Para grandes males, grandes remédios. Em 1931, numa pequena farmácia no Largo de São Domingos, no Porto, Alberto Ferreira do Couto, tio de Alberto Gomes da Silva, actual dono da marca, descobria, com a ajuda de um médico dentista, que se juntasse clorato de potássio à sua pasta dos dentes tratava muitos “males da boca”.
E a epifania desse dia foi semelhante à descoberta da pólvora, já que o sucesso retumbante permitiu a muita gente da altura manter a dentadura que tinha.
A fórmula manteve-se intacta desde então, mesmo quando as normas impostas pela União Europeia obrigaram a que a pasta medicinal Couto passasse a chamar-se pasta dentífrica Couto.
Primeiro pesam-se os ingredientes que, depois, são introduzidos no reactor por sucção. Numa manhã fazem-se cerca de 300 quilos de pasta branca que ficam de quarentena, a aguardar o resultado da microbiologia, durante quatro ou cinco dias. Se o lote estiver perfeito, segue para o enchimento e daí para o embalamento. Nada é testado em bichos e componentes de origem animal ficam de fora.