem afastada da muvuca da Zona Sul, está sempre mais vazia, mas também são poucas as opções de restaurante e o sinal de telefone é instável.

Logo à esquerda da Pedra do Arpoador, tem uma praia que muita gente nem sabe que existe. A Praia do Diabo ganhou esse nome porque em dias de maré revolta, as ondas são muito mais fortes do que em outros lugares. Ou seja: dobre a atenção mesmo se você for um nadador experiente. É frequentada por locais, em sua maioria, que aproveitam o sossego para jogar partidas de frescobol. A pequena faixa de areia é toda rodeada por coqueiros, criando um cenário lindo para aproveitar o banho de sol. 

Com areia de cor mais puxada para o avermelhado, é uma das melhores praias da cidade por seu visual e mar de águas mais calmas, raridade no Rio (pesquise antes se está própria para banho). Pequenina, com faixa de areia curtinha, que aos fins de semana de calor fica completamente sem espaço, ela está logo abaixo do Pão de Açúcar. Dá para ver os bondinhos subindo e descendo enquanto pega sol.

Por se tratar de um ambiente militar, a segurança é efetiva, então tem muitas famílias frequentadoras de lá. Ali perto, a Pista Gago Coutinho é uma ótima opção para os mais aventureiros, com um caminho verde bem lindo até o mirante. Tem vários restaurantes bons nas redondezas, mas o Terra Brasilis tem uma vista tão boa quanto a comida.

Essa é uma super novidade. Depois de um longo histórico de poluição, por ficar dentro da Baía de Guanabara, o "Caribrejo" (como foi apelidado pelos moradores; uma mistura de Caribe com brejo) e suas águas tranquilas têm estado próprios para banho. Isso é resultado do desvio do Rio Carioca, que antes escoava diretamente por ali.

O cenário é belíssimo e conta com vários quiosques para bebericar água de coco ou tomar uma cervejinha. Por seu histórico, o local ainda é pouco frequentado (o que deve mudar em breve). 

Essa é unanimidade mesmo para quem não gosta do bairro. Com quase 15 km de extensão, indo da Avenida Lúcio Costa até o Recreio dos Bandeirantes, a Praia da Barra vira e mexe é eleita como a preferida dos cariocas. Resultado da combinação de tirar o fôlego entre mar aberto, ilhas, vegetação de restinga e manguezal.

A chegada por lá vem acompanhada de uma surpresa: tem dias que mais parece uma piscina de tão calma que estão suas águas, já em outros vira o cenário perfeito para surfistas darem show em gigantescas ondas. Outros atrativos ficam por conta da profusão de quiosques, bem como seu índice de balneabilidade, quase sempre próprio para banho.

Esta é a praia que dá boas vindas à Zona Oeste (sim, São Conrado ainda é considerado Zona Sul). É o trecho que fica no comecinho da Praia da Barra, super alto astral, com bastante frequência dia e noite, o que faz com que ela seja perfeita para um passeio na orla antes de esticar para um dos muitos quiosques e bares nos arredores.

Destaque para a famosa Barraca do Pepê, ponto de encontro dos mais jovens. Toda essa parte tem ciclovias, e andar de bike por ali também é uma delícia. Logo no início da manhã e mais pro fim da tarde, quando o vento está mais forte, é comum ver praticantes de kite e windsurf fazendo acrobacias pelo mar, que é um pouco menos agitado.

Aos pés da Pedra da Gávea, a praia costuma atrair pessoas que buscam mais tranquilidade em relação às suas vizinhas. É um point também procurado pelos surfistas por suas boas ondas, apesar do histórico de sujeira.

São pouco mais de 2km de extensão, com faixa de areia clara e fofinha, cercada por duas montanhas: o lado menos famoso do Morro Dois Irmãos e a imponente Pedra da Gávea. No canto direito, conhecido como Praia do Pepino, dá para ver o pouso de parapentes e asa-deltas que decolam da Pedra Bonita, e até contratar um instrutor para fazer o voo duplo.

Os quiosques foram repaginados, com destaque para o Barthô, ideal para drinques ao fim da tarde, e o Qui Qui, que aposta em boa gastronomia e conquista um público cada vez mais fiel.

O fervo fica pelo posto 12, mas mesmo assim é outra praia mais reservada, menos cheia do que as da Zona Sul. É sede de vários campeonatos de surf e bodyboard, além de possuir um visual incrível, por ser cercada pela Mata Atlântica.

Aqui o calçadão de pedras portuguesas volta a aparecer, mas sem as ondas de Copacabana – são vários peixinhos desenhados. Durante a semana é praticamente frequentada só pelos moradores. Mais uma pedida certa da lista de melhores praias do Rio.