Actriz, argumentista e agora também realizadora, Greta Gerwig é a grande revelação feminina do cinema americano nos últimos anos.
Sete papéis essenciais de Greta Gerwig
‘Damsels in Distress’, de Whit Stillman (2011)
O talento de Gerwig para a comédia é abundantemente aproveitado por Whit Stillman nesta comédia satírica. A actriz interpreta uma estudante de uma faculdade que, com mais três, forma um grupo que se propõe tornar tudo melhor em seu redor. E garantir que os colegas, nomeadamente as do sexo feminino, tenham padrões elevados em tudo aquilo que importa na vida, sejam os namoros, seja o comportamento social, para já não falar da auto-estima.
‘Frances Ha’, de Noah Baumbach (2012)
Quem até aqui não tinha ainda reparado em Greta Gerwig teve obrigatoriamente que o fazer em Frances Ha, que ela escreveu em colaboração com o realizador. Rodada a um preto e branco muito indie por Baumbach, Frances Ha é a história de uma rapariga de 27 anos em Nova Iorque, que quer ser bailarina e é um pouco destrambelhada, por vezes mesmo insofrível, e a que Gerwig dá, de forma memorável, vida, vibração e credibilidade até nas suas imperfeições.
‘A Humilhação’, de Barry Levinson (2014)
Não é, de perto nem de longe, um dos melhores filmes de Barry Levinson, mas as interpretações de Al Pacino e de Greta Gerwig nas personagens principais valem só por si que o vejamos. Pacino é um famoso actor que está a começar a sentir sinais de demência, Gerwig faz a filha de uma velha amiga deste, uma rapariga sexualmente confusa e muito mais nova, que o anda a tentar seduzir há anos. O encontro entre ambos é um desastre tragicómico.
‘Quase Irmãs’, de Noah Baumbach (2015)
Em mais um filme realizado por Baumbach, e onde volta a juntar o seu nome ao deste no argumento, Greta Gerwig é Brooke Cardinas, uma espécie de versão “speedada” e socialmente hiperactiva de Frances Ha, que arrasta a sua meia-irmã, Tracy (Lola Kirke), uma estudante universitária certinha, para o seu louco estilo de vida. Quase Irmãs anda mais pelas bandas da farsa do que da comédia cool e espirituosa que é o registo habitual do realizador, e a responsabilidade é muito de Gerwig.
‘Maggie Tem Um Plano’, de Rebecca Miller (2015)
Greta Gerwig é a Maggie do título e o seu plano é ter um bebé com o esperma doado por um antigo colega de faculdade. Só que o plano é frustrado porque Maggie conhece John (Ethan Hawke), casado com uma professora universitária, e ficam caídos um pelo outro. Gerwig é óptima em mais um papel abertamente cómico e irresistivelmente simpático, com Julianne Moore a servir-lhe de contrapeso na figura da insuportável mulher de John.
‘Mulheres do Século XX’, de Mike Mills (2016)
Passado na Califórnia dos anos 70, Mulheres do Século XX é dominado por três mulheres: Dorothea (Annette Bening), uma divorciada que dirige uma pensão enquanto educa o filho adolescente, Jamie; Abbie (Greta Gerwig), uma fotógrafa que sofre de cancro; e Julie (Elle Faning), vizinha e melhor amiga de Jamie. É um filme em que as interpretações das três actrizes se beneficiam umas às outras, e Gerwig trabalha para o grupo, mas sem abdicar de deixar uma forte impressão pessoal.
Especial Óscares 2018
Vendo as nomeações de maneira aritmético-desportiva, A Forma da Água segue à frente e Três Cartazes à Beira da Estrada está na sua peugada. O que pode muito bem não querer dizer nada. Surpresas podem acontecer, pelo que nada é garantido. Excepto serem estas as nove películas nomeadas para Óscar de Melhor Filme.
Um Óscar é um Óscar, e mesmo para os que, na Europa, acham o de Melhor Filme Estrangeiro sinal de paternalismo de Hollywood, nunca é indiferente o vencedor, ou os perdedores. Entre dezenas de candidatos, caíram no goto do júri cinco nomeados de diferentes latitudes estéticas e geográficas. Cinco desafios em desfile já a seguir.
O escândalo rebentou, as denúncias multiplicaram-se e a onda de contestação e apoio assaltou Hollywood com a hashtag #metoo à cabeça. Nos Globos de Ouro já se ouviram discursos fortes, como o de Oprah, e a passadeira vermelha fez-se em tons de negro como forma de protesto. É por isso de esperar discursos controversos na cerimónia dos Óscares deste ano, que acontece a 4 de Março. O que, a bem dizer, até já começa a ser uma tradição. Se nas últimas edições tem sido vulgar, certo é a coisa ter começado há décadas, como vemos nestes dez exemplos.
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