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Duarte DragoA Livraria das Insurgentes, agora com casa na Renovar a Mouraria, é um dos parceiros da iniciativa

Antígona espalha Sementes de Dissidência pelo país até 2026

Cinco livros da editora independente vão viajar por Portugal à boleia de vários parceiros. O projecto celebra os 45 anos da Antígona.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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A Antígona, cujo nome evoca a tragédia grega de Sófocles, foi fundada por Luís Oliveira em Junho de 1979 e iniciou a sua actividade com a publicação da Declaração de Guerra às Forças Armadas e Outros Aparelhos Repressivos do Estado, de Custódio Losa, um major dissidente. Em jeito de celebração dos seus 45 anos, e até 2026, cinco títulos editados sob a sua chancela vão viajar pelo país à boleia da iniciativa Sementes de Dissidência, que conta com o apoio do programa Europa Criativa.

Caruncho (2021), de Layla Martínez (trad. Guilherme Pires), que virá a Portugal em Junho deste ano; Niels Lyhne (1880), de Jens Peter Jacobsen (trad. Elisabete M. de Sousa); A Parede (1963), de Marlen Haushofer (trad. Gilda Encarnação); A Pequena Comunista que Nunca Sorria (2014), de Lola Lafon (trad. Luís Leitão); e A Verdade e Outros Contos (1956-1996), de Stanisław Lem (trad. Teresa Fernandes Swiatkiewicz). São estas as cinco obras escolhidas para fazer chegar a novos leitores com a ajuda de associações locais de norte a sul do país: a Aletria – Biblioteca Itinerante (Almada), a Boa Criação (Mértola), a Regenerativa – Cooperativa Integral (Odemira), a Livraria das Insurgentes (Lisboa), a Dar a Mão (Lisboa), a Rural Vivo (Campo do Gerês) –, bem como de projectos artísticos como a estrutura Cassandra.

A ideia é explorar questões como a ecologia e a consciencialização ambiental, a instrumentalização e a invisibilidade da mulher, a conformidade social e a luta contra o patriarcado. “Num país de grandes assimetrias regionais e sociais no acesso ao livro, e num sector ainda cristalizado em moldes tradicionais de difusão, a Antígona lança estas Sementes de Dissidência porque hábitos de leitura e livros que mudam vidas são fundamentais para formar cidadãos mais conscientes numa altura em que aumentam os populismos, os discursos de ódio e a polarização da sociedade”, remata a editora em comunicado sobre este projecto, que recebeu financiamento de cerca de 85 mil euros, valor destinado a cobrir todas as etapas do processo editorial.

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